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Energia solar cada vez mais competitiva – MegaExpresso – edição das 7h

O editorial econômico da edição de hoje (20/03) do jornal O Estado de S. Paulo é sobre o potencial de crescimento da energia solar fotovoltaica no Brasil e a atratividade do setor para investidores. Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), esse tipo de energia atingiu há pouco a marca de 2.056 megawatts (MW) de potência instalada operacional, o equivalente a 1,2% da matriz elétrica do país, superando a energia nuclear (1.990 MW), suprida pelas usinas de Angra I e Angra II.

Há no Brasil 73 usinas solares fotovoltaicas de grande porte, que operam em nove estados das regiões Nordeste, Sudeste e Norte. Elas carrearam investimentos de mais de R$ 10 bilhões. De acordo com o editorial econômico do jornal, investidores nacionais e internacionais têm demonstrado interesse em participar dos seis leilões de energia nova a serem realizados entre 2019 e 2021.

Além deles, pequenas empresas e particulares se movimentam para investir nessa área e esperam que a abertura comercial proposta pela equipe econômica torne mais acessíveis as tarifas alfandegárias para importação de matéria-prima necessária para produção de módulos fotovoltaicos.

Pacote quer hidrelétrica e nova ponte na região Norte

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O pacote de obras que o governo prepara para a região da Calha Norte do rio Amazonas, no Pará, contempla, entre outras obras, a construção de uma hidrelétrica que ampliará o fornecimento de energia à grande Manaus e Boa Vista, em Roraima, único estado não integrado ao sistema nacional de energia. O mesmo projeto prevê o barateamento do frete para o agronegócio com a construção de uma ponte sobre o Rio Amazonas no estreito de Óbidos.

Essas questões foram abordadas pelo secretário especial de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, Maynard Marques de Santa Rosa, coordenador do projeto, em entrevista ao Valor Econômico. Segundo ele, as obras deverão ser incluídas no Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), a fim de atrair a iniciativa privada.

Corte no custo de energia passa por mudanças nos mercados da Petrobras

O Valor Econômico tem pautado matérias, nos últimos dias, sobre o plano de reduzir o custo da energia no Brasil, prometido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Essas matérias abordam a necessidade de ajustes na participação da Petrobras no mercado de gás natural e na legislação do setor.

Na edição de hoje, o jornal volta ao tema e destaca que, para driblar a limitação e dar início às mudanças, o governo fará uso de aprimoramentos na regulação deixados por Michel Temer em decreto assinado em dezembro. O programa “Gás para Crescer”, desenhado pelo governo anterior, é um dos caminhos a serem seguidos.

O secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Marcio Felix, disse que o plano de redução do custo da energia está em fase de detalhamento e poderá vir a público em breve.

Falta de gasodutos é entrave para baratear preço

Esta é outra matéria publicada hoje pelo Valor Econômico, sobre o desejo do governo federal de retomar o crescimento econômico com a redução dos custos da energia e do gás natural para a indústria. De acordo com esta reportagem, um entrave pode ser a baixa oferta de gasodutos.

Atualmente, a rede de transporte de gás natural conta com 9.409 quilômetros concentrados ao longo da costa. De acordo com a reportagem, o tamanho reduzido da malha, quando comparado à dimensão do país, tende a influenciar negativamente no esforço do governo de diversificar a oferta do insumo no país. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) tem preparado estudos sobre novos gasodutos de olho na oferta crescente de gás natural no Brasil. Os projetos apontam para a instalação de mais 7.045 quilômetros de dutos de transporte.

Nível de reservatórios

A Folha de S. Paulo publicou nota em sua coluna Painel S.A. (último parágrafo da coluna), a partir de informação do presidente da Comerc Energia, Cristopher Vlavianos. Segundo ele, “o nível dos reservatórios está fechando o período chuvoso muito parecido com 2018, ou seja, nem bom, nem ruim. A volatilidade do preço spot tende a ser ainda maior que no primeiro semestre.”

PANORAMA DA MÍDIA

O encontro dos presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump, ontem, em Washington, foi destaque na edição desta quarta-feira (20/03) dos principais jornais brasileiros. O Estado de S. Paulo abordou a questão da Venezuela, um dos temas debatidos na reunião entre os dois chefes de Estado. De acordo com a reportagem, após o encontro, “o presidente Jair Bolsonaro passou a adotar a estratégia americana de deixar em aberto as opções discutidas contra o regime de Nicolás Maduro, na Venezuela”.

O jornal lembra que a ala militar do governo brasileiro descarta a possibilidade de apoiar uma intervenção militar no país vizinho, que enfrenta profunda crise política, econômica e social. O próprio Bolsonaro vinha reproduzindo essa resposta. “Mas, ao ser questionado se apoiaria o uso de armas contra Maduro, Bolsonaro se esquivou e disse que há certos assuntos que não são divulgados por razões estratégicas”, informa o Estado.

A Folha de S. Paulo destaca que “o encontro na Casa Branca coroou o alinhamento ideológico dos dois presidentes”. O jornal ressalta que, após Bolsonaro abrir mão de benefícios oferecidos pela Organização Mundial do Comércio (OMC) a países emergentes, Trump apoia a entrada no Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Valor Econômico também deu destaque a esse tema.

Os colunistas do jornal O Globo avaliam a visita de Bolsonaro aos Estados Unidos.  Para a jornalista Miriam Leitão, “o Brasil fez concessões concretas e recebeu apenas promessas na visita do presidente Jair Bolsonaro a Washington. É isso que se conclui da leitura do Comunicado Conjunto. Há muito a perder no comércio externo, abrindo mão das vantagens que países em desenvolvimento têm dentro da Organização Mundial do Comércio (OMC). Em troca, o que o Brasil recebe? Um aviso de que os Estados Unidos apoiarão o nosso esforço de entrar na OCDE, cuja grande vantagem é meramente abstrata”. 

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