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Energia solar deixa para trás outras fontes em leilão que amplia base do setor elétrico – Edição da Manhã

Reportagem publicada na edição deste domingo (13/02) do jornal O Estado de S. Paulo destaca que a geração de energia por meio de painéis fotovoltaicos, uma tecnologia que até pouco tempo atrás figurava como tema excêntrico em rodas de conversa sobre a matriz elétrica, deixou para trás todas as demais fontes e assumiu a ponta no leilão que o governo vai realizar daqui a três meses para expandir o parque nacional.

O Estadão fez um levantamento sobre cada um dos novos projetos de geração de energia cadastrados no leilão marcado para maio, quando serão contratados os empreendimentos que devem entrar em operação daqui a quatro anos, daí o nome “Leilão A-4”. Trata-se de um dos principais leilões do setor elétrico porque é voltado a projetos de grande porte e que precisam de mais prazo para construção. Os dados apontam que, entre centenas de projetos de hidrelétricas, plantas térmicas e parques eólicos, nada bate as usinas solares.

Ao todo, 1.894 projetos de geração de energia de todas as fontes se cadastraram junto à Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão que realiza o leilão para escolher os empreendimentos que vão entregar energia para as distribuidoras do país. Desse total, nada menos que 1.263 projetos (67%) são de geração fotovoltaica. A predominância é a mesma quando verificada a potência de energia. Dos 75.250 mil megawatts (MW) previstos por todos os projetos, 52 mil MW – 70% da potência cadastrada para o leilão – têm origem nos painéis solares.

Falta de linhas de transmissão é desafio para projetos de energia solar

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Em uma segunda reportagem publicada hoje (13/02) sobre o setor de energia solar, o jornal O Estado de S. Paulo ressalta que a vocação do interior do Nordeste para a instalação de parques solares é inequívoca, mas a questão é como retirar a energia de áreas onde, muitas vezes, há escassez de recursos básicos, como água e rede elétrica. Hoje, uma série de empreendimentos deixa de ser instalada em centenas de localidades porque não há planos de expansão de linhas de transmissão. Em muitos casos, empreendimentos de usinas já construídas enfrentam limitações para escoar energia que produzem.

Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) apontam que, em 2019, 33 mil megawatts-hora (MWh) deixaram de ser lançados no sistema por falta de linha de transmissão. Esse volume saltou para 70,8 mil MWh, em 2020, e chegou a 105 mil MWh em 2021, até agosto. Na prática, são centenas de milhões de reais de prejuízo aos investimentos, além de menos energia para o consumo, quando o País recorre a todo tipo de usina para evitar apagão.

“É um problema grave. O governo tem um planejamento da expansão da transmissão de energia, mas não olha para as fontes renováveis com a atenção devida, não considera a expansão das renováveis no mercado livre de oferta. O resultado é o descasamento dos projetos”, diz Marcio Trannin, vice-presidente da Absolar.

Privatização da Eletrobras: consumidores cobram TCU sobre novo estudo

O Conselho Nacional dos Consumidores de Energia Elétrica (Conacen) cobrou o Tribunal de Contas da União (TCU) a realização de um novo estudo sobre a privatização da Eletrobras. O órgão deve discutir o assunto em uma sessão extraordinária marcada para a próxima terça-feira (15/02), informa o Valor Econômico.

O ofício pede aos ministros do TCU que solicitem à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) os estudos de impacto regulatório e tarifário com relação à descotização e não cotização de usinas hidrelétricas previstas na lei que trata da privatização da Eletrobras. A entidade disse ter preocupação com o impacto tarifário sobre as diversas classes de consumidores e que, desde o início das discussões sobre o assunto, não tomou conhecimento de nenhum estudo oficial sobre o assunto. Eles destacam, porém, que associações como a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) já divulgaram levantamentos que mostram que a privatização da Eletrobras, com o processo de descotização, tem o potencial de elevar as tarifas de energia.

Energisa conclui aquisição de transmissora Paranaíta, por R$ 102 milhões

A Energisa comunicou ao mercado na última sexta-feira (11/02) que concluiu a aquisição do capital social da Paranaíta Transmissora de Energia. A operação, realizada por meio da controlada direta Energisa Transmissão de Energia (ETE), foi concluída pelo valor de R$ 102,1 milhões. De acordo com o comunicado, o montante representa o valor de R$ R$ 100,7 milhões anunciado em 2 de dezembro do ano passado, corrigido pela variação do CDI do período. (Valor Econômico)

PANORAMA DA MÍDIA

O jornal O Estado de S. Paulo traz como principal destaque de hoje (13/02), reportagens sobre o setor solar. O resumo pode ser conferido nesta edição do MegaExpresso.

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Criptoverso – tecnologia do bitcoin extrapola as finanças e invade a vida real. O jornal O Globo explica como funciona o setor, em reportagem publicada hoje (13/02).

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A marca de 15% das crianças vacinadas com a primeira dose contra a covid-19 evidencia o ritmo lento de uma campanha muito aquém da capacidade do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Análise desses dados publicada pela Folha de S. Paulo mostra que o país demorou 23 dias para alcançar essa cobertura, no último fim de semana. Foi quase o triplo do tempo gasto por Canadá, Austrália, Argentina e Uruguai (8 a 9 dias), de acordo com os dados oficiais.

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