A energia solar está passando por um grande momento à medida que a crise energética promove uma mudança para energia renovável com a guerra da Rússia na Ucrânia. Segundo previsão da Agência Internacional de Energia (AIS), a fonte deve superar a produção energética com carvão até 2027.
A energia renovável em geral se tornará a maior fonte de geração global de eletricidade no início de 2025, disse a AIE, e o mundo adicionará duas vezes mais capacidade renovável de 2022 a 2027 do que nos cinco anos anteriores.
Os países não apenas estão impulsionando a “expansão de novas energias renováveis” para atingir as metas climáticas, como a segurança energética e a necessidade de “diversificar” as cadeias de suprimentos renováveis da China se tornaram cada vez mais importantes, disse o diretor-executivo da IEA, Fatih Birol, em entrevista.
“Há uma forte competição entre as maiores economias do mundo para ter uma posição de liderança no próximo capítulo da indústria do setor”, disse ele, seja em energia solar, eólica, baterias ou veículos elétricos. A pressa para substituir o petróleo e o gás que não vêm mais da Rússia e para construir setores domésticos de energia renovável levou a uma pressão por incentivos e subsídios à indústria. (Folha de S. Paulo – com informações do jornal inglês Financial Times)
Desoneração de combustível, energia e telecom ‘tiram’ receita a ser ganha com setor mineral
Reportagem do Valor Econômico indica que se não revertidas ou compensadas a partir de 2023, as desonerações estabelecidas durante 2022 podem tirar a maior parte do ganho de receita que o setor extrativo mineral deverá proporcionar ao governo nos próximos dez anos.
As desonerações de IPI (imposto sobre produtos industrializados), somadas às de PIS e Cofins sobre combustíveis e de ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços) em energia elétrica, combustíveis, telecom e transporte urbano somam 1,6 ponto percentual do PIB (produto interno bruto) ao ano.
É pouco mais que o ganho médio anual de 1,4 ponto percentual do PIB esperado na receita bruta federal vinda do setor extrativo mineral quando comparado o projetado para o período de 2023 a 2031 contra o obtido entre 2011 e 2020.
Essas receitas devem vir, sobretudo, de petróleo, gás natural e minério de ferro, conforme destaca a reportagem. No decorrer de 2021 e 2022 elas cresceram impulsionadas por alta de preços e por câmbio mais desvalorizado. Nos próximos dez anos, porém, essas receitas devem passar a ter crescimento sustentado de forma mais significativa por avanço nos volumes de produção, principalmente de petróleo e gás.
Os cálculos são do economista Bráulio Borges, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). O estudo deve ser publicado no Observatório de Política Fiscal da instituição e traz atualização de valores de levantamento anterior divulgado pelo Valor em junho.
EUA anunciam “grande avanço científico” sobre fusão nuclear, a mesma energia que alimenta o sol
O Departamento de Energia dos Estados Unidos informou ontem (11/12) que anunciará um “grande avanço científico” ainda nesta semana, depois que o jornal Financial Times noticiou que um laboratório federal alcançou um marco na pesquisa de fusão nuclear. Segundo o jornal britânico, os cientistas do Lawrence Livermore National Laboratory (LLNL), da Califórnia, obtiveram um “ganho líquido de energia” por meio de um reator de fusão nuclear experimental.
Seria a primeira vez que se obtém com sucesso mais energia em uma reação de fusão – o mesmo tipo de energia que alimenta o Sol e as demais estrelas – do que foi consumido no processo de produção, marcando um passo importante em direção à energia de carbono zero.
O Departamento de Energia e porta-vozes do LLNL disseram à agência de notícias AFP que não poderiam confirmar as informações do Financial Times, mas Jennifer Granholm, secretária de Energia dos EUA, anunciou que na terça-feira (13/12) “anunciaria um importante avanço científico”. Uma porta-voz do LLNL acrescentou que as “análises ainda estão em andamento” e que espera “compartilhar mais na terça, com o processo já concluído”. (O Globo)
PANORAMA DA MÍDIA
Após um ano sem oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês), as projeções de bancos de investimentos para 2023 indicam até 40 operações, incluindo ofertas subsequentes (“follow-on”) e vendas de lotes de participação em companhias na bolsa (“block trade”). A expectativa é de que as ofertas movimentem entre R$ 60 bilhões e R$ 70 bilhões. No entanto, em cenário mais otimista – que dependerá da queda da taxa de juros no Brasil e da melhora do cenário externo –, o mercado de capitais teria potencial para R$ 100 bilhões. Esse é o principal destaque da edição de hoje (12/12) do Valor Econômico.
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“Para recompor caixa, estados elevam ICMS ou criam novos impostos após alívio para combustíveis” – é a manchete da edição desta segunda-feira (12/12) do jornal O Globo. A reportagem destaca que, assim como o governo federal, os estados também enfrentarão um cenário fiscal mais adverso em 2023, com queda na receita devido ao corte do ICMS aprovado pelo Congresso este ano. Para recompor o caixa, ao menos cinco assembleias estaduais — Sergipe, Piauí, Pará, Paraná e Goiás — aprovaram aumento de impostos ou criação de tributos.
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O jornal O Estado de S. Paulo informa que os governos de São Paulo, Bahia, Paraná e Tocantins repassaram mais de R$ 1 bilhão em créditos adicionais para pagar salários de representantes de Tribunais de Justiça e Ministérios Públicos somente em 2021. Isso, sem pedir aval às respectivas Assembleias Legislativas. Mais da metade desse valor se refere ao sistema paulista.
Em ano de pandemia, os gastos com salários de servidores e subsídios de magistrados estaduais superaram as folhas de pagamento de toda a estrutura de pessoal da saúde nos estados mencionados. Os dados são de um levantamento da plataforma Justa, especializada em pesquisa sobre gestão do sistema de Justiça, obtido pelo Estadão. Têm como base as regras determinadas pelas Leis Orçamentárias Anuais (LOAs) aprovadas pelos deputados estaduais com os valores a serem distribuídos a cada pasta ou Poder no ano seguinte.
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A Folha de S. Paulo informa que, encerrado o segundo turno da eleição para a Presidência, o programa de benefícios Auxílio Brasil, do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) , voltou a registrar fila de espera, algo que não acontecia desde agosto, quando a campanha eleitoral ganhou força. Segundo dados obtidos pela reportagem, 128 mil famílias entraram na lista em novembro. Isso significa que elas já tiveram seu cadastro aprovado pelo Ministério da Cidadania, responsável pelo programa, mas ainda não foram atendidas. Procurado, o Ministério da Cidadania não respondeu sobre o motivo do represamento nas concessões.