A energia solar atraiu mais de R$100 bilhões em investimentos para o Brasil, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). A associação destacou que o país alcançou no início de outubro a marca recorde de 20 gigawatts de potência instalada, alta de 44,4% em relação aos 13,8 GW registrados em janeiro, considerando a produção de grandes usinas e sistemas de geração própria.
A fonte de energia renovável e sustentável também gerou mais de R$ 27,2 bilhões em arrecadação aos cofres públicos desde 2012, além de promover a criação de empregos e evitar a emissão de 28,4 milhões de toneladas de CO2 na produção de eletricidade.
“A fonte solar ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do país, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de ainda mais aumentos na conta de luz da população”, afirmou o presidente do conselho de administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk. As informações foram publicadas pelo portal TC Mover, focado em investimentos e mercado financeiro.
Petróleo em alta limita atuação da Petrobras em campanha
A alta do petróleo nos últimos dias limita a atuação da Petrobras na campanha pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), que, nas últimas semanas, vinha comemorando seguidas reduções de preço por parte da estatal, divulgadas como conquistas do governo.
A campanha do segundo turno começa com defasagem entre os preços internos e a paridade de importação — uma baliza em relação aos preços internacionais—, o que torna mais difícil justificar a manutenção da estratégia de cortes a conta-gotas nos preços da gasolina e do diesel. (Folha de S. Paulo)
Governo pressiona Petrobras por reduções em série nos preços de gasolina e diesel
O jornal O Globo informa que o governo federal vem pressionando a Petrobras para reduzir os preços dos combustíveis em série nas próximas semanas, de acordo com fontes ligadas ao alto comando da estatal. A ideia é “força total” por conta da corrida para a disputa presidencial durante o segundo turno das eleições, destacou uma dessas fontes.
Essas fontes lembraram ainda que esse movimento vai ser intenso porque o governo vai usar o argumento de que vai “entrar” diesel russo no Brasil . Porém, especialistas dizem que o volume é pequeno se comparado ao total da demanda. Outra fonte explicou que “a ideia é usar todas os recursos possíveis ” para reduzir os preços neste mês de outubro.
Para importadores, gasolina e diesel estão abaixo do preço
A Petrobras voltou a praticar preços do diesel e da gasolina defasados em relação ao mercado externo, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Reportagem do Valor Econômico destaca que com a alta internacional do petróleo, o tipo Brent, principal referência, encerrou ontem (05/10) a US$ 91,61 o barril para dezembro, alta de 1,99%. O diesel da Petrobras é vendido a R$ 4,89 o litro, em média, desde 19 de setembro. O litro da gasolina está em R$ 3,53 desde 1º de setembro.
Segundo a Abicom, na manhã de ontem a gasolina vendida nas refinarias da estatal estava, em média, 8% abaixo do preço de paridade internacional, o que indicava a necessidade de reajuste de R$ 0,28 por litro para alcançar as cotações no exterior, conforme a política da empresa de seguir os preços internacionais. No diesel, os preços eram 3% menores do que no exterior, com potencial de aumento de R$ 0,17 por litro, em média.
Petróleo em alta valoriza Petrobras e impulsiona Bolsa
O mercado de ações do Brasil avançou ontem (05/10) impulsionado, principalmente, por empresas ligadas à produção e exportação de petróleo. Essa valorização do setor de energia veio na esteira do expressivo corte da produção da matéria-prima, anunciado há alguns dias e confirmado ontem pelo cartel de países produtores e seus aliados, conhecido pela sigla Opep+.
O volume de corte surpreendeu o mercado.
O Ibovespa, índice parâmetro da Bolsa de Valores brasileira, fechou com ganho de 0,83%, aos 117.197 pontos. Os papéis mais negociados da Petrobras saltaram 3,76%. A 3R Petroleum avançou 3,49% e a PetroRio escalou 3,20%. (Folha de S. Paulo)
Pior seca em 500 anos golpeia produção de açúcar na Europa
As altas temperaturas e a longa estiagem na Europa estão derrubando, literalmente, a produção de alimentos. A Comissão Europeia estimou ontem (05/10) que a fabricação de açúcar, que no continente é feito a partir da beterraba, deve cair 6,9% nesta safra (2022/23), para 15,5 milhões de toneladas.
A União Europeia enfrentou nos últimos meses a pior seca em 500 anos, segundo avaliação recente do pesquisador sênior Andrea Toreti, da Comissão Europeia. De acordo com os dados que o cientista analisou de forma preliminar, as condições climáticas deste ano já são piores do que as de 2018, quando ano da pior seca dos últimos cinco séculos. (Valor Econômico)
Putin assina decreto e diz que maior usina nuclear da Europa é russa
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou ontem (05/10) um decreto para apropriar a usina nuclear de Zaporizhzhia, que fica no sul da Ucrânia e é a maior do tipo na Europa. “O governo deve garantir que as instalações nucleares da usina […] sejam aceitas como propriedade federal”, diz o decreto, publicado dias antes de uma possível visita à Rússia do diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi.
A visita à área estava marcada para discutir a implementação de uma zona de proteção em torno da usina ucraniana. As forças de Moscou ocupam Zaporizhzhia desde março, com relatos de bombardeios e sucessivos cortes de energia na região. O decreto de Putin foi assinado após a Rússia anexar quatro regiões da Ucrânia: Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhzhia — onde fica a usina de mesmo nome. (Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
Campanha eleitoral: O apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciado ontem (05/10) pela senadora Simone Tebet (MDB), que foi candidata à Presidência da República no primeiro turno das eleições, é destaque da mídia nesta quinta-feira.
“Ao apoiar Lula, Tebet cobra responsabilidade fiscal; ala do MDB opta por Bolsonaro” (O Estado de S. Paulo)
“Lula colhe apoio de Tebet e FHC, e Bolsonaro, de governadores” (Folha de S. Paulo)
“Simone Tebet apresenta propostas e anuncia apoio a Lula” (O Globo)
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi o mais votado em apenas 31 dos mil municípios mais dependentes do Auxílio Brasil, segundo levantamento do Valor Data, com dados do Ministério da Cidadania, do IBGE e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nas eleições de 2018, em 25 desses 31 municípios Bolsonaro já havia sido o mais votado. A decisão, portanto, pode não ter sido tão influenciada pelo Auxílio Brasil turbinado, concedido pelo governo federal a poucos meses do 1º turno. Em agosto, o pagamento reajustado do principal programa de transferência de renda do país passou de R$ 400 por família de baixa renda para R$ 600. (Valor Econômico)