A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) participou hoje (23/04) de reunião com o ministro de Minas e Energia, Bento de Albuquerque, para discutir a participação da fonte fotovoltaica no leilão A-6. Nos dois últimos anos, a fonte fotovoltaica não participou de leilões A-6, que contratam energia com maior antecedência, embora tenha dominado as contratações no A-4.
O site Brasil Energia, que publicou a informação, ressalta que em 2017, o A-4 contratou projetos com 674 MW de capacidade, sendo 574 MW de solar. Mas o A-6 teve uma demanda consideravelmente maior, contratando ao todo 3.840 MW. A maior parte, 2.138 MW, foi de gás natural, mas a eólica também teve uma participação importante, vendendo projetos com 1.386 MW de capacidade. A fonte solar não participou. Em 2018, o A-4 contratou projetos com 1.024 MW de capacidade (806 MW de solar), enquanto o A-6, do qual a fonte novamente não participou, contratou 2.100 MW (a maior parte, 1.250 MW, da fonte eólica, que participou dos dois leilões).
A Absolar reivindica tratamento que considera justo entre as fontes, já que a eólica participa de ambos os certames, embora em proporção muito menor no A-4. O Ministério de Minas e Energia (MME) não comentou a reunião. O leilão A-4 de 2019 acontecerá no dia 27/06, e o A-6, no dia 26/09.
Consumo de energia cresce 1,5% em abril
Dados preliminares de medição dos valores médios coletados entre os dias 1º e 15 de abril indicam crescimento de 1,5% no consumo de energia elétrica no país, quando comparados com o mesmo período de 2018. As informações são do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e foram divulgadas pelo site Paranoá Energia.
Ainda de acordo com o boletim, o consumo no Sistema Interligado Nacional (SIN) atingiu 64.107 MW médios, frente aos 63.162 MW médios no mesmo período do ano passado.
O ambiente de contratação regulada (ACR) apresentou crescimento no consumo de 1,9% em relação a abril de 2018, considerando a mudança de clientes cativos para o ambiente de contratação livre (ACL). Excluindo o impacto das migrações, o ACR registraria aumento de 3,4%.
Já no ACL, a alta foi de 0,6%, em relação ao mesmo período do ano passado. Eliminando o impacto da migração de novas cargas, o ACL apresentaria queda de 3,0%, na mesma comparação. Os consumidores livres apresentaram redução de 1,8%, já os especiais aumentaram em 13,4%, influenciados por essa migração. Suprimindo tal efeito, observa-se queda de 3,8% para os livres e aumento de 3,0% para os especiais. Os autoprodutores diminuíram seu consumo em 7,7%.
Audiência discute valor da conta de luz nos estados da Amazônia
A Agência Câmara informa que diretores de distribuidoras de energia elétrica foram convidados a discutir com parlamentares o valor das tarifas praticadas nos estados da Amazônia. A audiência, realizada hoje, é uma promoção das comissões de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia; e de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados. “A tarifa de energia elétrica do Tocantins encontra-se entre as mais elevadas em vigor no país”, afirma o deputado Célio Moura (PT-TO), que solicitou a realização da audiência pública.
Para explicar aos parlamentares a composição das tarifas estaduais, foram convidados diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da Energisa Tocantins Distribuidora de Energia S/A, da Energisa Mato Grosso, da Eletrobras Distribuição Rondônia e da Eletrobras Distribuição Acre.
Tarifas da Celpe terão aumento médio de 5,04%
A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) foi autorizada a aplicar aumento médio de tarifas de 5,04%, com efeito médio de 3,76% para os consumidores atendidos em alta tensão e de 5,56% para os de baixa tensão. O reajuste anual da distribuidora vai vigorar a partir de 29 de abril.
A Celpe atende em torno de 3,7 milhões de unidades consumidoras em 185 municípios de Pernambuco e tem receita anual de R$ 5,2 bilhões. As informações são do Canal Energia.
EDP vê crescimento de 5,1% na energia entregue no primeiro trimestre
O volume total de energia entregue pelas distribuidoras da EDP em São Paulo e no Espírito Santo registrou crescimento de 5,1% no primeiro trimestre de 2019, de acordo com informações de mercado divulgadas pelo grupo ontem (22/04) à noite. De janeiro a março, a energia comercializada totalizou 6.534.765 MWh nas duas áreas de concessão administradas pela EDP, contra 6.217.291 MWh em igual período em 2018.
O consumo no mercado cativo alcançou 3.730.517 MW (4,3%) e no mercado livre, 2.804.248 MWh (6,2%). Em números de clientes, houve crescimento de 1,9%, passando de 3,38 milhões para 3,45 milhões de unidades consumidoras. Relatório detalhado com o desempenho das distribuidoras da EDP encontra-se disponível na página de relações com investidores da companhia. As informações foram reproduzidas pelo Canal Energia.
EPE planeja publicar análise sobre eólicas offshore
O site Ambiente Energia informa que a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) iniciou discussões sobre projetos de energia eólica no mar, as chamadas usinas offshore, e irá preparar um documento sobre o potencial e os desafios para a tecnologia no Brasil. O assunto foi alvo de reunião interna realizada na estatal, segundo o presidente da EPE, Thiago Barral.
“Foi um dia inteiro discutindo exatamente as características desse potencial e os aperfeiçoamentos no marco regulatório (que seriam necessários para viabilizar projetos)”, afirmou Barral. “Em breve vamos publicar um roadmap para eólicas offshore, para dar visibilidade aos desafios que essa solução enfrenta e que precisam ser endereçados”, acrescentou, sem informar quando o material poderá ser divulgado.
Produção brasileira de etanol bate recorde na safra 2018/2019
A agência de notícias Reuters informa que o Brasil produziu um recorde de 33,58 bilhões de litros de etanol na safra 2018/2019, encerrada em março, com usinas alocando maior parcela de cana para o biocombustível em um ano marcado por retração, tanto na área colhida quanto na moagem da matéria-prima. Os dados foram divulgados hoje (23/04) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Em seu último levantamento sobre a temporada, a Conab disse que a fabricação de álcool em 2018/2019 foi 23,3 % maior na comparação com 2017/2018. Do total, 31,28 bilhões de litros foram produzidos no Centro-Sul do país.
Preço do etanol dispara com chuvas limitando moagem
O Canal Bioenergia destaca que os preços do etanol continuam em alta nas usinas do estado de São Paulo, principal produtor do Brasil, com suporte da menor oferta neste início de safra do Centro-Sul e da demanda aquecida. A avaliação foi feita pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.
Entre 15 e 18 de abril, o Indicador Cepea/Esalq para o etanol hidratado em São Paulo fechou a 1,9846 reais por/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), alta de 4,66 por cento em relação à semana anterior. No caso do etanol anidro (misturado à gasolina), o indicador atingiu 2,1038 reais/litro (sem PIS/Cofins), acréscimo de 8,67 por cento ante a semana anterior.
Petrobras paralisa produção da P-25 após vazamento de petróleo
A Petrobras paralisou a produção na plataforma P-25, no Campo de Albacora, na Bacia de Campos, a cerca de 110 quilômetros da costa do estado do Rio de Janeiro, após detectar vazamento estimado em 941 litros de petróleo em oleoduto. Em nota, a empresa afirmou que o vazamento, cuja origem foi identificada na madrugada de ontem (22/04), já foi interrompido: “A companhia prontamente enviou embarcações para o local, com o objetivo de dispersar a mancha de óleo. Os órgãos reguladores foram informados do incidente”, diz a nota. A reportagem é do portal G1.
PANORAMA DA MÍDIA
O portal da Folha de S. Paulo informa que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) está julgando, desde as 14 horas desta terça-feira (23/04), recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a condenação que sofreu no caso do tríplex de Guarujá (SP). Alegando não ter sido avisada previamente, a defesa de Lula entrou com pedido de adiamento da sessão, que foi mantida pela corte. Lula está preso em Curitiba desde abril de 2018. No caso do tríplex, ele foi condenado a 12 anos e um mês de prisão, por corrupção e lavagem de dinheiro.
O julgamento está sendo transmitido ao vivo por canais de internet, como os sites da Folha e do G1/Globo.
