A energia solar entrou de vez nas agendas dos leilões de energia elétrica do governo e superou a energia eólica na oferta de potência para o próximo leilão A-4, que visa aumentar a oferta de eletricidade no país a partir de 2023. A informação, que já havia sido divulgada pela imprensa no fim de semana, é notícia hoje no Jornal do Comércio, do Rio Grande do Sul.
O leilão, que terá somente fontes renováveis, está previsto para 28 de junho e somou 1.581 projetos cadastrados pela Empresa de Pesquisa de Energética (EPE), ou 51,2 gigawatts (GW) de capacidade instalada. O jornal DCI também traz informações, em sua edição de sábado (06/04).
Ibama libera leilão da ANP em ‘área sensível’
O jornal O Estado de S. Paulo informa que o presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim, autorizou o leilão de sete blocos de petróleo localizados em regiões de alta sensibilidade, em áreas que incluem o pré-sal. As sete áreas fazem parte do pacote de blocos de petróleo incluídos na 16.ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
De acordo com a reportagem, a decisão ignora recomendações técnicas feitas pela equipe do próprio órgão de fiscalização ambiental. Ao Estado, Bim negou ter ignorado recomendação sobre risco de vazamento de óleo em uma das regiões de maior biodiversidade do Oceano Atlântico e disse que a regra do leilão previsto para outubro é igual à de outras áreas já licitadas.
A reportagem, porém, teve acesso à análise técnica que recomenda a exclusão dessas áreas em licitação e ao parecer em que o presidente do Ibama rejeita a orientação.
Brasil deve continuar atraindo investimentos em petróleo
O jornal DCI traz uma entrevista com o sócio da área de óleo e gás da KPMG Brasil, Anderson Dutra, sobre perspectivas para o setor. Segundo ele, o Brasil deve continuar apresentando avanço importante da produção de petróleo em 2019. Mesmo diante das incertezas da economia, o mercado vê ambiente propício para investimentos no país, já que a agenda regulatória se mantém inalterada.
“Não tivemos grandes mudanças regulatórias no país, a agenda foi mantida. Por isso não enxergo uma revisão dos investimentos para baixo, pelo contrário, os aportes tendem a crescer”, avalia Dutra. Ele destaca os desinvestimentos da Petrobras em campos maduros e a oferta permanente da ANP, que consiste na oferta contínua de áreas para exploração e produção em bacias terrestres por licitação, sob regime de concessão.
Pernambuco é contra usina nuclear no estado
O Valor Econômico, que na semana passada publicou matéria sobre estudos da Eletronuclear, de construir uma usina nuclear em Itacuruba, no sertão pernambucano, às margens do rio São Francisco, traz hoje (08/04) a repercussão do assunto. O governo do estado informa desconhecer o estudo e diz que a legislação estadual veda a instalação de empreendimentos desse tipo.
De acordo com o estudo revelado pelo Valor, haveria potencial para construção de até 6,6 mil megawatts (MW) de capacidade de usinas nucleares em Itacuruba. Cada usina, do porte de aproximadamente 1 mil MW, teria investimento da ordem de R$ 30 bilhões.
Na semana passada, o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Reive Barros, disse que o Plano Nacional de Energia (PNE) 2050 deve indicar a construção de usinas nucleares no Brasil, além da conclusão de Angra 3, no litoral do Rio, cujas obras devem ser retomadas no ano que vem.
PANORAMA DA MÍDIA
A indústria de transformação tem a menor fatia na composição do Produto Interno Bruto (PIB) desde o final dos anos 1940, destaca o jornal O Estado de S. Paulo, em reportagem de primeira página. Em 2018, a participação do setor no PIB chegou a 11,3%, menor patamar desde que o dado começou a ser medido. Não há dados anteriores a 1947.
De acordo com a reportagem, a crise que a indústria brasileira atravessa ainda não dá sinais de reversão. No primeiro bimestre deste ano, a atividade industrial recuou 0,2% em relação ao ano passado. Esse fraco desempenho reforça uma tendência que vem se verificando desde os anos 1980.
A reforma tributária pode tornar-se a ‘agenda positiva’. Esta é a manchete do Valor Econômico de hoje (08/04). De acordo com a reportagem, a tramitação da reforma tributária ao mesmo tempo em que as mudanças na Previdência está sendo encarada no Congresso com otimismo.
Depois de se reunir com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e os líderes de alguns dos principais partidos da Casa, o economista Bernard Appy, diretor do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF), saiu convencido de que a reforma foi comprada pelo meio político como a ‘agenda positiva’ de um cenário em que as mudanças na Previdência arriscam a contaminar a popularidade tanto dos parlamentares quanto do presidente da República.
Em entrevista ao Valor, Appy disse que “ao rever a tributação sobre bens e serviços, folha de pagamento e renda, a reforma pode impactar positivamente o país na agenda de produtividade, geração de emprego e distribuição de renda”.
O Globo destaca que a equipe econômica encontrou uma saída para partilhar com estados e municípios mais de R$ 100 bilhões em receitas decorrentes da exploração do pré-sal. A solução está na proposta de emenda constitucional (PEC) que desvincula e desindexa o Orçamento da União (a chamada PEC do pacto federativo, que acaba com despesas obrigatórias e deixa nas mãos do Congresso a negociação dos gastos prioritários).
A Folha de S. Paulo traz o resultado de pesquisa do instituto Datafolha, que indica piora no otimismo brasileiro com a economia, após Jair Bolsonaro assumir a Presidência.