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Energisa e Equatorial buscam sócios para ativos de transmissão – Edição do Dia

O Valor Econômico informa que duas das maiores empresas do setor elétrico no Brasil — Energisa e Equatorial — estão buscando sócios para seus negócios de transmissão. De acordo com a reportagem, as companhias já engajaram bancos de investimento para buscar um investidor financeiro no mesmo modelo feito pela Neoenergia, que anunciou em abril a entrada do GIC como sócio de 50% dos ativos no Brasil no país.

No modelo desenhado pela Neoenergia, a Warrington Investment, um veículo de investimento do GIC, fundo soberano de Cingapura, comprou 50% dos ativos de transmissão da companhia, que envolveu 1,9 mil quilômetros de linha, avaliados em R$ 2,4 bilhões. O negócio foi anunciado em abril deste ano, marcando uma das maiores operações de fusões e aquisições no ano até então.

A entrada de um investidor institucional financeiro foi bem vista pelo mercado e é exatamente o modelo que Energisa e Equatorial, ambas com ações na bolsa, buscam atrair para seus negócios. É uma forma de financiar suas expansões no país e desalavancar o negócio, conforme ressalta a reportagem.

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Eneva conclui audiências públicas para expansão do projeto de Azulão

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A Eneva concluiu as audiências públicas necessárias para o licenciamento ambiental da expansão do complexo termelétrico de Azulão, nos municípios de Silves e Itapiranga, no estado do Amazonas.

As audiências, realizadas nos dias 2 e 3 de setembro, apresentaram à população local o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) do projeto. Ao todo, mais de 700 pessoas estiveram presentes, informa a agência EPBR.

Na semana passada, o Ministério Público Federal (MPF) chegou a pedir o cancelamento das audiências, com o argumento de que haveria falta de transparência e irregularidades na convocação das reuniões, além de risco de acirramento de conflitos com povos indígenas e tradicionais.

A reportagem destaca que o MPF defende a necessidade de elaboração de um Estudo de Componente Indígena (ECI), procedimento obrigatório para a concessão de licença ambiental, que busca garantir o direito dos povos indígenas impactados pelo empreendimento. Em maio, o órgão conseguiu uma liminar para suspender a licença ambiental e parar a produção do campo de Azulão. A liminar foi suspensa no dia seguinte e derrubada pelo TRF-1 uma semana depois.

Em junho deste ano, a Eneva já havia realizado audiências nas cidades impactadas pelo empreendimento sobre o licenciamento de dutos e clusters para o projeto, com a participação de 1.100 pessoas. Ao todo, o complexo de Azulão terá capacidade para 1.083 megawatts (MW), com duas usinas térmicas que têm início de operação previsto para o fim de 2026.

Estudo mostra expansão do biogás e do biometano

Levantamento feito pelo Centro Internacional de Energias Renováveis e Biogás (CIBiogás) mostrou que 114 novas unidades de biogás começaram a operar em 2022, o que representou expansão de 15%, em relação a 2021. De acordo com os dados do estudo, hoje o Brasil possui 936 plantas instaladas, sendo que 885 estão em operação produzindo aproximadamente 2,8 bilhões de metros cúbicos por ano (Nm3 /ano) de biogás com aproveitamento energético.

Denominado “Panorama do Biogás no Brasil em 2022”, o documento mostra que entre as aplicações energéticas do biogás, o destaque foi para produção de biometano – obtido a partir da purificação do biogás -, com crescimento de 82% no número de unidades no país, registrando um total de 20 plantas em operação em 2022. (Valor Econômico)

Eletrobras é notificada de decisão do TST e reintegra funcionários que aderiram ao PDV

A Eletrobras anunciou ontem (4/9) que tomou conhecimento da decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que suspendeu seu plano de demissão voluntária por 15 dias.

A companhia diz que está adotando as providências para o cumprimento da decisão, suspendendo as rescisões dos contratos realizadas em 31 de agosto, que ainda não haviam sido homologadas, e comunicando o retorno às atividades dos funcionários.

“A Eletrobras está adotando as medidas necessárias à defesa de seus interesses”, afirma a empresa. Na sexta-feira (1º/9), a companhia havia dito que 353 empregados haviam sido inscritos no plano. (Valor Econômico)

Eletrobras conclui venda de participação na Copel

A Eletrobras concluiu ontem (4/9) a venda de sua participação na Companhia Paranaense de Energia (Copel), de 15.307.740 ações ordinárias, por R$ 125,3 milhões, no ambiente da B3. O negócio, segundo informa a empresa, visa redução de participações minoritárias e não estratégicas, bem como a simplificação e otimização de seu portfólio. (Valor Econômico)

Volume de negociação de créditos de descarbonização (CBios) ultrapassa R$ 8 bilhões

O Ministério de Minas e Energia (MME) informou que o volume financeiro dos Créditos de Descarbonização (CBios) ultrapassou a marca de R$ 8 bilhões, cifra alcançada, recentemente, dentro do Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). Com isso, até o momento, foram emitidos 102,8 milhões de créditos, o que significa de que 102,8 milhões de toneladas de CO2 equivalente deixaram de ser emitidas na atmosfera.

Reportagem publicada pela Agência CMA destaca que a marca é resultado de uma série de iniciativas da pasta que resultaram na criação do RenovaBio, que tem os objetivos de promover a expansão da produção e do uso de biocombustíveis na matriz energética nacional. O programa também visa contribuir para o atendimento aos compromissos do país no âmbito do Acordo de Paris, reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa na produção, comercialização e uso de biocombustíveis, inclusive com mecanismos de avaliação de ciclo de vida, além de tornar os biocombustíveis mais competitivos.

Diesel sobre R$ 0,11 por litro na bomba com retorno de PIS e Cofins

A partir desta terça-feira (5/9), volta a ser cobrada uma parte da alíquota do PIS/Cofins sobre os preços do diesel. O Valor Econômico destaca que o imposto estava zerado desde 2021, e o governo de Luiz Inácio Lula da Silva havia decidido prorrogar a desoneração até 31 de dezembro de 2023, mas precisou antecipar a cobrança para compensar o programa de descontos para carros novos.

O diesel ficará cerca de R$ 0,11 por litro mais caro nos postos a partir de hoje, caso as distribuidoras decidam repassar integralmente os impostos. Em outubro, haverá uma nova incidência que somará R$ 0,13 por litro. Em janeiro de 2024, o imposto volta a ser cobrado integralmente: R$ 0,35 por litro de diesel.

A estratégia chilena na corrida pelo hidrogênio verde na América Latina

O blog da revista Conjuntura Econômica (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas) traz um artigo em que aborda a corrida de países sul-americanos para aproveitar suas vantagens comparativas na produção de energia renovável e atrair investimentos industriais em setores eletrointensivos, para os quais o desafio de cumprimento de metas de neutralização de emissões de gases do efeito estufa é maior.

A estratégia, destaca o artigo, cunhada pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) de powershoring, tem no hidrogênio verde (H2V) uma das rotas tecnológicas mais cobiçadas – e, na região, o Chile entre os países com projetos mais avançados.

Em dezembro de 2022, um programa colaborativo liderado pela HIF Global em Punta Arenas, na região de Magallanes – do qual participam Porsche, Enel, a Siemens e a Exxon, com apoio logístico e de infraestrutura da estatal de energia chilena Enap, – produziu os primeiros litros de combustível sintético com base em hidrogênio verde, que serão inicialmente testados pela Porsche na Alemanha.

O projeto, chamado Haru Oni, prevê uma capacidade de produção anual de 350 toneladas de metanol e 130 mil litros dessa gasolina ecológica, suficiente para abastecer cerca de 1 milhão de carros de passeio no período, e promete se tornar um importante hub de pesquisa.

Porto de Santos apresenta projeto para produzir hidrogênio verde

O presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, diretores e técnicos anunciaram ontem (4/5), em coletiva de imprensa, estudos para a produção de hidrogênio verde a partir da energia gerada pela Usina de Itatinga.

O fato de o Porto de Santos ter sua própria usina hidrelétrica, possibilitou a APS considerar a possibilidade de gerar energia a partir do hidrogênio verde, produzido via eletrólise da água com energia de fontes renováveis.

A partir de instalação de um eletrolisador, junto à Usina de Itatinga, a APS teria condições de produzir hidrogênio verde com a água abundante que tem à disposição, depois armazená-lo, transportá-lo por vários modais, inclusive dutos, até os consumidores, que seriam os terminais portuários, navios acostados no cais, além de empresas, indústrias e moradias da região. Há também a possibilidade de exportar o excedente. (Jornal Cana)

Quase 1 milhão não têm fornecimento de energia elétrica

O Valor Econômico traz, na edição desta terça-feira (5/9), uma reportagem a respeito do fornecimento de energia elétrica à região da Amazônia Legal. A reportagem ressalta que a região produz 25,5% da energia gerada no país, mas não tem eletricidade para todos seus habitantes. Indígenas, quilombolas, unidades de conservação, assentamentos rurais, entre outras comunidades não têm acesso ao serviço, de acordo com dados do Instituto de Energia e Meio Ambiente.

A reportagem relata, também, o exemplo dos cerca de 80 habitantes de Vila Limeira, no sul do Amazonas. Parte dos quase um milhão sem acesso ao serviço público de energia na Amazônia, eles conhecem de perto o impacto da chegada da eletricidade para povoados isolados. Há dois anos, só tinham três horas diárias de luz, quando o gerador a diesel era ligado. A comunidade passou a ter energia ininterrupta após a instalação de um sistema de energia solar, doado pela Fundação Mott, dos Estados Unidos.

PANORAMA DA MÍDIA

O Estado de S. Paulo: Sob pressão para rever despesas, a equipe econômica e ministros palacianos terão uma reunião na tarde desta terça-feira, 5, na tentativa de amarrar os pontos principais para uma proposta de reforma administrativa. No PT, a reforma é rejeitada. Mas, apesar de não estar na agenda do governo petista, a proposta começou a andar por pressão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que vê na reforma uma chance de lançar uma pauta que responde às críticas de que o Executivo e o Congresso só têm planos para aumentar os gastos.

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Valor Econômico: O lançamento da nova edição do Programa de Aceleração do Crescimento, o Novo PAC, coincide com um momento de dúvidas sobre a capacidade do governo de cumprir as metas fiscais indicadas no novo arcabouço das contas públicas. Os investimentos com recursos do Orçamento da União e de empresas estatais continuam sendo parte relevante da iniciativa, embora a nova fase tenha como uma das novidades uma participação maior do setor privado.

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Folha de S. Paulo: A execução do Orçamento de 2024 deve ser um teste de fogo para a articulação política do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vai depender do Congresso Nacional para aprovar créditos essenciais para destravar despesas com o Bolsa Família e a Previdência Social. O desafio se soma à necessidade de obter apoio dos congressistas para avançar no amplo pacote de receitas extras elaborado pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda).

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O Globo: O relatório final da CPI da Americanas, divulgado ontem (4/9), não trouxe culpados pelas fraudes bilionárias da companhia. O relator, Carlos Chiodini (MDB-SC), justifica que não foi possível “imputar a respectiva responsabilidade criminal, civil ou administrativa a instituições ou pessoas determinadas”.

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