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Eneva avalia projeto para escoar gás por balsas em rios no Amazonas – Edição da Manhã

A Eneva avalia desenvolver um projeto para transportar gás natural liquefeito (GNL) por meio de balsas flutuantes no Amazonas. Rotas fluviais viabilizariam o escoamento da produção do campo de Juruá, na Bacia do Solimões. O projeto foi detalhado pelos diretores da companhia, ontem (08/02), em apresentação a investidores.

A empresa pretende implementar uma unidade de liquefação em Juruá e escoar a produção por meio do Rio Solimões. A viagem de ida e volta das barcas com GNL entre Juruá e as cidades de Manaus ou Itacoatiara (AM), que seriam os pontos de distribuição do gás para os clientes, leva oito dias.

A ideia é fornecer o gás para usinas termelétricas, distribuição de GNL em pequena escala na região Norte ou a exportação para outras regiões. A Eneva também avalia desenvolver novas usinas de geração termelétrica no Maranhão. Além disso, a empresa tem a intenção de desenvolver um “hub” de gás na capital do estado, São Luís. O projeto pode incluir a construção de um gasoduto entre a cidade Santo Antônio dos Lopes (MA), onde ficam os campos de produção da companhia, e a capital do estado. (Valor Econômico)

Aneel estende outorga de 15 hidrelétricas

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A Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou que 15 hidrelétricas incluídas no acordo do GSF (sigla em inglês para risco hidrológico) tivessem os prazos de outorga estendidos. O Canal Energia informa que 10 dessas usinas são da AES Brasil e terão suas concessões prorrogadas até 2032. Os contratos das outras cinco, que pertencem a diferentes geradores, vão expirar entre 2037 e 2048.

A AES Brasil foi a primeira empresa a aderir ao adiantamento do pagamento da parcela que estava em aberto no processo de liquidação financeira do mercado de curto prazo feito pela Câmera de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A medida foi anunciada há cerca de um ano com a quitação de R$ 2 bilhões, considerando o saldo devedor e os créditos retidos na câmara.

Depois dessa decisão, a CCEE passou a informar uma sequência de novos adiantamentos de pagamentos ao ponto que a entidade já considerava, no segundo semestre de 2021, este, um assunto equacionado.

Usina híbrida permitirá otimização na transmissão, diz diretora da Aneel

Em entrevista ao Canal Energia, ontem (08/02), a diretora da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Elisa Bastos, disse que as usinas híbridas, regulamentadas pelo órgão regulador no fim de novembro do ano passado, despertam cada vez mais o interesse do mercado. Segundo ela, o custo da transmissão foi um dos pontos de grande debate durante a elaboração das regras.

De acordo a diretora, um dos principais objetivos era permitir a hibridização de modo a otimizar recursos. “Esse tipo de usina pode aproveitar a complementaridade para melhor usar a capacidade de rede”, explicou. Em sua análise, as híbridas podem contratar a capacidade da rede em volume menor do que a soma das potências instaladas das usinas desde que o valor obedeça a uma faixa estabelecida. “A ideia é que haja o aproveitamento da complementaridade das tecnologias para reduzir a ociosidade e otimizar e postergar os investimentos”, afirmou.

Cactus Energia planeja investir 5 bilhões de euros em planta de hidrogênio verde no Ceará

O portal EPBR informa que o governo do Ceará e a Cactus Energia Verde assinaram na segunda-feira (07/02) memorando de entendimento para produção de hidrogênio verde (H2V) no Complexo Portuário de Pecém. São investimentos estimados em 5 bilhões de euros, para produzir mensalmente 10,5 mil toneladas de H2V, além de 5,25 mil toneladas de oxigênio verde. A intenção é iniciar a operação em 2023.

De acordo com a reportagem, para produzir o hidrogênio e o oxigênio verdes, a empresa pretende utilizar a energia produzida por dois parques — um solar e um eólico Offshore —, com potência total de 3,6 GW.

Braskem poderá adiar oferta de ação novamente

Uma das operações de mercado de capitais mais aguardadas para este ano, a oferta subsequente de ações (“follow-on”) da Braskem corre o risco de não sair neste primeiro semestre, de acordo com apuração do Valor Econômico.

A expectativa dos acionistas – Novonor (ex-Odebrecht) e Petrobras – é aproveitar a próxima janela, entre março e abril, quando saem os resultados da companhia do 4º trimestre. Caso não avance, deixar tudo pronto para retomar a mega-oferta numa próxima oportunidade.

Ainda de acordo com a reportagem, há um ceticismo no mercado financeiro, sobre cravar uma data para fechar a operação. A companhia estava se preparando para realizar o “follow-on” em janeiro. Houve interesse dos investidores, mas pedidos de altos descontos sobre o valor das ações levaram os acionistas a adiar o processo.

Sanção de nova lei cria corrida no setor de geração distribuída

Reportagem publicada hoje (09/02) pelo Valor Econômico indica que a sanção do marco legal da geração própria de energia, a geração distribuída, pelo presidente Jair Bolsonaro, em janeiro, criou um senso de urgência no desenvolvimento de novos projetos nessa área no país. O setor prevê uma “corrida pelo sol” este ano para garantir a gratuidade da cobrança da tarifa de uso da rede das distribuidoras, a chamada Tusd, até 2045.

A reportagem destaca que a pressa se explica porque os empreendimentos que pedirem conexão à rede elétrica até 12 meses depois da sanção da nova lei vão continuar isentos da cobrança da Tusd por 23 anos. O novo marco instituiu a cobrança gradual dessa taxa, a partir de 7 de janeiro de 2023, até chegar a 29% em 2030.

As mudanças tendem a fazer o setor dar um salto, com 100% de crescimento na capacidade instalada em 2022 em relação ao ano passado. Em 2021, o segmento tinha uma capacidade de 8 gigawatts (GW), número que deve passar para 16 GW neste ano. Essa capacidade é superior à potência total de Itaipu, de 14 GW. A projeção de crescimento é da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD).

PANORAMA DA MÍDIA

O principal destaque da edição desta quarta-feira (09/02) da Folha de S. Paulo e do jornal O Globo é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Combustíveis. A Folha ressalta que as propostas para reduzir a tributação de combustíveis no ano eleitoral podem ter efeito negativo sobre a taxa de câmbio, levando a uma inflação mais alta e, consequentemente, à necessidade de uma taxa básica de juros ainda mais elevada.

A avaliação, que já era praticamente consenso no mercado e no Ministério da Economia, foi explicitada ontem (08/02) pelo Banco Central. O jornal O Globo informa que a PEC avança no Congresso, com impacto de R$ 100 bilhões sobre as contas públicas.

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que a Agência Nacional de Saúde (ANS) barrou a transferência de 337 mil planos de saúde individuais da Amil para a Fiord Capital, empresa de reestruturação financeira. O negócio estava em andamento desde janeiro.

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