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Eneva muda plano de financiamento por AES Tietê – Edição da Manhã

O Valor Econômico informa que a elétrica Eneva mudou a estratégia de financiamento para a proposta de combinação de negócios com a AES Tietê. O plano inicial da empresa era obter empréstimo bancário para a parcela de R$ 2,75 bilhões que a companhia terá que pagar pela operação e, em seguida, refinanciar esse montante no mercado de capitais.

Diante do atual cenário no mercado, causado pelos efeitos da pandemia novo coronavírus na economia global, a Eneva pretende manter o empréstimo bancário até as condições do mercado de capitais e de debêntures melhorarem.

“O que muda, nessa recente condição de mercado é que vamos fazer financiamento com dívida bancária e permanecer com ela, até poder refinanciar em condições melhores no mercado de debêntures”, explicou ontem o diretor de Finanças da Eneva, Marcelo Habibe, em teleconferência com analistas e investidores. A proposta da Eneva envolve um valor de R$ 6,6 bilhões, sendo 60% em ações da nova companhia e 40% em dinheiro.

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A proposta, válida até 30 de abril, precisa ser aprovada pelos acionistas das duas companhias até o fim desse prazo. Em seguida, ela dependerá de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

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Petróleo barato põe em cheque exploração no país

A desvalorização do petróleo, que em poucos dias passou de patamares em torno dos US$ 50 para US$ 27 lança dúvidas entre petroleiras se o ano que se desenhava promissor para a atividade de exploração no Brasil se confirmará. O tema é desenvolvido em reportagem publicada hoje (25/03) pelo Valor Econômico.

Depois que as petroleiras desembolsaram R$ 42 bilhões nos leilões de áreas exploratórias desde 2017, havia a expectativa de que a partir de 2020 as campanhas de perfuração se intensificariam, girando a roda da indústria de bens e serviços.

De acordo com a reportagem, as expectativas para a indústria petrolífera, no entanto, mudaram abruptamente. Ao menos nove petroleiras que atuam no Brasil anunciaram, desde a semana passada, cortes nos investimentos e gastos. A lista inclui gigantes como a Shell, Total e Chevron; a Ecopetrol e Murphy Oil; e pequenas e médias companhias como a Geopark, Premier Oil, Maha Energy e a brasileira PetroRio.

A consultoria Wood Mackenzie estima que os gastos globais do setor de exploração e produção podem cair mais de 25% em 2020. Embora o Brasil seja prioritário para muitas petroleiras, o quadro não é otimista. A exploração costuma ser um dos primeiros itens da lista de cortes em tempos de crise. Resta saber se o país passará incólume.

Blecautes de energia no Amazonas não têm relação com medidas preventivas ao coronavírus, diz ONS

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que blecautes de energia ocorridos no Amazonas no último domingo (22/03) e ontem (24/03), não têm relação com medidas de prevenção ao novo coronavírus.

Ainda segundo o órgão, a pandemia do covid-19 causou uma mudança na rotina de trabalho do país e ocasionou queda no consumo de energia elétrica – e não uma sobrecarga. Segundo o ONS, as causas do blecaute ocorrido em Manaus ainda estão sendo apuradas. (portal G1)

Após decisão da Justiça, Enel deve restabelecer fornecimento de energia e não pode fazer novos cortes

Assim como já ocorreu em outros estados, a Justiça do Ceará determinou ontem (24/03), liminarmente, que a Enel Distribuição Ceará não pode suspender ou interromper o serviço durante o período de quarentena provocado pelo novo coronavírus, além de ter de fazer o restabelecimento para os consumidores inadimplentes.

A decisão atendeu um pedido feito pela Defensoria Pública Geral do Ceará em Ação Civil Pública. Caso a Enel não cumpra as determinações, receberá uma multa diária de R$10 mil por consumidor afetado, além da possibilidade de responsabilização criminal. (portal G1)

PANORAMA DA MÍDIA

O pronunciamento feito ontem à noite (24/03) pelo presidente Jair Bolsonaro é destaque nas edições de hoje dos principais jornais do país.

Em seu terceiro pronunciamento em rádio e televisão sobre a crise do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro criticou na noite desta terça (24/03) o fechamento de escolas e do comércio para combater a pandemia, atacou governadores e culpou a imprensa pelo que considera clima de histeria no país. O presidente disse que desde o início da crise o governo se preocupou em conter o “pânico e a histeria” e voltou a minimizar a gravidade da covid-19 ao compará-la a uma “gripezinha” ou “resfriadinho”. Parlamentares reagiram com perplexidade ao pronunciamento de Bolsonaro, que havia ensaiado uma mudança de tom nos últimos dias. (Folha de S. Paulo)

Ele (o presidente Jair Bolsonaro) citou a cloroquina como um possível remédio para o coronavírus, embora sua eficácia não tenha sido confirmada. Bolsonaro ainda afirmou que a imprensa é responsável por disseminar “histeria” sobre a doença e disse que, por seu histórico de atleta, não sentiria nada caso pegasse o coronavírus. “Quando muito, seria acometido de uma gripezinha, ou resfriadinho.” Moradores de pelo menos nove capitais fizeram um panelaço durante a fala do presidente, acompanhados de gritos de “Fora, Bolsonaro”. Também houve reações no mundo político. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que o pronunciamento foi grave e cobrou uma liderança “séria, responsável e comprometida com a vida e a saúde da sua população”. (O Estado de S. Paulo)

Bolsonaro ignora orientação mundial e critica isolamento e escolas fechadas. (O Globo)

O Valor Econômico traz como destaque uma entrevista feita com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na qual ele afirma que não vai faltar dinheiro para a saúde e nem para defender os empregos. O ministro também avalia elevar de R$ 200,00 para R$ 300,00 o “cheque cidadão”, que será distribuído, por meio da Caixa Econômica Federal, para os 38 milhões de brasileiros que trabalham na informalidade. Além disso, orientou a equipe do governo para, na ampliação do Bolsa Família em 1,2 milhão de pessoas, primeiro colocar todos dentro do programa e, depois, checar se há fraudes.

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