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Eneva retira proposta de negócio com AES Tietê – Edição da Manhã

Um novo capítulo da transação entre a Eneva e a AES Tietê foi definido ontem (21/04) à noite, segundo informação do Valor Econômico. Após o conselho de administração da AES Tietê ter rejeitado a proposta de combinação de negócios apresentada pela Eneva e não ter convocado assembleia de acionistas para deliberar sobre o assunto até o momento, a geradora termelétrica decidiu retirar a oferta.

A companhia, que enviou carta à administração da AES Tietê refutando cada item questionado pela empresa, também ressaltou que a postura do grupo americano AES, controlador da empresa, feriu as boas práticas de governança e afetou o Brasil e o mercado de capitais do país.

“Quando o management (administração da AES Tietê) diz que não faz sentido, não tem nada que nós possamos fazer no momento a não ser retirar a oferta. É com lamento que fazemos isso, mas não há outra decisão que possamos tomar”, afirmou o presidente da Eneva, Pedro Zinner, ao Valor Econômico.

Apresentada no início de março, a proposta envolvia tecnicamente uma incorporação da AES Tietê pela Eneva, pelo valor da ordem de R$ 6,6 bilhões. Desse total, 40% seriam pagos em dinheiro e o restante, em ações da empresa combinada. Caso a proposta fosse aprovada, a Cambuhy Investimentos (da família Moreira Salles) e o BTG Pactual, acionistas da Eneva, passariam a ter 17,8%, cada um, da nova empresa. A AES Brasil ficaria com 5,5%, o BNDES, 6,5%, e a Eletrobras, 1,8%. A nova companhia não teria controlador definido.

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O que o colapso dos preços do petróleo nos EUA significa para a Petrobras

O Valor Econômico traz uma análise sobre os efeitos, para a Petrobras, da queda do preço do barril de petróleo do tipo WTI, referência para o mercado dos Estados Unidos, que entrou segunda-feira (20/04), pela primeira vez em sua história, no terreno negativo e voltou ontem para o patamar acima de zero.

Segundo especialistas consultados pela reportagem, a petroleira brasileira dificilmente viverá a realidade de negociar as suas cargas de petróleo a preços negativos, mas, num setor extremamente globalizado, a expectativa é que a empresa seja afetada indiretamente pela situação inédita dos Estados Unidos.

De acordo com essa análise, nenhuma petroleira passará incólume à atual crise da indústria de óleo e gás. A contração sem precedentes da demanda, frente à crise econômica desencadeada pela pandemia do novo coronavírus, e o excesso de oferta de petróleo pressionam os preços para baixo, reduzindo a capacidade de geração de caixa da estatal brasileira, comprometendo a sua trajetória de desalavancagem e investimentos em novos projetos.

Esse é o principal destaque da edição de hoje (22/04) do jornal.

Bancos incluem turismo e saúde no socorro a setores; ajuda a elétricas sai essa semana

O jornal O Estado de S. Paulo informa que o socorro a empresas de energia é o estudo mais avançado, entre os que estão sendo costurados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e bancos privados aos setores afetados pela crise gerada pelo coronavírus no Brasil.

Segundo a reportagem, uma reunião para definir detalhes e o valor do empréstimo foi realizada ontem (21/04). A expectativa dos envolvidos é de que a decisão quanto ao formato seja tomada ainda nesta semana, com o valor ficando perto dos R$ 16 bilhões. Já o custo deve ser CDI mais 3,5% ou 4% ao ano, conforme uma fonte do jornal.

O grupo financeiro que está à frente do socorro é formado pelo BNDES, os grandes bancos – Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil –, mais Citibank e Safra. “Deve ser aprovado esta semana”, diz uma fonte, que participa das negociações.

A reportagem informa, ainda, que turismo e saúde devem ser incluídos à lista que contemplava quatro setores vistos como prioritários: energia, aéreas, automotivo e varejo não-alimentício. Com isso, o pacote de ajuda calculado até então em R$ 50 bilhões deverá ser ampliado para abarcar os novos segmentos.

Por alívio na tarifa, MME pode estender concessão de usinas

O Ministério de Minas e Energia (MME) avalia a possibilidade de estender as concessões de usinas hidrelétricas que já estão na reta final de seus contratos como um modo de reduzir a necessidade de resgate financeiro do setor, informa o Valor Econômico.

Conforme vem sendo divulgado, o empréstimo liderado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para socorrer as distribuidoras de energia, com um “pool” de bancos comerciais, deve ficar em torno de R$ 17 bilhões.

No entanto, de acordo com a reportagem, o governo ainda estuda outras medidas que possam amenizar o peso para os consumidores nos próximos anos. Uma das ações cogitadas pelo MME e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o setor é a repactuação voluntária dos contratos bilaterais de compra e venda de geradoras com distribuidoras.

Para estimular donos de usinas a diminuir os megawatts fornecidos, uma hipótese seria compensá-los com a extensão contratual pelas receitas perdidas no curto prazo. Como resultado, as geradoras venderiam um pouco menos, as distribuidoras ficariam com rombo um pouco menor no caixa, a necessidade de empréstimo diminuiria e o consumidor teria menos encargos a pagar nos próximos anos. A contrapartida seria um prazo maior das concessões de hidrelétricas perto de expirar – a usina de Tucuruí (segunda maior do país), por exemplo, tem seu contrato vencendo em 2024.

Os termos da operação são explicitados em nota técnica da Aneel, divulgada anteontem com uma série de outras alternativas para fazer frente à pandemia.

PANORAMA DA MÍDIA

O jornal O Estado de S. Paulo informa que o Ministério da Saúde quer distribuir 46,2 milhões de exames durante a crise de coronavírus. Até agora, no entanto, a pasta só enviou aos estados 2 milhões de testes rápidos, recomendados para aplicação em profissionais de saúde, e 524,3 mil testes do tipo RT-PCR, mais caro, rápido e preciso.

A reportagem esclarece que o teste rápido tem ‘limitações importantes’ em sua eficácia e que a medida é um pilar do projeto para revisão do distanciamento social, segundo o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, em atendimento à pressão do Planalto. Até ontem, o número oficial era de 2.741 óbitos no país.

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou ontem (21/04) a abertura de inquérito para apurar a organização de atos contra a democracia no país. Ele atendeu a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras. As manifestações ocorreram durante o domingo em várias cidades. Entre as palavras de ordem, estava o fechamento do Congresso Nacional e do STF, além da intervenção militar e instituição do AI-5, a norma de 1968 que endureceu a ditadura militar no Brasil. Na Corte, outros ministros concordaram com a decisão de que o caso seja formalmente investigado. Esse é o principal destaque de hoje (22/04) dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo.

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