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Entidades do setor elétrico defendem “solução perene” para enfrentar ataques a redes de energia – Edição da Manhã

O Valor Econômico informa que o Fórum das Associações do Setor Elétrico (Fase), que reúne 27 associações, defendeu na última sexta-feira (13/1) que seja adotada uma “solução estruturada e perene” pelas autoridades públicas “visando à rápida atuação na segurança pública para o combate a quaisquer atos de sabotagem”.

A carta, endereçada ao diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, é uma resposta do fórum à onda de ataques criminosos para derrubar linhas de transmissão e interromper o fornecimento de energia no país. Os casos de sabotagem ocorrem desde a invasão e a depredação das sedes dos Três Poderes por bolsonaristas radicais no último domingo (8/1), em Brasília.

A sugestão feita pela Fase prevê que a nova estrutura de governança no setor seja coordenada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), com a finalidade “assegurar a proteção da infraestrutura de serviço público federal”.

Os serviços de geração, transmissão e distribuição de energia são oferecidos por contratos de concessão. A carta propõe que a instância de monitoramento de risco seja integrada por representações do setor e tenha articulação com órgãos de segurança pública para “prevenir e combater tais ataques”. No documento, o Fase cumprimenta o governo pela iniciativa de criação do “Gabinete de Acompanhamento da Situação do Sistema Elétrico Brasileiro”, com participação do MME, do Operador Nacional do Sistema (ONS) e da Aneel.

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Transmissoras recuperam instalações atacadas nos últimos dias

Três das quatro instalações de transmissão atingidas por prováveis atos de sabotagem desde o início da semana foram recuperadas pelas concessionárias responsáveis. No caso do ataque mais recente, identificado na quinta-feira (12/1), na linha de transmissão 440kV – Assis – Sumaré (SP), da Taesa, a concessionária informou que estava atuando na recomposição do ativo.

A linha de transmissão em corrente contínua Foz do Iguaçu-Ibiúna, que transporta energia da hidrelétrica de Itaipu, teve o trabalho de restauração de quatro torres danificadas concluído no início da manhã desta sexta-feira (13/1). Além do bipolo operado por Furnas, foram restabelecidos a LT 230kV Samuel / Ariquemes C3, da Eletronorte, e um dos circuitos que escoa energia das usinas do Madeira, da Evoltz. As informações foram publicadas pelo Canal Energia.

Delta projeta expansão em geração e em baixa tensão

Em entrevista ao Canal Energia, o vice-presidente Institucional e Regulatório do Grupo Delta Energia, Luiz Fernando Vianna, afirmou que a companhia vê o ano de 2023 como fundamental para as empresas no setor elétrico que estão se preparando para a abertura do mercado livre.

Um primeiro passo é o de janeiro de 2024, com a chegada de toda a alta tensão e a elegibilidade de seus 106 mil novos consumidores ao ambiente de contratação livre (ACL). E posteriormente, com a ampliação dessa abertura para a baixa tensão por meio do projeto de lei (PL) 414, que está na Câmara dos Deputados desde o início do ano passado.

Vianna disse, ainda, que a companhia vem se preparando e está pronta para quando esses consumidores chegarem. Inclusive, lembra que investimentos recentes foram feitos tendo como objetivo chegar a esse momento. Entre eles, estão a aquisição da empresa de tecnologia BestDeal Technologies e o avanço rumo à baixa tensão com o lançamento da Luz, realizado no início de outubro do ano passado.

Estados aceleram planos de privatização e concessão de estatais

Na contramão do governo Lula, que suspendeu a venda de estatais federais, os estados querem acelerar privatizações e concessões a partir deste ano. Governadores de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná já trabalham para tirar projetos de desestatização do papel.

Reportagem do jornal O Globo indica que o movimento alimenta a expectativa de investidores e abrange empresas estaduais de alto potencial, como as companhias de saneamento Sabesp (SP), Copasa (MG) e Cedae (RJ), e a paranaense Copel, de energia.

“Temos um conjunto de governadores de estados de peso que trazem um grupo de ativos em setores como saneamento, energia elétrica e rodovias, que serão ofertados a investidores nos próximos quatro anos. E vão ocupar espaço porque são de primeira ordem”, avalia Claudio Frischtak, à frente da Inter.B Consultoria.

Protestos se ampliam e já afetam petróleo e mineração no Peru

Após dez dias de protestos e bloqueios no Peru, as manifestações que exigem a renúncia da presidente Dina Boluarte já tinham causado na sexta-feira (13/1) pelo menos 50 mortes, segundo a Defensoria Pública, chegavam de forma mais intensa à capital, Lima, e causavam os impactos econômicos mais significantes deste ano no país.

A Organização Regional dos Povos Indígenas do Oriente (Orpio) anunciou o fechamento das atividades de extração de petróleo da região de Loreto, na região de selva ao nordeste do Peru. Ao mesmo tempo, a mineradora Antapaccay, em Cusco, no sul, anunciou a paralisação parcial das atividades e a retirada de 2,4 mil trabalhadores para salvaguardar sua integridade — depois que os manifestantes entraram em suas instalações.

A crise peruana se acentuou no início de dezembro, quando o presidente Pedro Castillo tentou fechar Congresso e Judiciário num fracassado golpe de Estado e acabou destituído pelo Legislativo e substituído por Boluarte — que era sua vice. (Valor Econômico)

PANORAMA DA MÍDIA

O jornal O Estado de S. Paulo traz como destaque da edição deste domingo (15/1), a intenção do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, e do governo federal, de permitir que empreiteiras da Operação Lava Jato paguem multas de seus acordos de leniência com a execução de obras públicas.

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A Folha de S. Paulo publicou, como principal destaque de hoje (15/1), a prisão do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, ontem, pela Polícia Federal. Torres foi preso ao retornar dos Estados Unidos e foi levado para o 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará (DF), onde deve depor na semana que vem. Na última terça-feira (10/1), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou a prisão de Torres após o episódio de ataques golpistas contra as sedes dos três Poderes, no domingo (8/1). Torres havia sido nomeado, recentemente, como secretário da Segurança Pública do Distrito Federal.

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Levantamento feito pelo jornal O Globo aponta que, desde o início de 2020, quando adotou uma rotina de ameaças explícitas ao Judiciário, Legislativo e às eleições, o ex-presidente Jair Bolsonaro fez um ataque a cada 23 dias, nos quais sugeriu rupturas institucionais.