Reportagem do jornal O Globo indica que a entrada da Cosan como novo acionista da Vale, uma das maiores mineradoras do mundo, tem sido vista com ceticismo, de acordo com fontes ligadas à alta administração da empresa. O sentimento de cautela de como será a chegada da Cosan em uma companhia que hoje não tem um controlador definido ocorre em um momento em que a empresa, líder global na produção de minério de ferro, tem se voltado para suas minas de níquel e cobre, matérias-primas essenciais para a produção de baterias para carros elétricos.
Na sexta-feira retrasada, a Cosan anunciou a aquisição de participação acionária na Vale de 4,9%, por meio de uma operação complexa — e indicou interesse em aumentar essa fatia para até 6,5%. Apesar de os investidores terem reagido mal, já que a cotação da empresa caiu 8,71% com o anúncio da operação, analistas consideram a entrada da Cosan positiva para a Vale.
De acordo com a reportagem, é em meio à entrada de um acionista de peso que a Vale vai decidir, até o fim deste ano, como separar as minas de produção de níquel e cobre em uma nova empresa. Os estudos envolvem a abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) ou a busca de um novo sócio minoritário privado.
Buraco na camada de ozônio aumentou neste ano, mas tende a diminuir, diz Nasa
O buraco de ozônio da Antártida atingiu nova máxima em 2022 pelo terceiro ano consecutivo. Porém, segundo a Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, o buraco tem tendência a diminuir apesar de altas recentes provocadas pelo clima frio em alta altitude.
Segundo levantamento da Nasa obtido pela “Associated Press” (AP), o buraco de ozônio atingiu seu tamanho máximo de mais de 26,4 milhões de quilômetros quadrados no dia 5 de outubro, o maior desde 2015. A Nasa justifica o recorde pelas temperaturas mais frias do que o normal nas regiões polares do sul entre 12 a 20 quilômetros de altura, onde está o buraco de ozônio, onde as condições climáticas são propícias para que produtos químicos a base de cloro, que destroem o ozônio, se propaguem mais. (Valor Econômico)
Lixo eletrônico pode ser chave para a transição energética no mundo
O tema foi abordado pelo Valor Econômico, em reportagem produzida pela agência Bloomberg. À medida que os países examinam as cadeias de fornecimento de minerais necessárias para alimentar a transição de energia limpa, uma fonte potencial está escondida em gavetas e latas de lixo em todo o mundo.
Estima-se que 5,3 bilhões de telefones ficarão fora de uso este ano, de acordo com dados do Instituto das Nações Unidas para Treinamento e Pesquisa (Unitar) para o Global e-Waste Monitor — somando-se ao que os pesquisadores chamam de “mina urbana” amplamente inexplorada que poderia ser usada para novas tecnologias como painéis solares, turbinas eólicas e baterias de veículos elétricos.
Embora as taxas de devolução variem de país para país, globalmente apenas 17% do lixo eletrônico é coletado e reciclado em média, de acordo com Kees Baldé, especialista científico sênior do Programa de Ciclos Sustentáveis da Unitar e pesquisador principal por trás do Monitor Global de Resíduos Eletrônicos. Muitos dispositivos acabam em aterros sanitários, o que é um problema de poluição perigosa e um desperdício de grandes quantidades de metais e minerais, como cobre e paládio, que podem ser reciclados em novos produtos.
PANORAMA DA MÍDIA
Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca que o controle do Orçamento pelo Congresso representa uma encruzilhada para o avanço das reformas a partir de 2023. Nos bastidores, a agenda econômica passou a estar condicionada à manutenção do orçamento secreto, esquema negociado com o atual governo e revelado pelo Estadão que consiste na transferência de verba a parlamentares sem critérios de transparência em troca de apoio político.
***
Pesquisa Datafolha entre jovens brasileiros indica que, embora 67% dos jovens entre 15 e 29 anos esperem que sua situação pessoal esteja muito melhor daqui a dez anos (e 65% achem o mesmo sobre sua situação financeira), só 25% acreditam que o Brasil terá desempenho semelhante no período. (Folha de S. Paulo)
***
A disputa pela preferência do eleitorado mineiro é o principal destaque da edição deste domingo (16/10) do jornal O Globo. Em Minas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu no primeiro turno com 48% contra 43% do presidente Jair Bolsonaro (PL), 560 mil votos a mais, no único estado do Sudeste em que derrotou o oponente. A reportagem percorreu municípios do segundo maior colégio eleitoral do país e mostra a dedicação de aliados do governador Romeu Zema (Novo), já reeleito e apoiador de Bolsonaro, para virar o jogo.