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Eólicas do RN derrotam subsidiária da Eletrobras em ação de R$ 588 milhões – Edição da Manhã

A Folha de S. Paulo informa que a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), umas das companhias subsidiárias da Eletrobras, sofreu na última semana nova derrota judicial em disputa com empresas de energia eólica do Rio Grande do Norte. Onze geradoras processaram a Chesf para cobrar prejuízos registrados devido ao atraso na conclusão da linha de transmissão 230 kV Extremoz II – João Câmara (RN).

Na sexta-feira (21/10), a Quinta Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios julgou novamente recursos e manteve a sentença que condenou a Chesf a indenizar os prejuízos. Quando o processo começou, em 2014, as empresas disseram ter gasto R$ 194 milhões com a compra de energia. Como tinham um contrato de fornecimento com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e não puderam entregar ante o atraso das obras, precisaram comprar essa energia.

Segundo os comunicados encaminhados por Chesf e Eletrobras aos acionistas e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na sexta-feira, o valor atualizado até 30 de junho está em R$ 558 milhões. O processo está classificado com “risco de perda possível”. Nos comunicados, Eletrobras e Chesf dizem que estão analisando a decisão e suas consequências e afirmam ser “certo que irão apresentar os recursos cabíveis junto ao poder judiciário.”

Mercado de baterias cresce no Brasil em localidades isoladas

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A fabricante de sistemas de armazenamento de energia Unicoba vê os negócios escalarem com a crescente demanda voltada principalmente a regiões isoladas ou sem serviço público de distribuição de eletricidade no Brasil, de acordo com reportagem do Valor Econômico.

O grupo tem quase 50 anos de existência, mas o segmento de baterias tem apenas quatro e já representa 30% da receita. Em 2023, deve atingir 50%. Atuando principalmente nas áreas de concessão da Equatorial, Energisa, Roraima Energia e Amazonas Energia, a empresa já instalou esses sistemas em 5 mil unidades consumidoras na região da Amazônia Legal.

Ao Valor, a diretora financeira, Rosangela Sutil, e o vice-presidente de Inovação e Negócios, Marcelo Rodrigues, contam que o grupo atua no setor pelo lado da fabricante de luminárias Ledstar, e no segmento de baterias de lítio destinadas a atender o mercado nacional e internacional de smartphones e notebooks. Agora está se posicionando também em armazenamento no setor elétrico.

Petrobras tem valor recorde, mas até onde pode ir o rali?

A Petrobras alcançou seu maior valor de mercado na história, no fim da semana passada, embaladas pela recuperação dos preços do petróleo e pela percepção do mercado de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) está avançando na corrida eleitoral a poucos dias do pleito, conforme análise do Valor Econômico. Os papéis ordinários da estatal subiram 3,41% na sexta-feira e acumulam alta de 95,39% em 2022, enquanto os preferenciais avançam 97,39% no ano depois de terem subido 3,43% no dia.

O jornal destaca que a companhia chegou a um valor de mercado de R$ 520,6 bilhões no fechamento da sessão. Mesmo com o rali, analistas veem chance de valorização adicional das ações da Petrobras, desde que o próximo governo mantenha a política de preços dos combustíveis alinhada ao mercado internacional e mais ainda se houver algum aceno à privatização.

O desempenho da economia global, com risco de recessão, é outro ponto de atenção, já que pode afetar os preços do petróleo. Parte significativa da alta das ações da companhia neste ano, que também se vê nos pares internacionais, está ligada à resiliência da cotação do petróleo.

Petrobras vai licitar tecnologia inovadora para plataformas de petróleo

O jornal O Estado de S. Paulo traz hoje (24/10) uma reportagem a respeito de uma tecnologia desenvolvida pela Petrobras que deve mudar o grau de eficiência da produção de petróleo no mundo. A estatal recebe até o fim deste mês a proposta de três empresas para a construção do primeiro Hisep, sistema capaz de separar, ainda no fundo do mar, o gás rico em carbono que fica misturado ao óleo e reinjetá-lo ali mesmo, em alta profundidade, nos poços.

A reportagem explica que, com o Hisep (abreviação do termo separação em alta pressão, em inglês), o gás natural com CO2 não vai precisar ser levado até o navio-plataforma, o que vai reduzir o gasto de energia e o espaço para armazenamento e processamento do insumo nessas unidades.

Novonor coloca Ocyan à venda

A Novonor (ex-Odebrecht) deu início ao processo de venda da Ocyan, subsidiária de serviços de óleo e gás. A EY e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estão coordenando o processo de venda da companhia, lançando de forma reservada um “teaser” de venda, e estão recebendo propostas não vinculantes por um período de um mês para 100% de participação da Ocyan.

A informação sobre a venda da companhia foi divulgada inicialmente pelo portal “Petróleo Hoje”, da revista especializada Brasil Energia, e confirmada pelo Valor Econômico com fontes a par do tema. Procurada, a EY disse que “por questões de confidencialidade, não comenta ou divulga qualquer informação sobre situações envolvendo seus clientes ou potenciais clientes”. O BNDES afirmou que não comenta a respeito de processos de desinvestimentos. A Novonor e a Ocyan afirmaram, em nota, que “esse é um processo já anunciado anteriormente e que segue em curso, de forma reservada”.

A Ocyan atua com afretamento de sondas de perfuração de petróleo, de naviosplataforma (conhecidos pela sigla em inglês FPSO) e em atividades de engenharia. A empresa passou por uma recuperação extrajudicial em 2017, quando ainda se chamava Odebrecht Óleo e Gás..

Só 10% das empresas medem emissões de gases poluentes, diz a consultoria BCG

Uma pesquisa divulgada pela consultoria BCG (ex-Boston Consulting Group) com mais de 1.600 respondentes de 18 países mostrou que apenas 10% das empresas mediram suas emissões de gases de efeito estufa de forma abrangente (escopo 1, 2 e 3) em 2022. Em 2021, esse percentual estava em 9%, ou seja, houve um leve crescimento de interesse.

Conforme explica reportagem do jornal O Globo, isso mostra que, apesar de a medição ser importante para identificar formas de reduzir poluição, são poucas as empresas que o fazem, ainda mais para entender a pegada de carbono de sua cadeia de fornecedores e stakeholders externos (escopo 3).

Ainda de acordo com a pesquisa da BCG é que quem faz o inventário de gases de efeito estufa (GEE) consegue, de fato, reduzir emissões. Do total dos entrevistados, 64% dos que disseram que medem o escopo completo de suas emissões (escopos 1, 2 e 3) e 45% dos que medem parcialmente (escopos 1 e 2) notaram uma redução significativa, de mais de 50%, da poluição que gerava.

PANORAMA DA MÍDIA

Aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-deputado Roberto Jefferson resistiu ontem (23/10) a tiros de fuzil e com granadas à prisão determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Depois de manter-se por horas trancado em sua casa, onde cumpria prisão domiciliar, entregou-se para a Polícia Federal. Dois policiais foram feridos por estilhaços, sem gravidade. Esse é o principal destaque de hoje na mídia impressa. Os jornais trazem reportagens e análises a respeito do ocorrido. (Valor Econômico / O Globo / O Estado de S. Paulo / Folha de S. Paulo)