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Eólicas e solares oferecem menor risco aos padrões ESG – Edição da Manhã

Um estudo realizado pelo Instituto Escolhas Usinas mostra que eólicas e solares são as fontes de energia que possuem os menores custos e riscos socioambientais para instituições financeiras que concedem crédito de acordo com critérios ESG (sigla em inglês para práticas ambientais, sociais e de governança), na esteira da crescente pressão pela descarbonização da economia.

O Valor Econômico informa que o estudo resultou na criação do Rating ESG, ferramenta de classificação das fontes de energia do país, conforme as práticas ESG. Isso significa que a decisão para alocação de recursos financeiros ou para planejamento energético dentro dos critérios ESG devem priorizar as duas fontes renováveis, em detrimento de térmicas a gás natural ou a óleo.

O Rating ESG está sendo lançado nesta quinta-feira (18/08) pelo Instituto Escolhas, associação civil sem fins lucrativos que conta com apoio do governo do Reino Unido, da Fundação Ford e do Instituto Clima e Sociedade, entre outros, e parceiros como o Insper. O rating é baseado em metodologias que podem atestar a confiabilidade de uma empresa ou projeto nos aspectos ESG, de acordo com Larissa Rodrigues, gerente de portfólio do Instituto Escolhas e coordenadora do estudo.

A classificação é resultado da soma de 57 indicadores, selecionados de acordo com seis critérios e convertidos em valores de 1 a 100. A dimensão ambiental (o ‘E’ da sigla ESG) tem peso maior, equivalente a até 40% da classificação, seguida pela dimensão social, com 35%, e pela governança, com 25% de impacto.

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Brasil pode ser líder em energia, diz S&P global

Em um mundo que passa por disrupções e que precisa reduzir as emissões de carbono ao mesmo tempo em que garante a segurança energética da população, o Brasil está bem posicionado para ser um líder no setor de energia, disse ontem Carlos Pascual, vice-presidente sênior de energia global e geopolítica da S&P Global Commodity Insights, umas das principais consultorias do setor no mundo.

Para ele, o momento de volatilidade é “sem precedentes” e envolve todos os aspectos de política, economia, segurança, tecnologia e comércio globais. “Passamos por um choque de commodities que aumentou preços para todo o mundo”, disse. Em conversa com jornalistas, Pascual elogiou a diversificação da matriz energética brasileira, com hidrelétricas, biocombustíveis, energia solar e eólica, além de petróleo e gás. “O Brasil é um país com uma abundância de recursos que pode torná-lo um líder no processo de transição energética. A matriz de energia brasileira pode ser limpa, sustentável, confiável e prover uma fundação para um forte desenvolvimento econômico.” (Valor Econômico)

PANORAMA DA MÍDIA

Com diferentes abordagens, o início oficial da campanha eleitoral, ontem (17/08), é o principal destaque na mídia nesta quinta-feira.

A Folha de S. Paulo informa que a Receita Federal decidiu adotar uma interpretação da legislação que, na prática, amplia o alcance da isenção de contribuições previdenciárias sobre a remuneração de pastores, em uma medida que favorece diretamente aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL). O ato, assinado pelo secretário especial da Receita, Julio Cesar Vieira Gomes, foi publicado no Diário Oficial da União em 1º de agosto, a duas semanas do início da campanha eleitoral e no momento em que Bolsonaro busca consolidar o apoio dos evangélicos a sua tentativa de reeleição.

O jornal O Globo destaca que, marcado por ataques e por desinformação, tendo como principais alvos o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) em episódios alimentados pelos próprios candidatos que lideram as pesquisas, o início da campanha presidencial já motiva ofensivas no campo jurídico e nas redes sociais.

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo indica que já no primeiro dia de campanha eleitoral, candidatos omitem os seus partidos na propaganda divulgada nas redes sociais. Políticos do centrão são os que mais escondem suas legendas.

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Os estados e o Distrito Federal gastaram R$ 133,09 bilhões nas áreas de saúde e educação entre janeiro e junho deste ano. O montante representa aumento real de 12,4% em comparação ao mesmo período do ano passado e de 16,5% em relação a 2019, ainda no pré-pandemia. O ritmo mais acelerado que a média fez a soma de saúde e educação avançar de 27,6% para 30,3% das despesas totais de 2019 para este ano, considerando o primeiro semestre. Os dados são do Centro de Estudos da Metrópole (CEM/Fapesp). Para especialistas, sucessivas condições extraordinárias que marcam o atual mandato dos governadores, como a pandemia de covid-19 e a arrecadação surpreendente de 2021, contribuíram para gastos maiores dos Estados com educação e saúde. (Valor Econômico)