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EPE: geração distribuída pode ultrapassar 40 GW até 2031 – Edição da Tarde

Pesquisa realizada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), nos próximos dez anos, indica que a mini e a microgeração distribuída podem ultrapassar 40 gigawatts (GW) no Brasil. Considerando possíveis modificações tributárias e regulatórias, o estudo mostra cinco cenários prováveis até 2031. As previsões variam entre 22,8 GW e 41,6 GW de capacidade instalada do setor no território brasileiro ao fim do período.

“A próxima década deverá ser marcada pelo grande crescimento da mini e microgeração distribuída no Brasil. No entanto, a necessidade de alterações regulatórias no setor, com a possível redução dos incentivos criados no passado e a modernização do formato das tarifas de baixa tensão, colocam algumas incertezas na trajetória do desenvolvimento desta modalidade de geração”, enfatiza a EPE.

O cenário referência adotado pelo Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2031, o qual leva em consideração incentivos moderados – com a estimativa de cobrança escalonada não só das tarifas de transmissão (TUST), distribuição (TUSD) e encargos mas também da cobrança de tarifa binômia –, a potência instalada alcançaria 26,4 GW, totalizando, entre 2022 e 2031, investimentos de US$ 71 bilhões.

“A micro e minigeração distribuída está se tornando protagonista da expansão da oferta de eletricidade no Brasil. Em 2020, a fonte solar distribuída superou a expansão de todas as fontes centralizadas”, explica o documento. Segundo as informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em 2020 entraram em atividade 2,5 GW de geração solar distribuída no país, ultrapassando novas capacidades de geração solar centralizada (800 MW), gás natural (1,5 GW) e eólicas (1,8 GW). As informações foram publicadas pelo Portal Solar.

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Coprel e Ceriluz vão investir R$ 237 milhões em PCHs vencedoras de leilões

As PCHs Tio Hugo e Linha 11 Oeste, dois dos seis projetos hidrelétricos vencedores dos leilões de energia nova A-3 e A-4, realizados na última quinta-feira (08/07) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), deverão receber investimentos de aproximadamente R$ 237 milhões para estarem prontas a operar em meados de 2023 e 2024, respectivamente, a tempo de contarem com seis meses de folga para vender energia no mercado livre antes de começarem a entregar a energia vendida nos leilões a partir de janeiro de 2024 e de 2025.

A estratégia foi detalhada ao portal Energia Hoje, por Mateus Stefanello, facilitador de Negócios da Coprel, uma das duas cooperativas gaúchas titulares dos projetos. A outra é a Ceriluz, parceira na PCH Linha 11 Oeste, com 70% do capital contra 30% da Coprel que, por sua vez, detém 100% da PCH Tio Hugo. Satisfeito com os resultados obtidos nos leilões, Stefanello disse que se surpreendeu com o pouco número de concorrentes.

O empresário explicou que o projeto Tio Hugo, PCH de 9,3 MW no rio Jacuí, a jusante da PCH Ernestina, da CEEE, está mais adiantado, já com licença prévia e licença de instalação. As obras deverão ser iniciadas no próximo mês e concluídas em fevereiro de 2023.

A PCH Linha 11 Oeste é um empreendimento maior, de 23,6 MW, e, segundo Stefanello, encontra-se em fase de estruturação do projeto e de modelagem financeira. Desde o ano passado conta com a licença prévia e as cooperativas parceiras trabalham agora na obtenção da licença de instalação, que o empresário disse estar bem encaminhada.

Neoenergia começa a operar o primeiro trecho do empreendimento Santa Luzia, na Paraíba

A Neoenergia anunciou nesta segunda-feira (12/07) que entrou em operação comercial o primeiro trecho do empreendimento Santa Luzia, na Paraíba, uma linha de transmissão de 500 quilovolts (kV) com 124 quilômetros de extensão entre Santa Luzia II e Campina Grande III, e que conta com uma subestação.

Segundo a empresa, a entrega foi feita com antecipação de 21 meses em relação ao prazo contratual da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O empreendimento conta com receita anual permitida (RAP) de R$ 63 milhões, sendo que o trecho lançado representa 40% do total. “Adicionalmente, esse mesmo trecho irá escoar a energia gerada pelo Complexo Eólico de Chafariz, que se encontra com 20 unidades geradoras, que correspondem a 69,3 MW de capacidade instalada, em fase de testes, com significativa antecipação em relação ao plano de negócios”, informa a Neoenergia. (Valor Econômico)

Ocyan, ex-Odebrecht Óleo e Gás, ganha concorrência da Petrobras

A Ocyan, antiga Odebrecht Óleo e Gás, venceu uma licitação da Petrobras para afretamento e serviços de sondas de perfuração de poços com capacidade para operar em mais de 3 mil metros de profundidade. A companhia vai recontratar a sonda Norbe IX por três anos, a partir de 2022.

Segundo o Valor Econômico, o acordo marca uma fase em que a Ocyan tem todas as suas cinco sondas contratadas, com a retomada das atividades de exploração e produção de petróleo e gás no Brasil depois da eclosão da pandemia.

PANORAMA DA MÍDIA

A Receita Federal prevê um ganho de arrecadação de R$ 6,15 bilhões com o impacto acumulado, de 2022 a 2024, do projeto de lei que altera o Imposto de Renda das empresas e das pessoas físicas. Em 2022, último ano do governo Jair Bolsonaro, o ganho total previsto é de R$ 2,47 bilhões, valor diferente do divulgado pelo Ministério da Economia, há duas semanas, quando o projeto foi enviado ao Congresso. Na ocasião, o governo informou que o impacto seria praticamente neutro (sem aumento ou diminuição da arrecadação) com saldo positivo de R$ 900 milhões. As informações são do site do jornal O Estado de S. Paulo.

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Reportagem do Valor Econômico ressalta que, com a expansão do uso de carros elétricos na Europa, América do Norte e China, fábricas de países emergentes, que atendem essencialmente os mercados locais, como acontece no Brasil, correm o risco de ficar obsoletas em poucos anos. Caberá a cada empresa definir sua estratégia. A Volkswagen decidiu transformar o Brasil num centro de pesquisa, desenvolvimento e produção de motores “flex” – que funcionam com etanol ou gasolina – para veículos híbridos (que têm dois motores – um deles a combustão ajuda a carregar o elétrico).

A ideia é exportar a tecnologia e também os futuros motores para países da América Latina e também regiões mais distantes, como África do Sul e Índia. De acordo com a reportagem, transformar o Brasil num polo de desenvolvimento de tecnologias baseadas em biocombustíveis pode ser a chance de dar uma sobrevida ao parque industrial de veículos e de autopeças brasileiro até o país e a região entrarem na era do carro elétrico. Isso tende a acontecer quando a produção em massa desse tipo de veículo tornar seu custo mais acessível.

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