A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) prevê crescimento da carga de energia do país de 3,6% ao ano até 2029. A projeção, inédita, faz parte do Plano Decenal de Energia (PDE) 2029, que está em elaboração pela estatal e será colocado em consulta pública pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
O dado foi apresentado pelo diretor da EPE, Erik Rego, durante o Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase), no Rio de Janeiro. Segundo ele, em volume de energia, a expectativa é que a carga cresça algo em torno de 2.900 megawatts médios (MW médios) por ano até 2029. Segundo ele, essas projeções dependem do desempenho da economia no período. As informações foram divulgadas pelo Valor Econômico.
Melhores e Maiores 2019
O anuário Melhores e Maiores 2019 chegou às bancas hoje (29/08) e também foi publicado no site da revista Exame. As empresas que mais se destacaram em 20 setores da economia em 2018 foram premiadas segunda-feira (26/08).
Os setores analisados foram: atacado, auto indústria, bens de capital, bens de consumo, eletroeletrônicos, energia, farmacêutico, indústria de construção, indústria digital, infraestrutura, mineração, papel e celulose, química e petroquímica, saúde, serviços, siderurgia e metalurgia, telecomunicações, têxtil, transporte e varejo, além da melhor do agronegócio e a melhor empresa do ano (Rede D’Or).
A revista traz, ainda, a lista das 500 maiores companhias do país em vendas líquidas. Em conjunto, elas faturaram 810 bilhões de dólares em 2018 e os lucros subiram 123%.
Focus Energia: o foco é tornar-se completa
O anuário Melhores e Maiores 2019, da revista Exame, traz uma entrevista com Alan-Zelazo, sócio-diretor da Focus Energia, que em 2018 (ano-base da pesquisa) despontou como a melhor empresa do setor de energia pelo segundo ano consecutivo. Faturou US$ 590 milhões de dólares e obteve lucro de US$ 23,5 milhões, mais que o triplo do valor registrado no ano anterior. O resultado proporcionou retorno de 80% sobre o patrimônio, a segunda maior rentabilidade entre as 500 maiores empresas do país (ficou atrás apenas da siderúrgica ArcelorMittal Contagem, que teve retorno de 87%).
Quando foi criada em 2015, a Focus tinha o objetivo de ser uma companhia de compra e venda de energia. Hoje, esse horizonte é mais amplo. “Queremos ser uma empresa completa. Fazer desde a comercialização até a produção e a gestão de energia”, afirmou o executivo.
China acelera venda de painéis solares no Brasil
Fabricantes chinesas têm acelerado as vendas de equipamentos de energia solar no Brasil, enquanto elétricas orientais se preparam para avançar também na geração com a fonte renovável no país, em movimentos alinhados à estratégia de dominar a cadeia da tecnologia. A informação foi publicada hoje (29/08) pelo site Brasil Agro, com base em reportagem da agência Reuters.
Uma feira do setor realizada em São Paulo nesta semana, a InterSolar, registrou a presença de uma série de fornecedores da China e também de um grande público de potenciais clientes, atraídos pela constante queda de preços dos painéis fotovoltaicos.
Governo aprovará fim da política de diferenciação de preços para gás de cozinha
A agência Estado informa que o governo deve aprovar ainda hoje (29/08), o fim da diferenciação de preços de gás de cozinha (GLP), com validade daqui a seis meses. A decisão será tomada em reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), colegiado de ministros presidido pelo Ministro de Minas e Energia (MME).
A reportagem explica que o botijão residencial de 13 kg tem um subsídio, mas todos os demais envasamentos não contam com o mesmo benefício, o que encarece outros produtos e envases para compensar perdas. Nesse sentido, o governo deve revogar uma resolução do CNPE de 2005, que criou a política de diferenciação de preços, uma tentativa de privilegiar os consumidores de baixa renda. A análise do governo é que a medida não gerou os resultados pretendidos e inibiu a entrada de novas empresas na atividade de produção, importação e distribuição, concentrando ainda mais o mercado.
Distorções tributárias no mercado de combustíveis alimentam sonegação
O mais recente boletim da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), referente ao primeiro semestre de 2019, demonstra por que a simplificação tributária deveria ser prioritária para combater distorções que alimentam uma sonegação que atinge R$ 7,2 bilhões por ano, apenas nesse setor.
Os dados são de estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e foram publicados hoje (29/09) pelo jornal Estado de Minas.
Privatização da Eletrobras não prevê venda de subsidiárias, diz ministro
O governo ainda está conversando com o Legislativo sobre o melhor momento para o envio ao Congresso do modelo de capitalização da Eletrobras, afirmou ontem (28/08) o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Além disso, projeto de lei da desestatização do grupo não incluirá a venda de subsidiárias da estatal elétrica.
O ministro não deu prazo para o encaminhamento do projeto de lei da capitalização, que deverá ocorrer pela emissão de ações, diluindo a participação do governo federal. A informação, que já havia sido divulgada por canais de internet, foi publicada hoje pela Folha de S. Paulo.
Rio deve receber R$ 50 bilhões com encerramento de 21 plataformas
A revista Época Negócios informa que o estado do Rio de Janeiro deverá receber R$ 50 bilhões com o encerramento definitivo de 21 plataformas de petróleo antigas, instaladas na Bacia de Campos, no norte fluminense, que precisam ter seus equipados desmontados e desinstalados.
A informação é do secretário de Estado de Desenvolvimento e Econômico, Emprego e Relações Internacionais, Lucas Tristão. Segundo ele, a medida não trará perda de arrecadação do estado, pois a produção no pré-sal está em franco crescimento. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) deverá publicar até outubro, a atualização das regras sobre desativação de instalações, devolução de áreas, alienação e reversão de bens dos poços de petróleo.
PANORAMA DA MÍDIA
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,4% no segundo trimestre deste ano, na comparação com os três primeiros meses de 2019, feitos os ajustes sazonais, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valor corrente, o PIB brasileiro somou R$ 1,780 trilhão no período. A informação foi publicada pelo portal de notícias do Valor Econômico, que traz uma série de matérias e análises sobre esse tema.
De acordo com a reportagem, o resultado ficou acima da mediana apurada pelo Valor Data (site que integra a plataforma do jornal) junto a 31 consultorias e instituições financeiras, que apontava para alta de 0,2% do PIB. As projeções variavam de uma redução de 0,2% a uma alta de 0,5%. Dessa forma, o PIB do segundo trimestre veio acima do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br).