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Equatorial compra Echoenergia por quase R$ 7 bilhões, a maior aquisição de renováveis do país – Edição da Manhã

O Valor Econômico informa que a aquisição da Echoenergia marca a estreia da Equatorial, já de forma relevante, em geração, agregando ativos renováveis – matriz que tem ganhado atenção de investidores. A Echoenergia detém um dos maiores portfólios de energia eólica do país.

A gestora de private equity Actis já tinha tentado vender a Echoenergia há dois anos, quando chegou a fechar uma exclusividade com o canadense CDPQ, mas não chegaram a um acordo de preço antes de a pandemia suspender tratativas em curso. Em junho deste ano, a Actis reativou o processo de venda, coordenado pelo Credit Suisse. Outras companhias, como a Eneva, chegaram a avaliar o negócio desta vez, até que a Equatorial acertou exclusividade.

De acordo com a reportagem, a compradora foi assessorada pela XP Investimentos, o que coloca a casa na primeira liga dos bancos de investimento em M&A – a XP avançou em ofertas de ações e dívidas nos últimos anos, incluindo grandes operações, mas sua entrada em transações de fusão e aquisição vinha sendo majoritariamente em negócios de pequeno e médio porte. A estimativa de mercado já era de um valor próximo a R$ 7 bilhões para a Echoenergia, mas que incluiria dívida, que é só a parte de equity.

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Brasileiros pagaram R$ 5,2 bilhões a mais na conta de luz por erros de cálculo no setor

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O jornal O Estado de S. Paulo teve acesso a uma auditoria concluída em setembro pela Controladoria-Geral da União (CGU), que analisou como a falta de chuvas impacta o setor. O órgão concluiu que o consumidor pagou, entre 2017 e 2020, mais de R$ 5,2 bilhões em sua conta de luz por uma série de erros técnicos cometidos pelo governo e a cúpula do setor elétrico, em projeções de produção de energia. Isso representou um impacto médio de 5% no valor das contas.

De acordo com a reportagem, a auditoria mostra que R$ 2,22 bilhões bancaram custos com “frustração de energia” hidrelétrica, isso porque a capacidade usada como referência pelo governo para abastecer o país está “desatualizada”, ou seja, as usinas já não produzem tudo aquilo que dizem.

Outro “erro de cálculo” diz respeito à programação planejada para a usina de Belo Monte, em sua fase de motorização. A produção esperada não se confirmou e, segundo a CGU, foi preciso comprar essa energia de outras usinas, ao custo de mais R$ 2,3 bilhões.

Com tolerância do governo, hidrelétricas desrespeitam lei ao não revisar capacidade

Em continuidade à reportagem anterior, o jornal O Estado de S. Paulo destaca que, com tolerância do governo federal e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), hidrelétricas de todo o país descumprem a lei e deixam de revisar a capacidade de geração de suas estruturas, o que tem resultado em frustração de produção e, assim, gerado custos bilionários ao consumidor de energia.

Desde 1998, um decreto (2.655) prevê que, a cada cinco anos, toda usina hidrelétrica deve revisar a sua “energia assegurada”. Esse cálculo, de competência da EPE e vital para o setor elétrico, permite a realização de simulações que apontam a contribuição de cada gerador e a máxima quantidade de energia possível de oferecer.

Ainda de acordo com a reportagem, ano após ano, as usinas têm perdido capacidade de geração devido a fatores como redução do volume de água, além de equipamentos que podem ficar defasados.

Petrobras lucra R$ 31,1 bilhões e decide dobrar remuneração aos acionistas

Com petróleo e combustíveis em alta, a Petrobras registrou lucro de R$ 31,1 bilhões no terceiro trimestre de 2021 e decidiu dobrar o valor dos dividendos distribuídos aos seus acionistas, que chegarão a R$ 63,4 bilhões no ano. Com o resultado do trimestre, o lucro acumulado pela companhia em 2021 já soma R$ 75,1 bilhões. Após anunciar a distribuição de R$ 31,6 bilhões ao fim do primeiro semestre, a direção da empresa propôs ontem (28/10) pagar mais R$ 31,8 bilhões a seus acionistas. (Folha de S. Paulo)

PANORAMA DA MÍDIA

Ausência de líderes e dúvidas sobre avanço marcam COP26, diz a manchete da edição desta sexta-feira (29/10) do Valor Econômico. A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26) começa neste domingo na Escócia, com muita expectativa e igual dose de pessimismo. Não se sabe ao certo quanto os dois maiores emissores globais de gases de efeito-estufa, China e Estados Unidos avançarão no tema.

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu ontem (28/10) rejeitar a cassação do presidente Jair Bolsonaro e do vice Hamilton Mourão nesta quinta-feira (28) por participação em esquema de disparo em massa de fake news nas eleições de 2018, mas mandou recados com vistas ao pleito do ano que vem. O ministro Alexandre de Moraes, que será presidente do TSE em 2022, afirmou que, se houver disparo em massa de fake news nas próximas eleições, os responsáveis serão cassados e “irão para a cadeia por atentar contra as eleições e a democracia”. (Folha de S. Paulo)

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou, ontem (28/10), o mandato do deputado estadual Fernando Francischini (PSL-PR) por propagação de mentiras contra urnas eletrônicas, nas eleições de 2018. Ele ficará inelegível por oito anos. (O Estado de S. Paulo). Foi a primeira condenação do gênero numa Corte eleitoral. Francischini vai recorrer. (O Globo)

 

 

 

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