A Folha de S. Paulo informa que assessores do ministro Paulo Guedes (Economia) entraram em contato com o gabinete do senador José Serra (PSDB-SP) para perguntar como está a situação do projeto de lei apresentado por ele em 2019 que retira da Petrobras a preferência na licitação de blocos de exploração do pré-sal.
Pelo projeto, a Petrobras deixa de ter primazia na escolha de blocos após licitações. O atual modelo, dizem os defensores da mudança, desestimula a participação de empresas privadas na disputa e acaba beneficiando de maneira desproporcional a estatal. O projeto está parado na Comissão de Infraestrutura da Casa, sob a relatoria do senador Eduardo Braga (MDB-AM), que ainda não apresentou seu parecer.
Confiantes na privatização, gestores anteciparam aposta na Eletrobras
Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo indica que os gestores e investidores se anteciparam ao anúncio da oferta de ações da Eletrobras, e já compraram papéis no mercado para garantir a presença da elétrica em suas carteiras. Por se tratar de uma privatização, era esperado que uma parte e não o total da oferta fosse colocado aos investidores institucionais e ao mercado. Parte importante da operação deve ficar com o varejo, voltada para o pequeno investidor, que pôde começar a reservar seus papéis na sexta-feira (03/06).
Conforme explica a reportagem, a oferta total, que pode chegar a R$ 35 bilhões, foi protocolada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e na Securities and Exchange Comission (SEC) no dia 27 de maio, mas no início do ano, bancos de investimentos já comentavam ativamente sobre a possibilidade de a privatização da Eletrobras acontecer em 2022, de preferências antes das eleições.
Na semana anterior ao registro da oferta, quando o Tribunal de Contas da União (TCU) deu aval à privatização, a operação já estava bem organizada. Os agentes de mercado já tinham mapeados os investidores interessados e as grandes assets, com seus fundos para a compra das ações com uso de recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) estruturados. Por isso, quem pôde foi às compras na B3, o que fez a ação superar os R$ 40 no começo de abril, o que não acontecia desde agosto doe 2021. No ano, o papel acumula valorização de 29%, subindo bem mais que o Ibovespa.
Energia do futuro: saiba quem investe em plantas de ‘hidrogênio verde’ no Brasil
O agravamento da crise climática colocou a corrida pela transição energética no centro das discussões internacionais, que voltam à tona no Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado neste domingo (05/06).
Com esse foco, o jornal O Globo traz hoje uma reportagem, na qual destaca que gigantes do setor energético e governos atentos à migração investem bilhões de dólares no desenvolvimento do hidrogênio renovável, nomenclatura atualizada do que é conhecido como hidrogênio verde.
A reportagem explica o que é essa matriz que promete revolucionar as cadeias produtivas nos próximos anos, destaca os motivos pelos quais o Brasil pode se tornar a principal potência exportadora, e cita empresas e governos que investem no hidrogênio verde no Brasil. Entre eles, a Shell, a CSN, a Engie, a Siemens Energy, o governo do Ceará e o governo federal.
PANORAMA DA MÍDIA
A forte resistência da inflação, na casa de dois dígitos em 12 meses desde setembro de 2021, acendeu o sinal de alerta para o aumento da inércia inflacionária, conforme destaca reportagem publicada hoje (05/06) pelo jornal O Estado de S. Paulo. Essa inércia, que é a inflação do passado recente pesando sobre os preços atuais e futuros, dificulta o trabalho do Banco Central de segurar o repasse, mesmo subindo juros.
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A combinação de desemprego e fome, que se agravaram com a pandemia de covid, pode ser um dos principais motivos de um crescimento expressivo da população carcerária brasileira, conforme indica reportagem do jornal O Globo. Em dois anos, o total de presos no país aumentou o equivalente a um município de 61 mil habitantes, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em abril de 2020, eram 858.195 pessoas privadas de liberdade contra 919.651 em 13 de maio deste ano, um salto de 7,6%.
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A identificação dos brasileiros com o espectro ideológico de esquerda cresceu e alcança hoje 49% da população, segundo o Datafolha. O percentual, que abrange ideias sobre comportamento, valores e economia, é o mais alto da série histórica para a pesquisa, iniciada em 2013. A pesquisa, feita a partir de respostas dos entrevistados a perguntas sobre temas que separam as duas visões de mundo — como drogas, armas, criminalidade, migração, homossexualidade e impostos —, mostra que 34% têm ideias próximas à direita e 17% se localizam ao centro. (Folha de S. Paulo)