Quase um mês após prometer vetar toda a compra de petróleo da Rússia, a União Europeia parece ter chegado a um acordo para implantar um embargo parcial de importação do produto como punição a Moscou pela invasão da Ucrânia. A decisão foi anunciada ontem (30/05), em um cenário de intensa pressão militar russa no leste ucraniano. A expectativa levou o preço do barril de petróleo para a casa dos US$ 120, valor que poderá subir e pressionar ainda mais os líderes europeus, que já enfrentam o impacto inflacionário da crise. (Folha de S. Paulo)
Copel Mercado Livre comercializa certificados de energia renovável
O portal Amanhã informa que a comercializadora Copel Mercado Livre incluiu em seu portfólio de produtos os I-RECs, certificados que atestam que o cliente está consumindo energia proveniente de matriz renovável, como eólica, solar, hidrelétrica ou biomassa.
“Com a aquisição dos I-RECs, as empresas comprovam a origem da energia adquirida”, explica o diretor-geral da Copel Mercado Livre, Fillipe Henrique Neves Soares. “Atualmente, como o setor elétrico é totalmente integrado, quem adquire energia no mercado livre não sabe exatamente de onde ela vem. Com a aquisição desses certificados, as empresas demonstram seu compromisso com a sustentabilidade ao comprovar que a energia consumida provém de uma fonte renovável”, detalha.
Os I-RECs (sigla em inglês para o modelo internacional de certificados de energia renovável) fazem parte de um sistema que permite rastrear o caminho da energia, desde a geração até o cliente final.
Corsan aproveita interesse por Eletrobras para desengavetar IPO
O jornal O Estado de S. Paulo informa que a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), estatal gaúcha para água e esgoto, tirou novamente da gaveta seu plano de privatização, aproveitando o interesse que a oferta bilionária da Eletrobras está gerando no mercado. Assim como a elétrica, a ideia é ter seu controle pulverizado, passando a ser uma “corporation”. A oferta da Corsan deve alcançar R$ 1,5 bilhão.
De acordo com a reportagem, o processo de “venda” da operação aos investidores começa depois da precificação dos R$ 30 bilhões de ações da Eletrobras, no meio de junho. Os encontros com os investidores devem começar em julho e a definição de preço, no fim daquele mês. A Corsan pretendia fazer o IPO (sigla, em inglês, para oferta inicial de ações) no começo do ano, mas em janeiro decidiu adiar a oferta. Poucas semanas atrás, voltou a conversar com os bancos de investimento, prevendo a oferta para uma possível janela em julho.
PANORAMA DA MÍDIA
A aversão ao risco nos mercados financeiros globais somou-se ao movimento de alta dos juros, tanto no Brasil quanto no exterior, e resultou em forte deterioração das condições financeiras. O impacto sobre o crescimento econômico no Brasil ainda não foi sentido, uma vez que a atividade está sob efeito do forte processo de reabertura, após a pandemia, sobretudo no setor de serviços. Analistas acreditam, porém, que as condições financeiras podem alcançar níveis ainda mais restritivos, diante do aperto monetário em curso nos EUA, o que deve afetar a economia brasileira no 2º semestre. (Valor Econômico)
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O governo vai colocar R$ 3,2 bilhões na conta de prefeituras que poderão ser usados em plena campanha eleitoral. Os recursos começam a cair nos cofres a partir de amanhã (1º/06) e podem bancar ações que vão desde shows de artistas até a compra de bens públicos, como tratores e caminhões de lixo, que rendem publicidade para os políticos. É a primeira vez que os municípios vão receber dinheiro para aplicar no meio de uma eleição geral. Isso só foi possível porque o Congresso, com aval do Planalto, criou uma nova modalidade de repasse de emendas que dribla as regras eleitorais. (O Estado de S. Paulo)
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Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre os dados de trabalhadores brasileiros reunidos no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) constatou 101 milhões de erros na base de dados que, segundo o tribunal, podem gerar pagamentos indevidos de benefícios como aposentadoria, aposentadoria por invalidez, auxílio-acidente, auxílio a indígenas, auxílio-doença ou pensão por morte. Em abril, o CNIS somava 446 milhões de Números de Identificação do Trabalhador (NITs). O número supera o da população porque há registros repetidos para o mesmo trabalhador, além de reunir dados de pessoas mortas. (O Globo)
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A maioria dos beneficiários do Auxílio Brasil, principal programa do governo federal para transferência de renda aos mais pobres, está insatisfeita com o valor dos benefícios recebidos e afirma que eles não influem em seu voto para presidente da República. De acordo com a mais recente pesquisa do Datafolha, realizada na semana passada, 69% das pessoas beneficiadas pelo programa julgam os valores recebidos do governo insuficientes, 29% acham que eles são suficientes e 2% os consideram mais do que suficientes. (Folha de S. Paulo)