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Europa sai na frente na recuperação ‘verde’ – Edição da Manhã

O jornal O Estado de S. Paulo traz hoje (19/07) uma reportagem a respeito das iniciativas já adotadas por países europeus no sentido de incentivar, com investimentos massivos, a economia ‘verde’ neste momento de retomada após a fase mais severa da pandemia de covid-19.

No começo de julho, a Comissão Europeia previa uma queda de 8,7% para a economia da zona do euro. Parte do plano da União Europeia, então, para se recuperar e incentivar a economia verde é injetar bastante dinheiro em setores que ajudem na redução de emissões de poluentes.

Em maio, os europeus anunciaram que o fundo proposto para ajudar o bloco terá linhas verdes, com financiamentos direcionados. Estão previstos, por exemplo, EUR 91 bilhões por ano para melhorar a eficiência energética e de aquecimento nas residências, EUR 25 bilhões em energia renovável e EUR 20 bilhões para modelos de veículos limpos e instalação de pontos de carregamento em cinco anos. Também estão previstos até EUR 60 bilhões destinados a investimentos em trens que não poluem.

De acordo com a reportagem, países que mais usam carvão como uma das fontes de energia, como Polônia e Romênia, também receberão mais incentivos para investir em opções limpas.

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O risco da energia nuclear é a falta de conhecimento’

Esse é a tema de entrevista feita pelo jornal O Estado de S. Paulo, com o professor Cláudio Geraldo Schon, da Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), para o caderno especial sobre Educação deste domingo (19/07) – disponível apenas na versão digital, para assinantes.

Titular do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da Poli / USP, Cláudio Geraldo Schon coordenou um grupo de trabalho que propôs a criação da habilitação de Engenharia Nuclear na Poli. A graduação terá duração de cinco anos em período integral, e a primeira turma começa em 2021.

Na entrevista, ele explica, por exemplo, que apesar de o Brasil possuir muitas atividades relacionadas à energia nuclear em aplicações industriais, biomédicas e agrícolas, faltam profissionais com formação específica no setor.

Schon comenta que os especialistas que atuam no programa nuclear brasileiro, criado em torno do acordo com a Alemanha, de 1970, estão se aposentando sem as devidas reposições. “Tendo em vista que o momento dessas substituições se aproxima, vimos que criamos nosso curso no momento correto”, afirmou.

O mercado de trabalho para o engenheiro nuclear foi um dos temas abordados na entrevista. O professor Schon afirma que a indústria nuclear vai ser responsável por boa parte da energia brasileira, o que põe em discussão as usinas que estão sendo construídas.

“Angra 3 vai ser concluída em algum momento e integrada à grade energética brasileira. Outro grande projeto é o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), que será construído em Iperó, próximo de Sorocaba, que tornará o país autossuficiente na fabricação de isótopos para radiofármacos, colaborando assim na medicina nuclear. Esses são grandes exemplos com necessidade específica de produção de reatores e que precisarão de engenheiros nucleares”, ressaltou.

PANORAMA DA MÍDIA

O principal destaque da edição deste domingo (19/07) do jornal O Estado de S. Paulo é a questão ambiental, que está na agenda de grandes investidores internos e internacionais. A reportagem enfatiza que, assim como nos últimos anos as empresas envolvidas em corrupção e lavagem de dinheiro foram excluídas dos portfólios de grandes investidores globais, em um movimento que tornou imperativa a adoção de práticas de compliance pelas companhias, agora são as empresas com passivo ambiental ou sem agenda de sustentabilidade crível que correm o risco de receber menos aportes ou de ter de pagar mais caro para ter acesso a financiamento.

“Os conselhos de administração de empresas e gestores de grandes fundos estão, cada vez mais, olhando diretamente os temas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) para fazer investimentos”, diz Bruno Fontana, responsável pela área de banco de investimento do Credit Suisse.

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O jornal O Globo informa que análise da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre 19,8 mil contratações realizadas no âmbito do combate à covid-19 por estados, capitais e outras grandes cidades projetou em R$ 1,9 bilhão o sobrepreço aplicado em compras desde o início da pandemia no Brasil, em março. Somados, os contratos chegam a R$ 13 bilhões.

Foi considerada a aquisição de itens como respiradores, máscaras, aventais, medicamentos e equipamentos, além de custos com gestão de hospitais de campanha em 357 municípios e entes federados. Segundo a reportagem, o aumento da demanda mundial por itens e a urgência de aquisição são algumas das causas da ocorrência de preços mais altos. Mas há também indícios de conluio e má-fé entre empresas e agentes públicos.

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A Folha de S. Paulo destaca que pesquisas econômicas apontam como o racismo perpetua as desigualdades sociais. Mulheres brancas têm uma vantagem salarial de 14% em relação às negras de mesma idade, escolaridade e estado de residência no Brasil. Em2019, isso significava que, em média, as trabalhadoras pretas e pardas recebiam R$ 475 a menos por mês.

No caso dos homens brasileiros, os brancos ganham 13% a mais que seus pares negros com características demográficas e educacionais semelhantes. Esse percentual, que representava R$ 624 a menos recebidos pelos pretos e pardos por mês em 2019, oscilou pouco nos últimos sete anos, de acordo com as pesquisas citadas pela reportagem.

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