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Falta de chuvas faz governo acionar usinas termelétricas – Megaexpresso – edição das 10h

A decisão foi tomada ontem (08/02) em reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), por causa da escassez de chuvas e do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas. Segundo o CMSE, as previsões meteorológicas indicam piora no quadro de chuvas para os próximos dias nas regiões vizinhas às usinas, o que pode agravar a situação dos reservatórios até o fim do mês (41,4% no Sul e 40,9% no Nordeste). Além disso, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) “deve considerar a oferta de importação de energia do Uruguai e da Argentina como recurso adicional”, informou o Ministério de Minas e Energia (MME). Por gerar uma energia mais cara, o acionamento de termelétricas poderá afetar bandeiras tarifárias nos próximos meses, destacaram os jornais O Globo e Folha de S. Paulo.

Governo quer corresponsabilidade em hidrelétricas

O governo federal quer que presidentes das empresas do setor elétrico compartilhem com técnicos a responsabilidade pelos documentos que tratam da regulação e segurança de barragens hidrelétricas. A informação foi divulgada pelo porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, e publicada pela Folha de S. Paulo. Segundo ele, a medida é da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e está na lista de ações do comitê criado pelo governo para tratar dos desdobramentos de Brumadinho, após o rompimento da barragem de rejeitos de mineração da Vale.

Rêgo Barros informou, ainda, que foi solicitada a atualização dos Planos de Segurança de Barragens e do Plano de Ação Emergencial de todos os empreendimentos hidrelétricos do país para inclusão da necessidade da assinatura de presidentes das empresas.

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Cemig tem novo presidente

O administrador Cledorvino Belini foi indicado ontem (08/02) pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), para ocupar o cargo de diretor-presidente da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).  Belini fez carreira na iniciativa privada, especialmente no setor automotivo. Ele foi diretor geral, comercial e de compras da Fiat Automóveis. Também atuou como presidente de Desenvolvimento da Fiat Chrysler Automobiles e da Fiat Automóveis para a América Latina. Nessa gestão, um dos temas em pauta para a Cemig será a sua privatização, conforme já anunciou o governador Zema. A notícia foi publicada pela Folha de S. Paulo.

Governo elabora plano caso Maduro corte energia em RR

O governo federal considera a hipótese de interrupção integral da energia proveniente da hidrelétrica de Guri, no estado venezuelano de Bolívar, por decisão de Nicolás Maduro. A usina abastece o estado de Roraima e, na hipótese considerada, a concessionária Roraima Energia precisaria de apoio do governo para fazer chegar a Boa Vista caminhões de Manaus com o combustível necessário para manter o uso exclusivo de térmicas. A Folha de S. Paulo informa que o governo tenta destravar a construção do linhão de Tucuruí, que deveria ter começado em 2011, para conectar o estado ao Sistema Integrado Nacional (SIN).

PANORAMA DA MÍDIA

O incêndio ocorrido na madrugada de ontem (08/02) no Centro de Treinamento (CT) do Flamengo, no Rio de Janeiro, é a manchete de hoje nos principais jornais do país. A Folha de S. Paulo destaca que o incêndio matou dez jovens atletas de 14 a 16 anos e feriu outros três, um deles em estado grave. O local não tinha aval para ser alojamento. Por falta de alvará, o CT foi lacrado pela prefeitura em 2017 e, mesmo assim, o Flamengo continuou a usá-lo.

“Um país que não aprende” é a manchete do Estado de S. Paulo. O jornal traz as fotos dos dez jovens atletas mortos no incêndio e lembra outras tragédias de grande repercussão que aconteceram no país nos últimos anos: incêndio na boate Kiss (RS – 242 mortos), rompimento da barragem da Vale em Mariana (MG – 19 mortos), incêndio em prédio no Largo do Paiçandu (SP – 7 mortos), destruição do Museu Nacional pelo fogo, no RJ, rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG – 157 mortos até ontem).

“Sonhos interrompidos” é o destaque do carioca O Globo e, no Correio Braziliense, “Incêndio destrói sonhos de jovens craques do Fla”. As matérias de capa dos jornais também trazem as fotos dos dez jovens jogadores das divisões de base do Flamengo, que morreram ontem. Eles dormiam quando as chamas começaram, alastrando-se rapidamente. A causa mais provável é um curto-circuito em aparelho de ar-condicionado. O alojamento não tinha certificado do Corpo de Bombeiros.

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