Reportagem do portal EPBR indica que completado um mês do novo governo, o grupo empresarial que colocou novamente de pé a articulação por um mercado de gás natural ancorado no desenvolvimento das indústrias de fertilizante e química lidera as articulações com a equipe econômica de Lula.
A começar pelo acesso: batizada de Coalizão pela Competitividade do Gás Natural Matéria-Prima, o grupo de agentes teve prioridade na entrega de suas propostas para os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira; da Fazenda, Fernando Haddad; e da indústria e Comércio, o vice-presidente Geraldo Alckmin.
Ainda de acordo com o portal EPBR, o foco inicial são três gargalos do setor: o preço para viabilizar projetos industriais; a disponibilidade do energético; e a expansão da malha de gasodutos.
Eletrobras faz aporte de recursos em projetos de sustentabilidade
Na última terça-feira (31/1), a Eletrobras fez aportes no valor total de R$ 883 milhões para implementação de projetos de sustentabilidade na região das hidrelétricas pertencentes às empresas Eletrobras, Chesf, Furnas e Eletronorte. O montante decorre das obrigações previstas nos contratos de concessão fechados na capitalização da empresa.
O valor é relativo à parcela de 2023 e resultado da aplicação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desde a data da assinatura dos contratos, 17 de junho de 2022, ao montante nominal total de R$ 875 milhões. Os recursos financeiros serão anuais, por um período de dez anos, dos quais R$ 350 milhões da Chesf, destinados à revitalização de bacias hidrográficas dos rios São Francisco e Parnaíba; R$ 295 milhões da Eletronorte, para reduzir o custo total de geração na Amazônia Legal; e R$ 230 milhões de Furnas, empregados nas áreas de influência das hidrelétricas das empresas. (Agência Brasil)
Petrobras aumenta combustível de avião em 17% e aéreas reclamam
Enquanto as companhias aéreas avançam nas conversas com o governo para defender revisão na política de preços da Petrobras, sob o argumento de que o custo do combustível se tornou a maior preocupação do setor, a estatal determinou ontem (1º/2) um aumento de 17% no preço do QAV (querosene de aviação) para as distribuidoras.
A nova alta do preço deve aumentar a tensão no setor, que diz ter 40% de seus custos comprometidos no combustível. As informações são da Folha de S. Paulo.
Eletrobras quer cortar custos e contrata 1.000, diz presidente da empresa
O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, afirmou ontem (1º/2) que a companhia pode enxugar o quadro de funcionários com um segundo plano de demissão voluntária (PDV) que visaria cortar de 20% dos custos da empresa, que tem hoje 10.500 funcionários. Paralelamente, a companhia abriu processos de contratação de 1 mil pessoas. As informações foram dadas a uma plateia de investidores durante evento realizado pelo banco Credit Suisse em São Paulo.
A diretora financeira da Eletrobras, Elvira Presta, disse que o acordo entre a companhia e o sindicato dos trabalhadores já prevê a possibilidade de um novo PDV que pode ser feito entre maio deste ano e abril de 2024. (O Globo)
Sanções à Rússia mudam mapa de fornecedores de diesel ao Brasil
O perfil das importações brasileiras de diesel pode mudar com a entrada em vigor de novas sanções da União Europeia à Rússia, que vão incluir embargos a derivados de petróleo a partir do próximo domingo (5/2), de acordo com análise do Valor Econômico.
A menor disponibilidade de diesel no mercado internacional, fruto das restrições, deve levar países importadores, como o Brasil, a diversificarem a sua base de fornecedores. Arábia Saudita e Emirados Árabes podem ser alternativas a fornecedores tradicionais como os Estados Unidos. As sanções podem fazer com que os EUA, principal supridor de diesel para o Brasil, prefiram vender mais para a Europa, que pode pagar mais pelas cargas.
A demanda por diesel no Brasil em 2023 ainda é incerta, mas a tendência é que os importadores continuem a buscar diversificação de supridores: “Com o embargo, pode haver menor disponibilidade de diesel no mercado internacional e o Brasil pode ter que partir em busca de novos fornecedores”, diz Bruno Cordeiro, analista de petróleo e gás da consultoria StoneX.
PANORAMA DA MÍDIA
A reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a presidência do Senado e de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara dos Deputados é o principal destaque da edição desta quinta-feira (2/2) na mídia. O mandato de ambos é de dois anos.
O resultado no Senado, onde Pacheco disputava com o bolsonarista Rogério Marinho, representou uma vitória para o governo Lula e um revés para seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No entanto, o número de votos obtido por Marinho mostra que haverá força significativa contrária ao governo no Senado, que supera um terço dos votos da Casa – suficiente para a abertura de CPIs, que precisam de 27 apoios, por exemplo. (Valor Econômico)
O presidente reeleito do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) concentrou sua mensagem na ênfase de que o mundo político precisa dar um basta a escaladas golpistas, entendendo que busca da pacificação não significa fechar os olhos para mentiras e ameaças ao Estado democrático. (Folha de S. Paulo)
As reeleições de Arthur Lira (PP-AL) à presidência da Câmara e de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à do Senado dão fôlego ao governo Lula (PT) para tocar as agendas prioritárias na área econômica e na reação a atos antidemocráticos, mas indicam uma oposição bolsonarista com capacidade de oferecer obstáculos, na avaliação de políticos e analistas ouvidos pelo jornal O Globo. Na eleição do Senado, considerada mais sensível por aliados do governo, Pacheco obteve o patamar exato de votos, 49, que é exigido para aprovação de emendas constitucionais, como a reforma tributária, uma das prioridades de Lula. A votação de seu adversário, Rogério Marinho (PL-RN), por sua vez, abre a possibilidade de que opositores do PT imponham derrotas ao governo por meio de mecanismos como obstruções ou requerimentos de CPIs.
Com uma base de sustentação apertada no Congresso, o governo terá de negociar, em especial mudanças constitucionais. (O Estado de S. Paulo)