O Valor Econômico voltou hoje (03/04) ao tema da redução das tarifas de energia elétrica para os consumidores em decorrência da quitação antecipada dos empréstimos bilionários firmados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) com bancos em 2014. O objetivo, à época, era socorrer as distribuidoras durante a crise energética provocada por forte estiagem. Desde então, os empréstimos vinham sendo pagos, mensalmente, pelos consumidores, por meio da conta de luz. A quitação antecipada ocorreu em março, e há várias reportagens sobre o tema na imprensa.
Para a matéria da edição desta quarta-feira, o jornal usou como base um estudo realizado pela empresa especializada em tarifas de energia TR Soluções, que analisou o efeito da quitação da dívida sobre o valor das contas de luz. De acordo com essa análise, os consumidores industriais e comerciais das distribuidoras de energia com processo tarifário na segunda metade do ano deverão ter, em média, uma redução de 2,19%. Já os consumidores residenciais dessas empresas terão, em média, uma tarifa 0,52% menor.
Cinco distribuidoras já passaram por revisão tarifária extraordinária no fim de março, com redução do efeito médio para o consumidor: Light (de 11,12% para 8,56%), Enel Rio (de 9,7% para 7,59%), Cepisa (de 12,64% para 11,01%), Eletroacre (de 21,29% para 18,13%) e EBO (de 4,36% para 1,75%).
Sob controle da State Grid, CPFL vai reestrear na Bolsa
O Valor Econômico informa que a CPFL Energia formalizou ontem (02/04) a intenção de realizar uma oferta pública subsequente de ações, marcando a reestreia na bolsa depois que seu controle foi adquirido pela chinesa State Grid em julho de 2016.
De acordo com a reportagem, a companhia pediu à B3 a extensão do prazo para o cumprimento da recomposição do volume de ações em circulação, a fim de cumprir as regras do Novo Mercado e voltar a ter no mínimo 15% de capital social negociado. Hoje, a empresa tem 5,25% das ações no mercado.
Votorantim vai entrar na disputa para avançar em energia e infraestrutura
O grupo Votorantim vai entrar na disputa por negócios de energia e infraestrutura disponíveis no mercado. Reportagem publicada hoje por jornais e sites de notícias, como o Terra, informa que a empresa de energia do grupo arrematou em leilão realizado em outubro de 2018, o controle da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) com o fundo Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) – uma aposta na área de geração.
Participamos ativamente de importantes negócios colocados à venda nos últimos meses”, disse ontem Sérgio Malacrida, diretor financeiro da Votorantim S/A. Segundo ele, a decisão do conglomerado de avançar no setor de energia está madura. Em infraestrutura, a Votorantim está avaliando participar de concessões de rodovias e aeroportos e também de negócios na área de saneamento.
Pré-sal responde por 57,4% dos volumes de óleo e gás no país
O jornal DCI informa que a produção de petróleo e gás no Brasil alcançou 3,182 milhões de barris de óleo equivalente por dia em fevereiro. O destaque ficou para a produção do pré-sal, que representou, no mês, 57,4% do total. Depois de várias paradas para manutenção de plataformas ao longo de 2018, é esperado para 2019 um incremento dos volumes no país.
Engie é favorita na disputa por rede de gasoduto da Petrobras
A empresa francesa de energia Engie é considerada a favorita na licitação da Petrobras para a venda de 90% da Transportadora Associada de Gás (TAG), que opera a rede de gasodutos nas regiões Norte e Nordeste, com 4,5 mil quilômetros de extensão.
Segundo fontes do jornal O Globo, que publicou reportagem sobre o tema, o grupo francês deve ser o vencedor, pois apresentou a melhor proposta, que seria da ordem de US$ 8 bilhões. A expectativa do mercado é que a Petrobras divulgue fato relevante sobre o negócio nos próximos dias.
A Engie é a maior geradora privada de energia elétrica no Brasil, com capacidade instalada de 10.207 megawatts (MW). Um de seus principais ativos é a usina de Jirau, no Rio Madeira. No exterior, a companhia tem uma série de ativos no mercado de gás.
PANORAMA DA MÍDIA
O Ministério da Economia prepara um pacote de medidas para tentar destravar a atividade econômica do país, com propostas para aumentar a produtividade e diminuir o desemprego. Este é o destaque da edição de hoje (03/04) do jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com a reportagem, serão quatro grandes planos, previstos para ser colocados em prática em 90, 180 e 360 dias. O primeiro a ser lançado será o Simplifica, com 50 medidas para a desburocratização do setor produtivo.
O Valor Econômico informa que o ministro da Economia, Paulo Guedes, prepara uma arrojada regulamentação para o regime de capitalização, caso ele seja aprovado na reforma da Previdência. De acordo com a reportagem, por pelo menos 20 anos a capitalização será feita sem contribuição patronal ou encargos trabalhistas. A inspiração vem do modelo chileno que, por 30 anos, implementou a capitalização sem contribuição patronal e colheu, nesse período, um crescimento médio de 6% ao ano.
O jornal O Globo destaca a abertura do processo de impeachment do prefeito Marcelo Crivella, aberto ontem na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. O jornal informa que a sessão “escancarou um derretimento da base de Marcelo Crivella na Câmara Municipal. Vereadores que apoiaram o prefeito em votações tidas como essenciais, como o aumento do IPTU, em 2017, votaram pela admissibilidade do processo de impeachment”.
A Folha de S. Paulo traz uma entrevista com o governador do Estado, João Doria, que falou sobre temas da política nacional e questões do orçamento paulista. A manchete do Correio Braziliense também é sobre um tema local: as restrições orçamentárias no Distrito Federal.