A Petrobras comunicou ontem (16/02) ao mercado que a agência de classificação de risco Fitch reafirmou o rating da dívida corporativa da companhia em “BB-”, com perspectiva negativa. De acordo com o comunicado, a Fitch ressaltou a estrutura de capital robusta da companhia, o declínio dos níveis de dívida e a forte geração de caixa. A estatal deve continuar a desalavancar e a reportar fluxo de caixa livre positivo.
O relatório da Fitch destaca também que os ratings da companhia estão vinculados aos rating soberano do Brasil, “BB-” com perspectiva negativa, “devido à importância estratégica da empresa para o país e à forte participação e controle do governo” na empresa. A agência afirma ainda que a alavancagem da companhia, medida pela razão da dívida bruta sobre o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) deve ser de 2,6 vezes ao final de 2020. (Valor Econômico / Agência Petrobras)
Petróleo mantém tendência de alta com frio intenso no sul dos EUA
O petróleo operou em alta na manhã desta quarta-feira (17/02). A onda de frio inédita no sul dos Estados Unidos continua exercendo pressão sobre a commodity. Ao redor de 8h30, o contrato do Brent para abril subia 1,12%, a US$ 64,06 o barril. O vencimento do WTI para março ganhava 0,92%, saindo a US$ 60,60.
A Bloomberg relatou que a produção de petróleo dos EUA caiu 3,5 milhões de barris por dia e a Occidental emitiu um comunicado de “força maior” (quando um contrato por causa de uma situação extraordinária não recorrente) aos seus compradores como resultado de interrupção na oferta. As informações foram publicadas pelo Valor Econômico.
PANORAMA DA MÍDIA
O Valor Econômico informa que o poder de atuação do crescente número de pessoas física na Bolsa está levando as empresas a ter que definir ações e comunicação diretamente para esse novo público. Isso porque o aumento das negociações por investidores individuais e da interação em redes sociais provocaram oscilação maior e sinalizaram mudanças estruturais na dinâmica de forças do mercado.
De acordo com a reportagem, durante a pandemia de covid-19, empresas com ações de menor valor, abaixo de R$ 10, tornaram-se alvos preferenciais de operações de curto prazo em busca de lucro rápido, o que elevou a volatilidade desses papéis.
Lidar com boatos e oscilações repentinas das cotações faz parte da rotina da área de relações com investidores das companhias abertas. Mas, com a chegada de 1,5 milhão de investidores à Bolsa, em 2020, a base de pessoas físicas dobrou e o efeito desse tipo de ação foi amplificado pelas redes sociais. Companhias como IRB, Oi, Via Varejo e Cogna foram, por exemplo, tema de debates no Twitter em que influenciadores compartilharam teses favoráveis aos negócios, apesar de todas enfrentarem turbulência no mundo real.
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Sem novas doses de vacina contra a covid-19, cidades de todo o país começam a suspender a vacinação, informam os jornais O Estado de S. Paulo e O Globo.
Os governos do Rio de Janeiro, Salvador e Cuiabá já anunciaram que não vão mais aplicar a primeira dose do imunizante até novas remessas. Em Curitiba, a prefeitura admite só ter volume suficiente para esta semana. A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) cobrou ontem (16/02), do governo federal um cronograma de entrega de doses.
Como o Rio, as capitais de Bahia e Mato Grosso dizem assegurar a aplicação da dose de reforço para aqueles que receberam a primeira aplicação. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde da Bahia, 82 municípios do estado já utilizaram todo o estoque de vacinas disponibilizado pelo governo federal.
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O principal destaque da edição de hoje (17/02) da Folha de S. Paulo é a pauta do Congresso Nacional para este primeiro semestre. De acordo com a reportagem, enquanto a nova cúpula da Câmara e do Senado abraça as prioridades do governo relativas à agenda econômica, as pautas conservadoras mais alinhadas ao presidente Jair Bolsonaro continuarão enfrentando resistência para avançar nas duas Casas.
Líderes partidários dão como certo que propostas relativas a armas, a proteção de militares que matarem em operações de GLO (garantia da lei e da ordem) e a outras de forte apelo à base bolsonarista devem permanecer na gaveta no primeiro semestre do ano – ou mesmo ao longo de todo 2021.
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A onda de frio no hemisfério norte é destaque comum na mídia, nesta quarta-feira (17/02). O portal de notícias G1 informa que nos Estados Unidos, ao menos 21 pessoas morreram em consequência da onda de frio, que atrapalhou a campanha de vacinação contra a covid-19, interrompeu o fornecimento de energia elétrica, as operações navais e a indústria de óleo e gás.
A Folha de S. Paulo traz uma foto, em matéria de primeira página do jornal, mostrando que Atenas, capital a Grécia, enfrenta forte nevasca, fato raro na cidade.