Após meses de queda acentuada, o consumo de energia no mercado livre deu os primeiros sinais de recuperação em maio, com alta de 3,97% em comparação a abril, e fechou junho com alta de 6,54% no acumulado em comparação ao mês anterior. É o que aponta o Índice Comerc, que apura o consumo de energia nos 11 principais setores econômicos.
Pela primeira vez desde janeiro deste ano, todos os setores analisados pelo índice registraram aumento no consumo de energia. Esse aquecimento está alinhado com o avanço de 7% da produção industrial brasileira em maio, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicando um possível reaquecimento da economia após a flexibilização das medidas de isolamento. (portal Biomassa & Energia)
O presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), Reginaldo Medeiros, comentou os sinais de recuperação do consumo de energia no mercado livre, onde estão concentradas as grandes indústrias e que serve de termômetro para a economia brasileira. “O consumo praticamente voltou ao normal. Em conversas com comercializadoras, o sentimento é de que o mercado voltou a operar normalmente”, disse o executivo, ao Valor Econômico.
A associação lançou este mês o “Boletim da Energia Livre”, levantamento mensal sobre o desempenho do mercado livre. A primeira edição, referente ao mês de maio, indicou que 18 estados brasileiros tiveram crescimento de participação do mercado livre no consumo total de energia, ante abril.
O maior aumento aconteceu no estado do Mato Grosso do Sul, que teve um aumento percentual de 44%, seguido do Rio Grande do Norte com 30%, e Mato Grosso com 29%. Apenas dois estados registraram quedas – Espírito Santo e Pará – e outros sete se mantiveram estáveis na comparação com o mês anterior. Em maio, a quantidade de energia consumida no mercado livre representou 31% do total consumido no país.
Eletrobras: em assembleia, acionistas aprovam dividendos de R$ 2,540 bilhões
Em Assembleia Geral Ordinária (AGO) realizada ontem (29/07), os acionistas da Eletrobras aprovaram o pagamento de R$ 2,540 bilhões em dividendos, referentes aos resultados de 2019. Serão R$ 2,050 bilhões para quem tiver ação ON, ou R$ 1,5908 por papel, e R$ 490,2 milhões para os preferencialistas, sendo R$ 2,2478 por ação PNA e R$ 1,7499 por PNB. O pagamento será realizado com base na posição acionária da véspera. (portal Infomoney, com conteúdo Estadão)
Shell tem primeiro prejuízo trimestral e corta dividendos
A Royal Dutch Shell teve seu primeiro prejuízo trimestral desde sua criação há mais de uma década e alertou que as perspectivas para a demanda de petróleo e gás continuam incertas, o que dá a dimensão do estrago feito pela covid-19 no setor.
O prejuízo líquido no segundo trimestre foi de US$ 18,13 bilhões, comparado a um lucro de US$ 3,02 bilhões há um ano, reflexo principalmente da baixa contábil de US$ 16,8 bilhões feita para adequar o balanço às previsões de novas quedas de preços de petróleo e gás. A pandemia dizimou a demanda por petróleo, o que derrubou os preços.
A companhia anunciou também que cortou o pagamento de dividendos intermediários, de US$ 0,16 por ação no período, o valor ficou em linha com os US$ 0,16 do primeiro trimestre e abaixo do pagamento de US$ 0,47 do segundo trimestre de 2019. O prejuízo trimestral ajustado a custos de substituição — número semelhante ao lucro líquido apresentado pelas petrolíferas americanas — somou US$ 18,38 bilhões no período entre abril e junho. (Valor Econômico)
A demanda por gasolina nos EUA volta a cair e frustra a recuperação da indústria do petróleo
O portal Petronotícias informa que a demanda por gasolina despencou nos Estados Unidos por causa do aumento do número de pessoas infectadas pela covid-19 e que estão em isolamento social.
A reportagem ressalta que nos últimos dias podia se ver uma recuperação no consumo de gasolina, que até ajudou a elevar os preços do petróleo, mas o cenário mudou, o que acendeu uma luz amarela para a indústria petrolífera. Um contraponto é o mercado asiático, que encerrou a quarentena e liderou a recuperação das compras do combustível.
A gasolina responde por quase 30% do que as refinarias de petróleo globais produzem, o que significa que, se a demanda cair, a necessidade das próprias usinas de comprar petróleo também vai diminuir. O combustível de aviação ainda permanece bem abaixo dos níveis de pico.
PANORAMA DA MÍDIA
Pressionado por números que mostram sua popularidade em queda e a economia americana em colapso em meio à pandemia de covid-19, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu nesta quinta-feira (30/07) o adiamento das eleições presidenciais marcadas para novembro.
Em uma publicação no Twitter, Trump afirmou, sem apresentar provas, que a votação universal pelos correios poderia fazer do pleito “a eleição mais imprecisa e fraudulenta da história” e um “grande embaraço para os EUA”. Ele sugeriu um adiamento para que as pessoas possam votar “de maneira adequada, segura e protegida”, mas a retórica soa como desculpa de quem sabe que está em situação eleitoral bastante difícil.
A declaração do republicano sobre o adiamento das eleições se deu minutos depois de serem divulgados dados que mostram que a economia dos EUA contraiu 9,5% no segundo trimestre. Anualizado, o Produto Interno Bruto (PIB) os Estados Unidos tem retração de 32,9%, maior declínio desde que o governo começou a registrar os dados em 1947. As informações foram publicadas pela Folha de S. Paulo.