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FMI recomenda investimento verde para estimular recuperação global – Edição da Manhã

Políticas para mudar a forma como produzimos e usamos a energia são essenciais para evitar o pior cenário da mudança climática e ainda contribuiriam para a recuperação da economia global da recessão provocada pela pandemia de covid-19, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Uma estratégia para mitigar o aquecimento global poderia, nos primeiros 15 anos de recuperação, acrescentar, em média, 0,7 ponto percentual ao PIB global, estima o FMI no capítulo 3 do relatório Panorama Econômico Mundial (WEO, na sigla em inglês), divulgado ontem (07/10), informa o Valor Econômico.

Ao mesmo tempo, o FMI alertou que a transição para uma economia de baixa emissão de carbono também implica em custos. Entre 2037 e 2050, a instituição calcula que as políticas de mitigação possam reduzir, em média, o PIB global em 0,7% ao ano. Mas como as projeções atuais indicam um crescimento de 120% do PIB global entre agora e 2050, o Fundo vê os custos como administráveis.

O FMI sugere que os países comecem investindo em transportes públicos que não gerem emissões, em redes elétricas inteligentes – capazes de incorporar mais fontes renováveis à geração de energia – e na reforma de edifícios para torná-los mais eficientes do ponto de vista energético.

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Privatização este ano deve ter apenas quebra de monopólio dos Correios, admite governo

Fontes da área econômica admitem que “o máximo que será possível” fazer com privatizações em 2020 é a quebra do monopólio dos Correios no serviço postal, contrariando promessa do ministro da Economia, Paulo Guedes, de apresentar até quatro grandes privatizações no início de outubro, informa reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

A avaliação da área econômica é que as privatizações não andaram porque a política não deixou e o tema foi travado no Congresso. A reportagem ressalta que o time de Guedes tentou acelerar, em junho, o processo de privatização da Eletrobras e dos Correios. A investida também previa destravar a venda da PPSA, estatal que opera a parte da União no pré-sal, cujos poços valem US$ 100 bilhões, segundo a fonte. O governo também enviou um projeto de capitalização da Eletrobras ao Congresso, mas a proposta está parada. Esse plano está em discussão desde o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB).

Novas tecnologias podem facilitar o licenciamento de hidrelétricas

O Valor Econômico traz hoje (08/10) uma reportagem sobre o uso de novas tecnologias em projetos de hidrelétricas como forma de acelerar o licenciamento ambiental. Como exemplo, o jornal cita o trabalho da startup BioBureau, do Rio de Janeiro, que, no fim de setembro, começou a fazer coletas de água na usina Três Irmãos, a maior do rio Tietê, para desenvolver monitoramento massivo de fauna aquática a partir de análises de DNA.

A companhia, fundada pelo biólogo marinho e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Mauro Rebelo, fechou contrato com a concessionária Tijoá, dona da Três Irmãos, no valor de RS$ 1,69 milhão. O dinheiro será usado para realizar o levantamento, que terá dois anos de duração. O acordo é financiado com recursos do programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A usina de Três Irmãos possui capacidade instalada de 807,5 MW e tinha como condicionante para sua licença de operação o monitoramento das espécies do reservatório. Até então o processo era feito pela retirada de espécies do ambiente nativo para análise. Rebelo acredita que iniciativas como a da BioBureau vão ajudar em futuros processos de licenciamento, pois contribuem também para a ampliação dos estudos das espécies.

“Uma das vantagens do uso do DNA é o volume pequeno de amostras e a enorme quantidade de informações obtidas. Há a possibilidade de automatizar o processo, então conseguimos processar um número maior de amostras. Vamos caracterizar melhor a biodiversidade. Isso traz robustez para a informação, o que melhora a forma como o órgão ambiental olha para os resultados do monitoramento”, diz Rebelo.

Maior produção de gás no pré-sal não derrubará preço do GLP, diz estudo

A maior oferta de gás proveniente do pré-sal nos próximos anos não garantirá a queda nos preços do gás de cozinha. Estudo da Fundação Getúlio Vargas Energia (FGV Energia) mostra que atrelar essa expectativa é temerário e irresponsável, ainda que parte do GLP (o gás de cozinha) seja obtida do processamento do gás natural.

O GLP e o gás natural são produtos distintos, diferindo no armazenamento, transporte e composição química. Não haveria a disponibilidade do gás natural aos consumidores de gás de cozinha, embora ele possa ser utilizado também como combustível de fogão e aquecedores. (O Estado de S. Paulo)

PANORAMA DA MÍDIA

O Valor Econômico informa que, depois de fechar oficialmente, na noite de terça-feira (06/10), a venda de R$ 6,9 bilhões em ações que detinha no capital da Suzano, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contratou um grupo de bancos para se desfazer de debêntures da Vale. Nesse caso, segundo a reportagem, o plano é obter cerca de R$ 6 bilhões com a venda dos papéis, que estão em sua carteira de participações desde a privatização da mineradora, em 1997. Uma parcela das debêntures pertence à União.

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O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem (07/10) que inquéritos e ações penais voltarão a ser julgados no plenário da Corte. A mudança foi aprovada pelos ministros em sessão administrativa. Na prática, a medida retira as ações penais da Lava Jato da Segunda Turma e encaminha para análise do plenário, formado pelos 11 integrantes do tribunal. Esse é o destaque da edição de hoje (08/10) dos jornais O Estado de S. Paulo, O Globo e Folha de S. Paulo.

A alteração foi proposta pelo presidente do STF, ministro Luiz Fux, e pode ser considerada sua primeira vitória no comando da Corte máxima. A Segunda Turma é um colegiado que já impôs derrotas à Lava Jato e a alteração leva os casos da operação ao plenário. Na prática, a mudança deverá afetar decisões individuais em processos criminais e julgamentos de repercussão nas turmas.

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