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Fonte solar domina oferta em leilão de energia A-4 – Edição da Manhã

A fonte solar respondeu por mais da metade de toda a oferta inscrita para o próximo leilão de energia nova, previsto para 28 de maio, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Foram cadastrados 794 projetos de geração de energia solar fotovoltaica, com um total de 28.667 megawatts (MW) de capacidade, montante que equivale a 55% do total inscrito para o leilão de 51.438 MW, provenientes de 1.528 empreendimentos.

O Valor Econômico, que publicou reportagem a esse respeito hoje (23/01), informa que outra fonte que se destacou na etapa de cadastramento foi a eólica. Ao todo foram inscritos 659 projetos do tipo, somando uma capacidade instalada de 20.825 megawatts. Juntas, as fontes eólica e solar respondem por 96,2% de toda a oferta cadastrada para o leilão. O certame será do tipo “A-4”, em que serão negociados contratos de energia de novos empreendimentos com início de suprimento quatro anos à frente (ou seja, em 2024).

Governo deve tirar arrecadação com venda da Eletrobras do Orçamento

O jornal O Globo informa que o Ministério da Economia deve retirar a arrecadação prevista com a privatização da Eletrobras das receitas do Orçamento de 2020. O governo esperava receber R$ 16,2 bilhões com a venda da estatal.

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Segundo a reportagem, as incertezas políticas acerca da privatização, anunciada inicialmente em 2018, ainda durante o governo Michel Temer, são a justificativa para que a equipe econômica retire esse valor de suas contas oficiais. A decisão exigirá um contingenciamento (ou bloqueio de recursos) no Orçamento deste ano que será anunciado provavelmente em março.

Eletrobras anuncia emissão de títulos de dívida de até US$ 1,75 bilhão no mercado externo

A Eletrobras anunciou ontem (22/01) que deu início à emissão de títulos de dívida no mercado internacional com valor de até 1,75 bilhão de dólares, de acordo com fato relevante divulgado pela empresa. Os títulos possuem vencimentos em cinco anos (denominados “Notes 2025”) e em dez anos (denominados “Notes 2030”).

Além disso, a estatal também comunicou a oferta de aquisição dos títulos emitidos pela empresa no mercado externo com vencimento em 2021. As informações foram divulgadas pela agência de notícias Reuters.

Iberdrola diz não ter interesse por venda da Eletrobras

A multinacional espanhola Iberdrola, principal acionista da Neoenergia, afasta qualquer hipótese de entrada na capitalização da Eletrobras desejada pelo governo. “Não somos investidores financeiros, somos operadores e já demonstramos que sabemos fazer isso bem. Não somos banco, nem fundo de investimento”, disse o presidente-executivo e presidente do conselho de administração da empresa, Ignacio Sánchez Galán, em entrevista ao Valor Econômico durante o Fórum Econômico Mundial, que está sendo realizado em Davos, na Suíça.

Roraima vê petróleo na Guiana como redenção

O Valor Econômico traz hoje (23/01) uma reportagem sobre a Guiana, em que destaca: “Pobre, profundamente dividida em dois grupos étnicos e com a maior taxa de suicídios do planeta, a Guiana está às vésperas de viver uma explosão de crescimento jamais vista. A descoberta de imensas reservas de petróleo em alto-mar, cuja produção poderá alcançar até 6 bilhões de barris, fará o PIB da Guiana, único país da América do Sul a ter o inglês como língua oficial, saltar 86% já em 2020.”

De acordo com a reportagem, o estado de Roraima, vizinho da Guiana, vê a descoberta como uma oportunidade única de grandes negócios, o que tem levado parlamentares do estado a pressionar o governo por obras que liguem as duas regiões. Ainda segundo a reportagem do Valor, o passo estratégico para essa integração é a pavimentação de 320 km da estrada Lethem-Lindem, no território guianense, a cargo do Brasil, que completaria o asfaltamento entre Georgetown e Boa Vista, pela BR-401, e Manaus, pela BR-174. A estrada constituiria a ligação asfaltada mais curta entre essas duas capitais estaduais e o Oceano Atlântico (1.345 km de Manaus e 682 km de Boa Vista), facilitando o acesso da produção brasileira ao Caribe e ao mercado guianense.

PANORAMA DA MÍDIA

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu ontem (22/01) a aplicação da regra do juiz de garantias, prevista na Lei Anticrime aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro. Fux revogou a decisão do presidente da Corte, Dias Toffoli, que na semana passada deu prazo de seis meses para a norma entrar em vigor. Agora, não há mais prazo. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, considerou a liminar de Fux “desrespeitosa” a Toffoli e ao Parlamento. A decisão tem duração até o plenário do tribunal julgar o caso, o que não tem previsão para acontecer. A notícia é o principal destaque de hoje dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo.

Os dois jornais deram destaque, também, à disseminação do coronavírus, na China, com mais de 540 infectados e 17 mortos. A metrópole de Wuhan, com 11 milhões de habitantes, é considerada o local de origem do vírus. Autoridades chinesas decidiram fechar todos os meios de transporte na cidade, para evitar o contágio.

O Valor Econômico informa que a despesa do governo federal com o pagamento dos juros da dívida pública cairá R$ 417,6 bilhões durante os quatro anos do governo Bolsonaro, graças à queda da taxa básica (Selic). A estimativa é do Ministério da Economia e equivale a quase metade da economia que será obtida em dez anos com a reforma da Previdência, aprovada pelo Congresso no ano passado.

A Folha de S. Paulo destaca que o comerciante Renato Bolsonaro, irmão do presidente Jair Bolsonaro, faz intermediação de verbas do governo federal. Segundo o jornal, ele viabilizou a liberação de ao menos R$ 110 milhões para obras e investimentos de prefeituras no interior de São Paulo, mesmo sem ter cargo público. O irmão do presidente nega receber vantagens.

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