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Formação de preço à vista preocupa setor elétrico – Edição da Manhã

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deverá discutir nesta segunda-feira (21/12), em reunião extraordinária, um tema que tem preocupado o setor, informa o Valor Econômico. Conforme explica a reportagem, tudo começou com uma resolução da Agência Nacional de Águas (ANA), de 3 de dezembro, aumentando a vazão dos reservatórios das hidrelétricas Três Marias e Xingó, na bacia do rio São Francisco. No mesmo dia, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou ao mercado que essa mudança seria considerada na definição do preço da semana seguinte.

A decisão pegou o mercado de surpresa e afetou o PLD da semana seguinte em R$ 70 por megawatt-hora (MWh), segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Na ocasião, o preço teve queda acentuada, passando de R$ 559,75/MWh para cerca de R$ 200/MWh, refletindo ainda outros fatores.

A queixa do setor não está relacionada à queda do PLD, mas à alteração inesperada dos dados que formam o preço. Além de ter sido tomada da noite para o dia, a decisão veio um dia antes da divulgação do PLD semanal – ou seja, quando todos os agentes já haviam se programado para operar no mercado com um determinado nível de preços.

Processo para repor perda de concessões trava e ameaça investimentos

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que as negociações entre as empresas de infraestrutura e o poder público para recompor as perdas de receitas por causa da pandemia de covid-19 estão longe de uma solução e podem acabar na Justiça.

Apesar do aval da Advocacia Geral da União (AGU), que classificou a pandemia como força maior, até agora só o setor de aeroportos fechou acordo para reequilibrar os contratos de concessão. As concessionárias de rodovias e mobilidade urbana e as distribuidoras de energia continuam sem saber como será a recomposição das receitas, o que pode atrapalhar planos de investimentos para os próximos anos.

No setor elétrico, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está em processo de consulta pública para definir a metodologia de recomposição; e na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o modelo só deve entrar em audiência pública em janeiro.

Perda de três setores somam R$ 14 bilhões

Em uma segunda reportagem sobre o tema das perdas das concessionárias em decorrência da pandemia de covid-19, o jornal O Estado de S. Paulo destaca que as perdas de apenas três setores – energia elétrica, rodovias e mobilidade urbana – somam mais de R$ 14 bilhões. É parte desses valores que as empresas esperam recuperar com os pedidos de reequilíbrio dos contratos de concessão.

De acordo com a reportagem, no setor de energia, os prejuízos decorrentes da pandemia são calculados entre R$ 5 bilhões e R$ 5,5 bilhões, segundo o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Marcos Aurélio Madureira.

Segundo ele, o valor envolve queda no consumo, contratação acima do volume consumido e inadimplência, que chegou a 11% no isolamento social – a média do setor é de 4%. “É importante que essa questão seja resolvida agora, mesmo que a recomposição ocorra mais para frente”, diz Madureira.

Segundo a Abdib, entidade que reúne as empresas de infraestrutura, o conteúdo de audiência pública feita pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não agradou muito as concessionárias, por não reconhecer o caráter extraordinário da pandemia. “O regulador questiona se a pandemia dá ou não direito à recomposição, uma discussão superada em outros setores”, diz a associação.

Natura compra créditos de carbono da Engie

A Natura fechou um acordo para compra de créditos de carbono emitidos pela Engie Brasil Energia (EBE), com o objetivo de compensar suas emissões de gases de efeito estufa em 2019. A EBE vai emitir os créditos por meio de uma usina de cogeração a biomassa de resíduos de madeira, localizada em Lages, na região serrana de Santa Catarina.

O objetivo da Natura é compensar 100 mil toneladas de CO2. A iniciativa faz parte do programa “Compromisso com o Clima”, conduzido pelo Instituto Ekos Brasil, em parceria com a Natura e o Itaú. As informações foram publicadas pelo Valor Econômico.

PANORAMA DA MÍDIA

A equipe econômica do governo está preocupada com a possibilidade de avanço no Congresso Nacional de propostas que aumentam os gastos públicos. O governo federal estima que pode perder até R$ 589 bilhões em dez anos caso a Câmara e o Senado aprovem um conjunto de projetos que beneficiam estados e municípios. A conta faz parte de um relatório do Tesouro Nacional sobre os riscos fiscais que rondam o Orçamento da União e inclui três propostas. O tema é destaque na edição de hoje (21/12) do jornal O Globo.

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A pandemia mudou todo o cenário da economia global e provocou respostas inéditas nos tempos modernos. Levantamento do Bank of America, englobando 97 países, indica que houve uma injeção global de estímulos de US$ 25 trilhões neste ano, sendo US$ 15,23 trilhões oriundos da política fiscal e US$ 9,32 trilhões da monetária (via bancos centrais). Esse valor equivale a 29% do PIB mundial, tendo como base o produto calculado pelo FMI, de US$ 83,84 trilhões em 2019. (Valor Econômico)

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A Folha de S. Paulo informa que países europeus vetam voos e isolam Reino Unido. Entre a noite de sábado (19/12) e ontem (20/12), diversos países suspenderam as viagens oriundas do Reino Unido. Os vetos vieram um dia após o governo britânico endurecer o lockdown em Londres e em outras cidades, para conter o espalhamento de uma mutação do coronavírus.

A França anunciou que vai barrar todos os passageiros vindos do território britânico por pelo menos 48 horas a partir da noite de domingo – tanto os que chegam por ar quanto os que viajam pelo mar, por ferrovias ou estradas.

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A poucos dias da segunda metade de seu mandato, o presidente Jair Bolsonaro ainda não imprimiu uma marca de eficiência na máquina pública, arquivou promessas e retrocedeu nas ações sociai. Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo indica que ao menos 12 medidas de impacto na política e na economia, anunciadas na campanha de 2018 e nos primeiros meses de governo, foram deixadas de lado, como privatizações, reforma tributária e apoio à Lava Jato.

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