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Frente parlamentar de energia articula demandas do setor com presidentes de comissões da Câmara e do Senado – Edição do dia

O jornal O Estado de S. Paulo informa que a Frente Parlamentar de Energia começa a se articular para defender neste ano a agenda do setor no Congresso. Parlamentares da bancada se reuniram ontem (12/4), com o presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, Confúcio Moura (MDB-TO), e o presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara, Rodrigo de Castro (União Brasil-MG). A frente é composta por 30 senadores e 72 deputados.

De acordo com a reportagem, um dos projetos prioritários para o setor é o que disciplina a outorga de autorizações para aproveitamento de potencial energético offshore, já aprovado no Senado e encaminhado à Câmara. O PL é de autoria do agora presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que foi presidente da frente parlamentar quando era senador.

Outro projeto prioritário para o setor é o que disciplina a inserção do hidrogênio como fonte de energia no Brasil e estabelece parâmetros de incentivo ao uso do hidrogênio sustentável. O texto também é de autoria de Prates.

Amazonas Energia diz que vai acionar o STF contra lei que proíbe medidores aéreos em Manaus

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O portal G1 informa que a Amazonas Energia irá obedecer a lei municipal que proíbe a instalação dos medidores aéreos em Manaus, mas vai acionar o Supremo Tribunal Federal (STF), em conjunto com a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), contra a medida. A nova lei foi sancionada recentemente pela prefeitura de Manaus.

A Amazonas Energia destaca que a instalação do Sistema de Medição Centralizada (SMC) reduz o excesso de energia consumido, evita o desligamento da rede elétrica e combate os desvios e ligações clandestinas. Em coletiva de imprensa na semana passada, a empresa informou que Manaus registrou uma diminuição de 41% na perda de energia elétrica em fevereiro deste ano. A avaliação foi feita em cinco bairros da cidade, nos quais os medidores aéreos chegaram a ser instalados.

Organizações ambientais tentam frear exploração de petróleo na Foz do Amazonas

O jornal O Globo informa que representantes de 80 organizações da sociedade civil e ambientais como WWF-Brasil e Greenpeace enviaram ofício, ontem (12/4), a ministérios e órgãos do governo federal para que não seja emitida licença de extração de petróleo e gás na Foz do Amazonas.

A Foz do Amazonas faz parte da Marquem Equatorial, área considerada nova fronteira exploratória, que vai do litoral do Amapá ao Rio Grande do Norte. Levando em conta o plano de negócios da Petrobras até 2026, a estatal estima realizar investimentos da ordem de US$ 2 bilhões para as atividades exploratórias em toda a região.

A reportagem destaca que a região da costa Amazônica abriga 80% da cobertura de manguezais do Brasil. A Petrobras depende de uma licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para perfurar o primeiro poço, batizado de Amapá Águas Profundas e localizado a 160 km da costa e a 40 km da fronteira com a Guiana Francesa. O objetivo desse poço é comprovar a viabilidade econômica do projeto.

No ofício enviado ontem a diversos órgãos do governo, as ONGs pedem que seja feita uma avaliação ambiental estratégica para a toda a região. “A abertura dessa nova fronteira exploratória é uma ameaça a esses ecossistemas e, também, é incoerente com os compromissos assumidos pelo governo brasileiro perante a população brasileira e a comunidade global”, segundo um dos trechos. As entidades pedem que seja feita uma Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) para a bacia da Foz do Amazonas, pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e Ministério de Minas e Energia, com a efetiva análise sobre a compatibilidade da instalação da indústria petrolífera na região.

Petrobras conclui venda de Polo Norte Capixaba e recebe mais US$ 426 milhões da Seacrest

A Petrobras informou ontem (12/4) à noite que recebeu pagamento à vista de US$ 426,65 milhões na conclusão da venda de 100% do Polo Norte Capixaba à Seacrest Petróleo. O polo é um conjunto de quatro concessões de campos de produção terrestres, com instalações integradas, localizadas no estado do Espírito Santo.

Em fato relevante, a petroleira informa que o valor recebido ontem se soma aos US$ 35,85 milhões recebidos na assinatura do contrato de venda para a Seacrest, em 23 de fevereio de 2022. Além desse montante, é previsto o recebimento pela Petrobras de até US$ 66 milhões em pagamentos contingentes, a depender das cotações futuras do barril de petróleo do tipo Brent. Com a conclusão da cessão, a Seacrest assume a condição de operadora dos campos do Polo Norte Capixaba e demais infraestruturas de produção. (Valor Econômico)

Petrobras reduziu em 39% as emissões de gases de efeito estufa nos últimos sete anos

A Petrobras reduziu em 39% suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) de 2015 a 2022 – incluindo a queda de 67% somente nas emissões de metano nesse período. Esse foi um dos destaques apresentados ontem (12/4) pela gerente executiva de Mudanças Climáticas da Petrobras, Viviana Coelho, no painel “O Potencial Brasileiro na Oferta de Carbono e o Soft Power Verde”, no primeiro dia da Rio 2C, no Rio de Janeiro. O evento vai até domingo (16/4).

A executiva informou que a companhia mapeou cerca de 500 oportunidades para mitigação de emissões operacionais de GEE em todos os segmentos, classificadas em cinco categorias: eficiência, energia, perdas, processo e remoção de CO2. Em paralelo, a Petrobras estuda novas oportunidades nos segmentos de energias de baixo carbono, como bioprodutos, hidrogênio e renováveis. (Agência Petrobras)

Sem negócio de perfuração, Ocyan faz aposta em eólicas em alto-mar

O jornal O Estado de S. Paulo informa que a Ocyan, antiga Odebrechet Óleo e Gás, espera que os primeiros empreendimentos de eólicas offshore (em alto-mar) comecem a sair do papel antes do previsto, com a entrada da Petrobras no setor.

A expectativa é que a nova tecnologia comece a dar sinais mais concretos na costa brasileira em 2027 e vire uma nova frente de negócios para a companhia, depois que o grupo precisou separar a área de perfuração. Com dívida de R$ 2,6 bilhões devido a aquisições de sondas e plataformas, o negócio de perfuração, ou “drilling”, no jargão do mercado, foi separado da Ocyan e será capitalizado pelos credores. A Ocyan permanecerá com 6,5% da companhia, que terá a dívida reduzida para R$ 300 milhões.

De acordo com a reportagem, a Ocyan vai se lançar em novos negócios, com destaque para o descomissionamento de campos cuja produção começa a ser encerrada e o apoio à geração de energia eólica offshore. Serviços como manutenção e lançamento dos cabos flexíveis que conectam os poços às plataformas serão mantidos.

Importações de diesel russo dispararam no Brasil após sanções da União Europeia

As importações de diesel russo dispararam no Brasil em 2023. Levantamento feito pela consultoria de preços Argus, obtido pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, aponta que mais de um quarto, 25,6%, dos cerca de 1,5 bilhão de litros de diesel trazidos em março para o país tinham origem russa.

E a previsão de analistas e agentes de mercado ouvidos pela reportagem é que esse fluxo se intensifique nos próximos meses devido aos descontos praticados pelos fornecedores russos. De acordo com a reportagem, esses descontos têm chegado a US$ 0,20 por galão (cerca de 3,8 litros) em cima do diferencial praticado pelo mercado, que tem como base os preços dos contratos futuros negociados na Bolsa de Nova York (NYSE).

“Em média, o galão custa por volta de US$ 2,44. “Essa diferença dá quase R$ 25,00 por metro cúbico ou R$ 0,25 por litro”, diz Sérgio Araújo, da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), que vê a diferença como “muito expressiva”.

Galp concorre na Espanha pela compra de 12 parques eólicos avaliados em 650 milhões de euros

A Galp está concorrendo à aquisição de 12 parques eólicos na Espanha, segundo o site português de economia, Dinheiro Vivo. A petrolífera portuguesa enfrenta a concorrência dos espanhóis da Naturgy e dos noruegueses da Statkfraft. Os 12 parques de produção de energia eólica valem cerca de 650 milhões de euros e pertencem ao fundo de infraestruturas francês Ardian.

Os parques têm uma capacidade de produção total de 422 megawatts (MW) e têm cerca de 13 anos de atividade. Eles estão localizados em seis regiões diferentes da Espanha.

Resorts Bourbon adquirem certificado internacional de energia limpa

Dois resorts da Bourbon Hotéis & Resorts conquistaram o certificado I-REC de utilização de fontes de energias limpas e renováveis. A certificação, garantida até 2026, foi concedida ao Bourbon Atibaia Resort e Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort – que juntos somam 883 quartos.

Além da aquisição de I-RECs emitidos pela Comerc Energia, os resorts mantém outras iniciativas de eficiência energética para uso racional dos recursos. Entre eles, sensores, lâmpadas de led, modernização de elevadores, retrofit nos sistemas de ar-condicionado e carregadores veiculares. (Hotelier News)

Hungria anuncia acordo de acesso a gás russo, na contramão da União Europeia

Hungria e Rússia firmaram na terça-feira (11/4) acordos que garantiram a Budapeste acesso ao gás russo, de acordo com informação da agência de notícias Associated Press. O pacto sinaliza os contínuos laços diplomáticos e comerciais entre os dois países, que confundiram alguns líderes europeus em meio às sanções a Moscou pela invasão da Ucrânia.

Numa entrevista coletiva em Moscou, o ministro das Relações Exteriores húngaro, Peter Szijjarto, disse que a estatal russa de energia Gazprom concordou em permitir que a Hungria, se necessário, importasse quantidades de gás natural além das acordadas em um contrato de longo prazo que foi alterado no ano passado. A Gazprom confirmou o acordo. (Valor Econômico)

PANORAMA DA MÍDIA

Os números de pedidos de recuperações judiciais e de falências continuam em alta no país, informa o Valor Econômico. No primeiro trimestre deste ano, houve um aumento de 37,6% nos pedidos recuperação frente ao mesmo período de 2022. Já as solicitações de falências subiram 44,1%, segundo dados da Serasa Experian. Os aumentos refletem o cenário econômico conturbado, com o contínuo avanço da inadimplência, a manutenção dos juros em patamares elevados, inflação alta, crédito restrito e desaceleração da atividade.

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Governo tenta evitar crise por taxação de importados chineses, diz a manchete da edição de hoje (13/4) do jornal O Globo. De acordo com a reportagem, o governo federal avalia que houve erro de comunicação na divulgação das medidas para combater fraudes na venda de produtos de plataformas digitais, como Shopee e AliExpress. O entendimento é que iniciativas com impacto em grande parcela da população deveriam passar pelo Ministério da Secretária da Comunicação Social (Secom) antes de vir a público.

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A Folha de S. Paulo informa que novas regras publicadas pelo governo federal ontem (12/4) à noite definem que redes sociais que não tomarem medidas para combater conteúdos que fazem apologia de violência e ameaças de ataques em escolas podem ter suas atividades suspensas no Brasil. A portaria do Ministério da Justiça prevê ainda multas de até R$ 12 milhões para as empresas que não seguirem a nova regulamentação sobre o tema. Além disso, a Polícia Federal destacou um grupo de policiais para identificar e pedir a suspensão de perfis que produzem ou compartilham esse tipo de conteúdo.

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O principal destaque da edição de hoje (13/4) do jornal O Estado de S. Paulo é a continuidade das investigações a respeito dos atos de 8 de janeiro. A Polícia Federal ouviu ontem dois generais de divisão, além do ex-comandante militar do Planalto, que era o número 2 do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) na gestão de Augusto Heleno e permaneceu como secretário executivo do órgão até o dia 23 de janeiro. Os três generais e outros 86 militares foram chamados para prestar depoimento no âmbito da Operação Lesa Pátria, que apura a suposta conivência e participação de integrantes das Forças Armadas com a invasão das sedes dos três Poderes, no dia 8 de janeiro. Ao todo, 81 compareceram para as oitivas em Brasília.