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Fundador de consultoria, Adriano Pires é crítico ao controle de preços dos combustíveis – Edição da Manhã

O Valor Econômico traz, hoje (29/03), um perfil de Adriano Pires, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para substituir Joaquim Silva e Luna na presidência da Petrobras. O executivo é sócio-diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), consultoria para o setor de energia que ele fundou no ano 2000. Doutor em Economia Industrial pela Universidade de Paris XIII, Pires foi superintendente geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) no fim dos anos 1990, logo depois da criação da autarquia. Ele também atuou como assessor da diretoria da agência.

Recentemente, ele defendeu em artigos a constituição de um fundo provisório para reduzir o efeito da guerra na Ucrânia no aumento dos preços de combustíveis. Segundo ele, o fundo seria abastecido pelos dividendos pagos pela Petrobras à União e por recursos de royalties e participações especiais, além do petróleo da União nos contratos de partilha da produção, comercializado pela estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA).

Pires é abertamente contra a intervenção direta do governo nos preços da Petrobras e foi, ao longo dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, crítico ao controle de preços dos combustíveis. No contexto de alta dos preços, o executivo vinha se mostrando favorável à ampliação de programas sociais, como a criação de uma bolsa para caminhoneiros e a ampliação do “vale gás”.

Em entrevistas recentes, Pires disse que via o aumento nas cotações internacionais do barril de petróleo e o câmbio desvalorizado como as principais causas para a forte alta dos combustíveis no país nos últimos meses. Pires também defende a continuação da venda de ativos da Petrobras, especialmente no refino.

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Petrobras informa sobre ofício do MME

A Petrobras informa que recebeu ontem (28/03), ofício do Ministério das Minas e Energia (MME), em referência à assembleia geral ordinária que será realizada no dia 13 de abril, com duas substituições nas indicações para a eleição ao conselho de administração da companhia.

O comunicado, publicado pela Agência Petrobras, traz os nomes dos candidatos indicados pelo acionista controlador. O ofício indica ainda o nome de Adriano Pires de Andrade para o cargo de presidente da estatal, o que deverá ser deliberado, posteriormente, pelo conselho de administração da companhia.

Enauta não encontra hidrocarbonetos em poço exploratório; ação fecha em queda de 5,8%

A Enauta anunciou ontem (28/03) que não foi encontrada a presença de hidrocarbonetos em poço exploratório no prospecto Cutthroat, o Bloco SEAL-M428, localizado na Bacia Sergipe-Alagoas. Com isso, as ações fecharam em queda de 5,8%, cotadas a R$ 21,23. Os papéis, que chegaram a registrar a maior queda do mercado brasileiro durante a segunda-feira, terminaram o pregão com o segundo pior desempenho da B3.

Apesar disso, a companhia diz que vai realizar, juntamente com os sócios Exxon Mobil e Murphy Oil, estudos complementares, integrando dados do poço e da expertise sobre a geologia local, para avaliar o potencial exploratório dos blocos localizados na bacia. Na última semana, o papel sofreu forte valorização após a Murphy Oil realizar apresentação na qual divulgou boas perspectivas de exploração para o ativo. As informações foram publicadas pelo Valor Econômico.

Hidrelétricas na Amazônia voltam aos holofotes em ano eleitoral

Reportagem do portal EPBR  destaca que, depois de quase dez anos sem licitar novos projetos hidrelétricos de médio ou grande porte no Brasil, em janeiro, o governo federal revelou que voltou a estudar a construção de três grandes usinas na bacia do rio Tapajós, no noroeste do Pará, em um dos locais mais preservados da Amazônia. “Não houve nenhuma conversa prévia ou anúncio para o mercado. Foi uma surpresa mesmo”, garante Roberto Kishinami, do Instituto Clima e Sociedade (ICS), uma organização sem fins lucrativos que foca questões climáticas em sua agenda.

A possibilidade de retomar a construção de empreendimentos dessa envergadura na maior floresta tropical do planeta volta à tona em um ano eleitoral em que dificilmente se poderá ignorar o debate sobre as mudanças climáticas.

As usinas de Jamanxim (881 megawatts), Cachoeira do Caí (802 MW) e Cachoeira dos Patos (528 MW), cujas análises voltaram à pauta em Brasília, são remanescentes de um ambicioso projeto de se construir o maior complexo hidrelétrico do país, que incluía ainda as gigantes São Luiz do Tapajós (8.040 MW) e Jatobá (1.650 MW). A ideia naufragou em 2016 pela enorme dimensão dos impactos sobre as terras indígenas da região.

Grupo Santa Maria vê energia como principal negócio em 2023

O Canal Energia traz uma reportagem sobre o grupo paranaense Santa Maria, contando que os primeiros passos da companhia ocorreram no início dos anos 1960 como uma serraria na cidade de Guarapuava, região centro sul do Paraná. Uma década depois, a empresa fundou uma reflorestadora que plantava suas primeiras mudas de pinus.

Foi nessa época, conforme explica a reportagem, que a empresa iniciou seus investimentos em uma atividade ‘estranha’ ao negócio – ter sua própria usina fornecedora de energia. Foi assim que investiu na Central Hidrelétrica Salto São Pedro, que tinha o propósito de alimentar a primeira máquina de papel. Hoje, a energia é vista como um potencial de ganhos ao ponto de passar a ser, em cerca de uma década, a maior fonte de receita do grupo.

Por enquanto, de acordo com informação do presidente da empresa, Marcelo Vieira, esse segmento representa 10% da receita do grupo. Os aportes aumentaram com uma outra usina construída em 1984 e que foi ampliada em 2015 e está com 39 MW negociados no mercado livre. Até meados de 2023, conta ele, a empresa investirá R$ 100 milhões em mais duas centrais, uma PCH com 10 MW e uma fazenda solar de 5 MW de capacidade, ambos com energia no ACL.

Projeto no Senado visa inserir H2 como fonte energética nacional

O senador Jean Paul Prates (PT/RN) apresentou ontem (28/03), projeto que coloca na legislação brasileira o hidrogênio como fonte energética na matriz e introduz o combustível no marco regulatório. A ideia é colocar a fonte sob um marco legal e regulatório, o que traria mais segurança jurídica aos investimentos que estão em curso no país.

O texto estabelece metas para a inserção do hidrogênio nos gasodutos de transporte nacionais, o que serve de orientação e incentivo para investimentos no setor. Pelo projeto de lei apresentado, fica estabelecida também a meta percentual mínima de adição de 5% de hidrogênio na rede de gasodutos nacionais até 2032 e de 10% até 2050, devendo ser o gás transportado do tipo “hidrogênio sustentável” em pelo menos 60% no primeiro período e 80% do total no segundo. (Canal Energia)

Estudo aponta potencial de 136 MW para energia a partir do lixo no DF

O Canal Energia informa que o último levantamento da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren) sobre as localidades com maior potencial de geração de energia a partir do lixo mostra a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE-DF) como um dos destaques para a atividade no Brasil. O estudo aponta a possibilidade de a região receber sete usinas de recuperação energética (URE) com 20 MW de potência cada, totalizando um potencial de 138 MW.

PANORAMA DA MÍDIA

A troca no comando da Petrobras é o principal destaque da edição desta terça-feira (29/03) do Valor Econômico. A reportagem explica que, em meio à insatisfação de aliados com a atual gestão da Petrobras e com o risco de a alta dos preços dos combustíveis corroer sua taxa de aprovação entre os eleitores, o presidente Jair Bolsonaro decidiu ontem retirar o general da reserva Joaquim Silva e Luna da presidência da Petrobras e indicou o economista Adriano Pires para o cargo. A troca foi discutida com a cúpula das Forças Armadas, na qual Silva e Luna já não tinha total respaldo. A opção foi por um quadro técnico, reconhecido no mercado.

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Os jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo deram como principal destaque a exoneração do ministro da Educação, Milton Ribeiro, que escreveu uma carta de demissão, entregue ao presidente Jair Bolsonaro na tarde de ontem (28/03), no Palácio do Planalto. Ribeiro se tornou alvo de grande pressão após a revelação de indícios de um esquema informal de obtenção de verbas envolvendo dois pastores sem cargo público, o que incluía pagamento de propina.

 

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