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Fundo norueguês veta aportes a Eletrobras e Vale – Edição da Manhã

O Banco Central da Noruega decidiu hoje (13/05) excluir as empresas brasileiras Vale e Eletrobras, além de outras cinco companhias estrangeiras, de qualquer dos investimentos do fundo soberano norueguês, que administra US$ 1 trilhão, destaca o Valor Econômico. O motivo determinante foram questões ambientais.

De acordo com a reportagem, o Norges Bank, banco central da Noruega, anunciou as exclusões em comunicado nos primeiros minutos desta quarta-feira na Europa, atendendo recomendações do conselho de ética do fundo.

O fundo soberano norueguês tem US$ 9,6 bilhões investidos no Brasil, sendo US$ 7,6 bilhões em ações de 136 companhias e US$ 2 bilhões em renda fixa. O investimento do fundo na Vale era de US$ 375 milhões (R$ 2,2 bilhões). Na Eletrobras, era de US$ 52,6 milhões (R$ 306 milhões).

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O conselho de ética defendeu o fim de investimentos na Eletrobras por causa de sua participação no projeto da usina de Belo Monte. Ele afirma que territórios indígenas foram severamente afetados pela hidrelétrica, causou desestruturação social de grupos indígenas e o deslocamento de pelo menos 20 mil pessoas. O conselho norueguês argumenta também que a companhia de energia recentemente esteve envolvida em outros projetos hidrelétricos que foram criticados por causa de violações de direitos humanos.

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Quanto à Vale, maior produtor mundial de minério de ferro, o argumento de exclusão são “riscos (ambientais) inaceitáveis” citados pelo fundo ou por ser responsável por sérios estragos ambientais.  

Socorro a elétricas será menor que em 2014

O Valor Econômico segue acompanhando a pauta da linha de apoio ao setor elétrico, que está sendo estruturada pelo governo e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ontem (12/05), o jornal noticiou que o valor da linha emergencial poderia ser anunciado no decorrer do dia, citando fontes da reportagem. Não houve, porém, uma definição sobre os números finais.

Hoje, a informação é de que o custo financeiro do socorro poderá ser inferior ao do empréstimo emergencial feito às distribuidoras em 2014 e que serviu de base para a solução em estudo na crise atual. A informação é do diretor de Programas no Ministério de Minas e Energia, Francisco Carlos da Silva Junior, durante transmissão online promovida pela consultoria Thymos Energia.

Engie investe R$ 3 bilhões em linha do Norte

A Engie Brasil Energia prevê investir R$ 3 bilhões na construção do projeto Novo Estado, um sistema de linha de transmissão de 1.800 quilômetros, entre os estados do Pará e de Tocantins, adquirido do grupo indiano Sterlite, informa o Valor Econômico.

O empreendimento, que inclui ainda a construção de uma nova subestação e a expansão de outras três, está previsto para entrar em operação no primeiro trimestre de 2022. Segundo o presidente da Engie Brasil, Eduardo Sattamini, o projeto está em fase inicial de implantação, com preparação e instalação dos canteiros de obras.

Senado aprova proibição de pôr consumidor inadimplente na Serasa e no SPC durante crise

Foi aprovado ontem (12/05), pelo Senado, projeto de lei que proíbe por 90 dias a inscrição do nome de consumidores inadimplentes em cadastros negativos como a Serasa e o Sistema de Proteção ao Crédito (SPC) durante o estado de calamidade.

A proposta, de autoria dos deputados Denis Bezerra (PSB-CE) e Vilson da Fetaemg (PSB-MG), chegou ao Senado na segunda semana de abril e foi definida como uma das propostas prioritárias para ser votada durante a pandemia do novo coronavírus.

Aprovada em sessão virtual com 72 votos favoráveis e 4 votos contrários, a matéria será encaminhada para nova análise da Câmara. As regras valem de forma retroativa a partir de 20 de março, quando foi decretado o estado de calamidade pública causada pela pandemia, e se estendem até 31 de dezembro. As informações são da Folha de S. Paulo.

Setor elétrico perde R$ 4,6 bilhões desde início da pandemia

O Ministério de Minas e Energia (MME) calcula em R$ 4,623 bilhões, até o momento, o impacto financeiro da pandemia de coronavírus no faturamento das distribuidoras de eletricidade, que sofrem tanto com queda nas vendas de eletricidade quanto com aumento da inadimplência.

De acordo com o MME, o nível de inadimplência no setor desde o dia 18 de março chegou a 15,08%, quase cinco vezes maior do que a média registrada no primeiro semestre de 2019, de 3,27%. Com isso, as distribuidoras deixaram de arrecadar R$ 3,478 bilhões desde o início da pandemia. (Folha de S. Paulo)

PANORAMA DA MÍDIA

O principal destaque dos jornais nesta quarta-feira (13/05) é o conteúdo do vídeo da reunião ministerial realizada em 22 de abril, que foi exibido ontem, em Brasília, para o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, seus advogados, representantes da Advocacia-Geral da União (AGU) e investigadores da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF).

O vídeo faz parte do inquérito aberto no Supremo após o ex-ministro ter deixado o cargo acusando o presidente Jair Bolsonaro de interferir politicamente na PF. Segundo fontes citadas pela imprensa, e que participaram da reunião de ontem, o presidente Bolsonaro defendeu trocas no comando da PF do Rio de Janeiro para evitar que familiares e amigos seus fossem “prejudicados” por investigações em curso.

Após a divulgação da notícia na tarde de ontem, Bolsonaro negou ter usado as palavras “Polícia Federal”, “superintendente” e “investigação” durante o encontro, mas ressaltou, contudo, que a interpretação sobre o que foi dito “vai da cabeça de cada um”. (O Globo, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, Valor Econômico, Correio Braziliense)

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