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Gás mais barato geraria R$ 200 bilhões de investimentos – MegaExpresso – edição das 10h

O economista Carlos Langoni, diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getúlio Vargas (FGV), foi entrevistado pelo jornal O Globo sobre o plano da equipe econômica para baratear o custo do gás natural. Langoni é um dos idealizadores do projeto Novo Mercado de Gás, juntamente com a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes.

De acordo com suas estimativas, o plano tem potencial para fazer a taxa de investimentos do Brasil passar dos atuais 16% do PIB para 19% em quatro anos – uma alta que representaria cerca de R$ 200 bilhões.

A reportagem informa que a proposta começou a ser idealizada em reuniões semanais entre Langoni e Guedes, no Rio de Janeiro. A ideia do programa é aproveitar o aumento esperado da oferta de gás com a exploração do pré-sal para alterar regulações que, na prática, favorecem o monopólio da distribuição de gás no país. A principal delas é facilitar o acesso de distribuidoras concorrentes aos gasodutos. Com mais competição, a expectativa é que o preço tenda a cair.

Hoje, o gás no país varia de US$ 12 a US$ 14 por milhão de BTU (unidade de energia). A ideia é que esse custo caia para algo em tomo de US$ 6, ou seja, praticamente a metade. De acordo com Langoni, o custo do gás no Brasil está fora dos padrões internacionais.

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Ele estima que na Europa, por exemplo, não passe de US$ 7 por milhão de BTU. Nos EUA, onde o mercado é totalmente livre, o valor varia de US$ 2 a US$ 3 por milhão de BTU. “É um caso típico de marcos regulatórios, que desestimulam a competição e alavancam o poder de monopólios”, enfatizou.

PANORAMA DA MÍDIA

O jornal O Globo deste sábado (20/04) traz uma reportagem sobre a atuação das milícias cariocas na recuperação de carros roubados, ou seja, assumindo o papel de negociadores junto às chamadas associações de proteção veicular e patrimonial. São cooperativas não reguladas por autarquias que oferecem apólices de seguro com preços bem abaixo dos estipulados pelas seguradoras de mercado.

Ainda no Globo de hoje, foi publicada uma matéria sobre o encerramento do prazo para a entrega das declarações do imposto de renda. Faltam dez dias e 15 milhões de declarações ainda não foram enviadas. O prazo termina no próximo dia 30.

As obras do Minha Casa Minha vida correm risco de serem paralisadas. Este é o destaque de hoje da Folha de S. Paulo. De acordo com a reportagem, sob ameaça das construtoras de parar obras em maio, o governo decidiu liberar R$ 800 milhões adicionais para o programa de habitação popular. O montante, nas contas das empresas, deve ajudar a cobrir R$ 550 milhões em desembolsos atrasados, mas não afasta incertezas para empreendimentos a partir de junho. Para 2019, a dotação orçamentária para o programa seria de R$ 4,6 bilhões.

A principal reportagem do Estado de S. Paulo é sobre despesas dos parlamentares em Brasília. O jornal informa que o Congresso gastou, nos últimos dez anos, R$ 2,8 bilhões para ressarcir deputados e senadores por despesas como alimentação, combustível, fretamento de aeronaves, hospedagem e passagem aérea. Até hoje sem mecanismo para checar se o serviço descrito na nota fiscal foi de fato prestado, o chamado cotão parlamentar da Câmara completa dez anos de sua criação em maio.

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