O preço médio da gasolina nos postos de abastecimento do país subiu 3,0%, para R$ 5,12 por litro na semana que vai de 29 de janeiro a 4 de fevereiro. Na semana anterior, esse preço era de R$ 4,97. As informações são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Após duas semanas de preços estáveis, o litro do insumo voltou a ultrapassar o patamar de R$ 5,00. Isso se deve, quase exclusivamente, a repasses ao preço final do aumento de 7,4% da Petrobras no preço praticado em suas refinarias, anunciado em 24 de janeiro. (O Estado de S. Paulo)
Onda recorde de calor: estudo identifica 19 zonas quentes no Rio
Recordes nos termômetros impressionam no Rio de Janeiro. Participantes de um projeto que une cientistas e voluntários contra as mudanças climáticas observam que a temperatura do ar junto às pessoas e ao solo é maior que a registrada por termômetros de rua e estações meteorológicas, e também varia muito entre os bairros da cidade.
O jornal O Globo informa que uma dessas iniciativas é o Observatório do Calor, programa de monitoramento e mapeamento urbano com participação popular. Esse grupo inclui, entre outros, estudantes, líderes comunitários, garis e vendedores de mate. O Rio é a primeira cidade do Hemisfério Sul a participar do programa criado nos EUA e aqui coordenado pelo Laboratório de Estudos e Pesquisas em Geografia do Clima (GeoClima) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
“Essa é uma iniciativa de ciência cidadã contra as mudanças climáticas. O calor mata, especialmente quem vive e trabalha nos bairros menos arborizados e com maior adensamento populacional. O Rio sofre com a insalubridade térmica. É uma das cidades mais quentes do Brasil e não está preparado para enfrentar a elevação de temperatura e as ondas de calor, cada vez mais frequentes”, afirma Núbia Beray, coordenadora do GeoClima e do Observatório do Calor.
Quando os resultados ficarem prontos, os cientistas proporão medidas de adaptação baseadas nas especificidades do município. De acordo com a reportagem, os dados vão bem além da sensação térmica genérica calculada a partir das estações meteorológicas, e que no calor carioca está mais para insalubridade térmica.
Ontem (4/2), o Rio registrou recordes de temperatura. De acordo com o Alerta Rio, a sensação térmica bateu os 58°C, registrados às 15h no bairro de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, recorde deste verão. A temperatura máxima, que também foi a maior registrada na estação até o momento, ficou em 41,1°C, às 15h45, também em Santa Cruz. A menor sensação térmica foi no Alto da Boa Vista, e esteve longe de ser amena: 40,3ºC às 13h45. Já de acodo com o Climatempo, a temperatura máxima na cidade bateu 38,8º C na Marambaia, também na Zona Oeste da cidade, o que é igualmente recorde deste verão de acordo com as medições usadas pelo site de previsões meteorológicas.
Comunidade na Bahia terá rede de energia pela primeira vez
A comunidade isolada Xique-Xique, situada no município de Remanso (BA), comemora a chegada da energia elétrica de fonte limpa e renovável, por meio da instalação de uma microrrede de energia solar, para as 110 famílias que ali moram. Próxima ao Rio São Francisco, Xique-Xique é uma pequena comunidade, com cerca de 400 habitantes que vivem da agricultura familiar e da produção caseira de mel.
A aproximadamente 720 quilômetros da capital Salvador, a localidade fundada nos anos 1930 recebeu esse nome devido aos inúmeros cactos da espécie encontrados na região. Reportagem do portal Metrópoles informa que, por meio de um projeto inédito no Brasil, que teve início em 2019, a comunidade foi contemplada pela Neoenergia com a instalação de uma usina solar e da rede de distribuição que formam o sistema de microrrede. O evento de inauguração ocorreu no dia 31 de janeiro.
A reportagem explica que o sistema de microrrede é uma alternativa sustentável para viabilizar o fornecimento de energia em comunidades isoladas, onde a expansão de redes de transmissão e distribuição pode ser complexa por causa das condições geográficas, ambientais e estruturais. A energia é proveniente de uma usina solar com 616 painéis instalados, com capacidade de geração de 243 kWp. O sistema poderá garantir um consumo médio de 80 kWh mensais para as residências.
O projeto também contempla o armazenamento por baterias de íon-lítio, com capacidade para garantir o fornecimento por 48 horas quando não houver radiação solar suficiente. Na comunidade foram construídos 26 quilômetros de rede primárias de distribuição e mais 9 quilômetros de rede secundária. Ainda foram instalados 387 postes e 32 transformadores.
França, Índia e Emirados Árabes Unidos selam acordo para projetos de energias renováveis e proteção climática
A França, Índia e Emirados Árabes Unidos informaram ontem (4/2) que selaram um acordo trilateral para conduzir projetos de energia com foco em fontes solares e nucleares. A parceria também busca combater as mudanças climáticas e proteger a biodiversidade, particularmente na região do Oceano Índico.
Os chanceleres dos três países, por meio de uma ligação telefônica, decidiram adotar um roteiro para a implementação da iniciativa. A ligação foi uma continuação de uma primeira reunião ocorrida em setembro à margem da Assembleia Geral da ONU em Nova York. Os governos planejam expandir sua cooperação por meio de iniciativas como a Mangrove Alliance for Climate (MAC), liderada pelos Emirados Árabes Unidos, e a Indo-Pacific Parks Partnership, liderada pela Índia e pela França.
Os países organizarão eventos trilaterais no contexto da presidência indiana do G20 – grupo que reúne os 20 países ricos e em desenvolvimento –, enquanto os Emirados Árabes Unidos sediarão as negociações climáticas da COP28 este ano, de acordo com informação de um comunicado do Ministério de Relações Exteriores da Índia. Foi acordado que os três países devem se concentrar em questões-chave, como poluição por plástico de uso único, desertificação e segurança alimentar no contexto do Ano Internacional do Milho, segundo o comunicado. (Valor Econômico – com informações da agência Associated Press)
Estratégia de Cingapura para o hidrogênio atrai empresas de energia e tecnologia
No esforço para gerar até metade da energia consumida pelo país a partir do hidrogênio até 2050, Cingapura vem recorrendo a algumas de suas maiores empresas de energia e multinacionais estrangeiras para construir a infraestrutura necessária para tornar realidade essa ideia. Os grupos locais Keppel Corp. e Sembcorp Industries, assim como a Mitsubishi Heavy Industries do Japão, estão entre os participantes desse esforço, que corresponde ao cronograma de Cingapura para alcançar as emissões líquidas zero de carbono.
A transição para o hidrogênio permitirá a redução quase total da dependência que Cingapura tem do gás natural para gerar eletricidade, e poderá atrair outros países do Sudeste da Ásia para a cadeia de suprimentos de energia limpa. (Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
O principal destaque da edição deste domingo (5/2) da Folha de S. Paulo é a atividade do garimpo ilegal em terras indígenas. A Terra Indígena Yanomami, entre os estados de Roraima e Amazonas, tem 1.557 hectares ocupados por lavras de garimpo o equivalente a 1.442 campos de futebol. As imagens são inequívocas sobre a destruição local. No entanto, não há vestígio oficial do ouro em Roraima ou produção legal no Amazonas, ressalta a reportagem.
A abertura das crateras ao longo dos anos, seguida do sumiço de um volume ainda incalculável, mas potencialmente gigantesco, de ouro, é interpretado pelos especialistas como um atestado de força econômica da lavra garimpeira, amparada por um arcabouço regulatório com tantas brechas que chega a ser considerado “pró crime”. A regulação da atividade tem brechas e normas como nota fiscal apenas em papel.
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Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo indica que o crescimento de sistemas de inteligência artificial (IA) avançados como o ChatGPT – que introduzem um conceito inédito em forma de textos, imagens e vídeos – põe em risco a sobrevivência de algumas profissões mas pode abrir as portas para novas ocupações. Uma delas é o engenheiro de prompt. Como é um fenômeno recente, porém, o mercado ainda não concluiu se é uma nova profissão ou um novo conjunto de habilidades.
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O jornal O Globo informa que após as eleições no Congresso, emissários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva intensificaram as conversas com partidos que davam sustentação ao governo de Jair Bolsonaro. A investida envolve negociações de cargos de segundo e terceiro escalões para garantir apoio à aprovação de pautas prioritárias do Palácio do Planalto. Responsável pela articulação política, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, já teve reuniões com líderes de Republicanos e União Brasil, além de ter mantido contato com o PP. De acordo com a reportagem, as três siglas têm integrantes dispostos a fazer uma aliança com o novo governo e já deixaram clara a disposição de dialogar.