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Gaspetro: Comitê recomenda que Cade obrigue Compass a se desfazer de parte de distribuidoras – Edição da Tarde

O Valor Econômico informa que a venda da fatia de 51% detida pela Petrobras na Gaspetro, para a Compass, envolve “riscos elevados de práticas anticoncorrenciais”, segundo o Comitê de Monitoramento da Abertura do Mercado de Gás Natural (CMGN).

Em nota técnica enviada ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o comitê recomenda que sejam implementados limites à participação da empresa do grupo Cosan no mercado e que a futura controladora da Gaspetro seja obrigada a vender sua participação em parte das distribuidoras de gás canalizado.

A reportagem explica que a Gaspetro é um holding que reúne participações em 18 concessionárias estaduais. Provocada pelo Cade a se manifestar sobre a venda da Gaspetro para a Compass, o CMGN concluiu que, com a operação, a empresa do grupo Cosan – que já controla a Comgás, maior concessionária de gás do país – passaria a deter influência sobre um conjunto de distribuidoras que respondem por cerca de 76,5% do volume total de gás natural comercializado no Brasil.

O comitê recomendou ao Cade que, caso aprove a operação, em qualquer cenário pós operação, a Compass fique restrita à influência em um conjunto de distribuidoras que representem, no máximo, 30% da demanda total das distribuidoras no mercado atacadista (já incluído, na conta, a Comgás).

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Meta global para eólica offshore é de 308 GW até 2030

Depois de duas semanas de uma agenda intensa na COP 26, lideranças do segmento de energia eólica saíram com a impressão de que o saldo das conversas foi bastante positivo para a fonte, especialmente para os empreendimentos offshore, informa o Canal Energia. A meta apresentada pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC) à Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena) é de 308 GW de projetos desse tipo no mundo até 2030.

A percepção do GWEC é de que é possível potencializar a produção de energia limpa em larga escala, para descarbonizar a economia de muitos países. “Temos visto que o apetite é muito forte para a eólica offshore entre os governos. Muitos estão percebendo que é uma das poucas fontes com escala disponível”, disse o presidente da entidade, Ben Backwell, no encerramento do Brasil Windpower na última sexta-feira (12/11). O evento foi promovido pela Associação Brasileira de Energia Eólica, em parceria com o Grupo Canal Energia/Informa Markets.

Análise: Eletrobras terá que explicar para analistas aumento bilionário de provisões

A Eletrobras encerrou simbolicamente ontem (16/11) à noite a temporada de balanços do terceiro trimestre, na condição de última empresa de grande porte e com participação no Ibovespa a divulgar os resultados. De acordo com análise do Valor Econômico, os números da estatal, que está na lista de privatização do governo, estão tradicionalmente entre os mais difíceis de ser traduzidos para a língua corrente.

A demonstração de resultado do terceiro trimestre começa bem, com aumento expressivo de 50% da receita de vendas, puxado pela contabilização de contratos renovados pelo reperfilamento do componente financeiro da Rede Básica Sistema Existente (RBSE) e pela repactuação do risco hidrológico. O “forte desempenho operacional”, segundo a empresa, resultou num aumento de 70% no chamado Ebitda recorrente, para R$ 5,6 bilhões, um indicador não contábil que acompanhado pelo mercado.

Ainda de acordo com a análise do Valor, as boas notícias param por aí. Talvez aproveitando o resultado operacional forte, a administração resolveu aumentar em cerca de R$ 9 bilhões a provisão para contingências, principalmente relacionadas aos empréstimos compulsórios, uma discussão que se arrasta há décadas. Apesar de uma decisão favorável recente no Superior Tribunal de Justiça (STJ), a administração reclassificou de remoto para provável parte do risco de perda das disputas. Somado a um aumento no pagamento de Imposto de Renda, que dobrou para R$ 3 bilhões, o lucro líquido do período caiu 66%, para R$ 965 milhões.

BNEF: Brasil deve despontar como mercado global de hidrogênio verde

O Brasil deve despontar nos próximos anos como grande mercado de hidrogênio verde. Em painel realizado na última sexta-feira (12/11), durante o Brazil Windpower, o analista do canal especializado em energia da agência Bloomber – Bloomberg New Energy Finance –, James Ellis, revelou que o país deverá ter o menor custo nivelado (LCOH) de hidrogênio verde em 2030 entre todos os mercados analisados, com o índice variando entre US$ 0,84 a US$ 1,31/ Kg. Segundo ele, em 2050 o LCOH deve continuar competitivo, com um LCOH entre US$ 0,55 e US$ 0,57/ Kg. (Canal Energia)

Setor adota rotinas enquanto discute regulamentação da cibersegurança

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) espera aprovar ainda em 2021 a regulamentação sobre segurança cibernética no setor elétrico, de acordo com informação do Canal Energia. Já existe, no entanto, uma interação da Aneel com o Operador Nacional do Sistema Elétrico, que implantou em julho deste ano uma rotina operacional estabelecendo os requisitos mínimos de segurança cibernética.

Para lidar com o desafio da digitalização do setor, o operador construiu um modelo de jornada digital num contexto de transição energética, explicou o diretor de Tecnologia da Informação do ONS, Marcelo Prais, durante apresentação no Brazil Windpower, realizado entre os dias 10 e 12 de novembro. Ele disse que a parceria com a agência reguladora tem permitido avançar muito no setor.

Compromissos do Brasil na COP26 não destravam recursos do Fundo Amazônia

O jornal O Estado de S. Paulo informa que a série de compromissos revistos e assumidos pelo Brasil na Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP26), em Glasgow, na Escócia, não foi o bastante para destravar contribuições bilionárias de países europeus ao Fundo Amazônia, mecanismo que recebia doações estrangeiras para financiar ações de proteção da floresta.

O ingresso de novos recursos foi bloqueado no primeiro ano do governo Jair Bolsonaro, por causa da destruição acelerada do bioma. A Alemanha afirma que não pretende dar mais dinheiro enquanto o Brasil não demonstrar como vai implementar seus compromissos da COP26. Já a Noruega deseja ver nova redução substancial no desmatamento para retomar doações.

A expectativa de diplomatas é de que o novo governo em formação na Alemanha endureça o diálogo ambiental com a equipe do presidente Jair Bolsonaro. Isso porque, com a saída da chanceler Angela Merkel em dezembro, deve assumir o atual vice-chanceler e ministro da Finanças, Olaf Scholz, social-democrata que pretende governar com uma coalizão formada por verdes e liberais. Essa composição com os ambientalistas no poder dará mais peso à pauta climática em Berlim, e a diplomacia alemã não enxerga, no momento, condições de o Brasil cumprir as metas que anunciou na COP26, por falta de recursos e de pessoal.

PANORAMA DA MÍDIA

O portal UOL informa que a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia piorou hoje (17/11) suas projeções oficiais para a inflação e para o Produto Interno Bruto (PIB) tanto em 2021 quanto em 2022. Agora, a estimativa é de alta no PIB de 5,1% este ano, contra os 5,3% anteriores. Para o ano que vem, a projeção passou a 2,1%, de 2,5% em setembro. O mercado segue reduzindo ainda mais suas projeções para a evolução da atividade neste e no próximo ano, segundo boletim Focus divulgado ontem pelo Banco Central (BC). 

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A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que prevê a prorrogação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia até dezembro de 2023. O texto foi analisado em caráter conclusivo e terminativo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, agora, segue para análise do Senado. (O Globo)

 

 

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