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Geração distribuída já representa 11% de toda energia gerada no país – Edição do Dia

A geração de eletricidade pelos próprios consumidores, por meio da geração distribuída (GD), alcançou 23 gigawatts (GW) de capacidade instalada em agosto, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com o uso de painéis solares, esses consumidores reúnem 11% de toda a geração do país (210,7 GW).

Reportagem do Valor Econômico ressalta que o ganho de escala da própria energia supera o ritmo de crescimento das fontes renováveis do modelo de geração centralizada. Nela, grandes parques de energia eólica e solar, projetados para atender o crescimento do mercado, são conectados diretamente às linhas de transmissão. Na GD, o consumidor interage com a rede da distribuidora local.

Com incentivo financeiro à disposição, a GD assumiu o posto de terceira maior fonte de geração do país, atrás das hidrelétricas, com 52%, e da geração eólica, com 13%.

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Senadores querem tratamento diferenciado para hidrogênio verde e veículos elétricos na reforma tributária

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Reportagem do canal CNN Brasil destaca que o grupo de senadores voltado às discussões da reforma tributária avalia incluir, no texto aprovado pela Câmara dos Deputados, um regime diferenciado de impostos para investimentos em hidrogênio verde e veículos elétricos.

De acordo com a reportagem, essa possibilidade já chegou à mesa do relator da reforma no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), e ele tem simpatia pela ideia. Braga acredita que há necessidade de estimular com mais ênfase projetos de transição energética no país.

Diversos setores têm feito campanha intensa, no Congresso Nacional, para receber tratamento especial no novo sistema de impostos. De acordo com apuração da CNN, Braga e outros senadores resistem à ampliação dos setores contemplados com menos impostos. No entanto, hidrogênio verde e veículos elétricos têm sido lembrados pelo grupo como dois segmentos em que algum tipo de exceção é considerado válido.

No caso do hidrogênio verde, empresários defendem a elaboração de um marco legal para atrair mais investimentos no setor. A ideia já foi encampada publicamente, sem detalhes, pelo governo – por meio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Para os veículos elétricos, a mudança avaliada por Braga e por outros senadores é no sentido de salvaguardar, na Proposta de Emenda Constitucional (PEC), a possibilidade de criação de um regime diferenciado de tributos para permitir incentivos à fabricação de veículos elétricos, inclusive em regiões do país – como Sudeste e Sul – que hoje concentram a produção automotiva. 

ISA Cteep recebe aval para executar projeto na Bahia e em Minas Gerais pelo lote 1 do leilão de transmissão

O Valor Econômico informa que a ISA Cteep foi habilitada para o lote 1 do leilão de transmissão nº 01/2023, com a confirmação de sua participação no processo pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Assim, foram concluídas as etapas de governança necessárias para dar continuidade ao processo.

Como consequência, a companhia sai vencedora do Lote 1 com lance de Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 284 milhões para a execução do projeto que está localizado na Bahia e em Minas Gerais e que conta com investimento Aneel de R$ 3,15 bilhões, três subestações e construção de 1.093 km de linhas de transmissão.

Petrobras conclui venda de dois campos de petróleo na Bacia do Espírito Santo para a BW Energy

A Petrobras informa que concluiu ontem (28/8) a transferência da totalidade de sua participação nos conjuntos de concessões marítimas denominados Polo Golfinho e Polo Camarupim, em águas profundas no pós-sal, localizados na Bacia do Espírito Santo, para a empresa BW Energy Maromba do Brasil (BWE).

A operação foi concluída com o pagamento à vista de US$ 12,2 milhões para a Petrobras, já com os ajustes previstos no contrato. O valor recebido ontem se soma ao montante de US$ 3 milhões pagos à Petrobras na ocasião da assinatura do contrato. Além desse montante, é previsto o recebimento pela Petrobras de até US$ 60 milhões em pagamentos contingentes, a depender das cotações futuras do Brent e desenvolvimento dos ativos.

A Petrobras informa, ainda, que os campos cedidos respondem por 6,6% da produção operada pela estatal no Espírito Santo. (Agência Petrobras)

Petrobras firma acordo com dois bancos chineses

A Petrobras assinou ontem (28/8) dois memorandos de entendimento com o China Development Bank (CDB) e o Bank of China. Os acordos com os bancos chineses têm prazo de cinco anos.

Segundo a Petrobras, um dos objetivos dos acordos envolve a avaliação de oportunidades de investimentos e cooperação em iniciativas de baixo carbono e finanças verdes. Os memorandos são de caráter não vinculante e, após a conclusão das análises técnicas e das estimativas de custo, prazo e retorno, os projetos estarão em condições de serem apreciados pelas devidas instâncias de aprovação interna, conforme a governança da companhia. (Agência Petrobras / Valor Econômico)

Novo PAC prevê investimento de R$ 307 milhões em pesquisa mineral; foco é transição energética

O novo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) destinará mais de R$ 307 milhões para impulsionar pesquisas no setor mineral brasileiro, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME). O plano do governo federal tem o objetivo de agilizar a exploração de minerais estratégicos, com foco na transição energética e em fertilizantes.

Projetos sobre a avaliação de depósitos de cobalto, níquel, lítio, terras raras, cobre e grafita, importantes para a transição energética, serão incentivados. (Agência EPBR)

O Brics e a corrida pela transição energética

A Agência EPBR traz uma análise a respeito da nova configuração do Brics, a partir de 1º de janeiro de 2024. O bloco vai incluir seis novos membros – Argentina, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã –, além do grupo formado inicialmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

A análise da EPBR ressalta que os países do agora apelidado de Brics + somam quase metade da produção mundial de petróleo, mas o bloco também pode representar uma grande força na transição energética, reunindo parceiros importantes na produção de energias renováveis, hidrogênio verde e minerais críticos, como lítio e terras raras.

Ainda de acordo com a análise da Agência EPBR, além da disputa política pela substituição da hegemonia do dólar nas transações comerciais, o Brics+ também representa uma corrida pela segurança energética.

Transição energética aquece corrida por insumos estratégicos

Reportagem publicada hoje (29/8) pelo Valor Econômico, em um caderno especial sobre Mineração, destaca que o aumento da demanda mundial por energia limpa está acelerando os investimentos na exploração de jazidas dos chamados minerais críticos ou estratégicos no Brasil.

Nos próximos cinco anos, o país deve investir aproximadamente US$ 8 bilhões nos principais minerais estratégicos, segundo Júlio Nery, diretor de sustentabilidade e assuntos regulatórios do regulatórios do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Só no cobre, a expectativa é que os recursos alcancem US$ 4,47 bilhões, enquanto o níquel desponta em segundo lugar, com previsão de investimentos de US$ 2,3 bilhões.

Brasil ratifica acordo para ampliar restrição a gases HFCs que intensificam efeito estufa

Na última sexta-feira (25/8), foi publicada no Diário Oficial da União a promulgação da Emenda de Kigali, dispositivo criado em 2016 junto à ONU (Organização das Nações Unidas) que amplia a restrição a gases HFCs (hidrofluorcarbonetos), conforme explica esta reportagem da Folha de S. Paulo.

Essas substâncias colaboram para o efeito estufa e estão presentes em aparelhos de refrigeração. O Brasil foi um dos últimos a adotar o acordo, que já foi colocado em prática por mais de 150 nações. O texto tinha sido ratificado pelo Congresso em 2022, mas aguardava a aprovação do Executivo para entrar em vigor.

Sun Mobi e GreenYellow fecham acordo para ofertar energia solar

A Sun Mobi, empresa que atua exclusivamente com geração distribuída, com fonte solar fotovoltaica na modalidade compartilhada, e a GreenYellow fecharam acordo para estender a oferta de energia solar por assinatura às 223 cidades paulistas localizadas na área de concessão da distribuidora Neoenergia Elektro.

A expansão será possibilitada por uma nova usina de cinco megawatts que está em fase final de construção em Américo de Campos, no noroeste do estado de São Paulo. O investimento, de cerca de R$ 30 milhões, é da GreenYellow, responsável pela implantação, operação e manutenção da planta. A SunMobi, por sua vez, fará a comercialização das assinaturas junto aos consumidores. A empresa atua no segmento desde 2016 e, com a parceria, passa a atender 274 municípios paulistas e 399 cidades no Paraná. As informações foram publicadas pelo portal Mercado e Consumo.

Modernização da UHE de Funil, em MG, entra na última fase de obras

A Aliança Energia, empresa mineira que atua nos segmentos de geração e comercialização de energia elétrica, iniciou a terceira e última fase do projeto de renovação da Usina Hidrelétrica de Funil. As obras começaram em 31 de julho e contemplam a modernização da Unidade Geradora 3, vertedouro e tomada d’água. A previsão é que as intervenções sejam concluídas em 90 dias.

Localizada no Rio Grande, entre os municípios de Lavras e Perdões, no Sul de Minas Gerais, a UHE de Funil possui uma capacidade instalada de 180 megawatts (MW). Com essa potência, o empreendimento é suficiente para abastecer uma cidade com 500 mil pessoas. (Diário do Comércio)

Projeto estuda geração solar com baterias no Pará

O Valor Econômico informa que um projeto-piloto desenvolvido por pesquisadores e alunos da Universidade Federal do Pará (UFPA) propõe a criação de um modelo de fornecimento de energia a localidades isoladas da Amazônia, com uso de geração solar e sistemas de armazenamento de eletricidade.

Elaborado em parceria com a Norte Energia, dona da hidrelétrica Belo Monte, o projeto pretende simular em tamanho real o sistema em uma localidade do entorno da usina, em Altamira (PA). O projeto, com prazo de 30 meses, surge na esteira do anúncio do governo de um plano para descarbonizar a geração de energia na Amazônia, no lugar de combustíveis fósseis.

O projeto, que está sendo implementado no âmbito do programa de pesquisa e desenvolvimento (P&D) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), prevê a instalação de uma pequena usina solar, de 100 kilowatts-pico (kWp), de uma microrrede local de distribuição de energia e um sistema híbrido de armazenamento da eletricidade. Esse sistema envolve a instalação de baterias de lítio e bancos de supercapacitores, equipamentos que têm como principal característica carregar e descarregar rapidamente grandes quantidades de energia.

PANORAMA DA MÍDIA

O Globo: Governo taxa fundos e corre para viabilizar meta do arcabouço. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva envia ao Congresso Nacional, na quinta-feira (31/8), o projeto de lei orçamentário de 2024 com um déficit zero — meta que depende de um conjunto de medidas para aumentar a arrecadação federal que ainda precisarão ser viabilizadas pelo Executivo. Parte dessas ações foi colocada em marcha ontem (28/8), com um projeto de lei e uma medida provisória (MP) que tratam de fundos de altíssima renda.

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O Estado de S. Paulo: As medidas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para apertar a tributação dos investimentos da parcela mais rica da população atingem aplicações que somam quase R$ 2 trilhões e têm potencial de arrecadação de R$ 45 bilhões de 2023 a 2026, segundo a pasta. Para 2024, quando o governo tem a meta de zerar o rombo das contas públicas, o governo espera arrecadar R$ 20,33 bilhões com duas propostas: a Medida Provisória (MP) e o projeto de lei assinados ontem (28/8), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Folha de S. Paulo: Fundos exclusivos são investimentos milionários em aplicações como ações ou renda fixa. Já offshores são empresas abertas fora do país de residência, geralmente em paraísos fiscais, onde a tributação é reduzida ou nula, como as Ilhas Cayman. Ambos podem ser usados para evitar pagamentos de impostos. A tributação dos fundos passa a valer imediatamente, uma vez que MPs têm força de lei e devem ser aprovadas em até 120 dias no Congresso para não perder a validade.

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Valor Econômico: Avanço de reformas é visto com otimismo e cautela por líderes empresariais. Na visão desses executivos, que participaram na noite de ontem (28/8) do lançamento do anuário e da premiação do Valor 1000, as reformas em curso, como a tributária, já trazem sinais positivos e contribuem para aprimorar o ambiente de negócios do país – embora seus impactos variem para as diferentes áreas de atividade. O prêmio destaca as 27 companhias de melhor desempenho no país em seus setores. Neste ano, a grande vencedora é a Gerdau, líder no setor de siderurgia, e escolhida como a Empresa do Ano.

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