As usinas de energia de combustível fóssil da China elevaram a geração para um nível recorde no ano passado, já que o boom da energia limpa não conseguiu acompanhar o aumento do consumo de eletricidade na segunda maior economia do mundo.
A produção de usinas térmicas, predominantemente movidas a carvão, subiu 1,5% em 2024 em relação ao ano anterior, de acordo com dados do Bureau Nacional de Estatísticas. O setor de eletricidade é o maior responsável pelas emissões de gases de efeito estufa da China.
A produção de combustíveis fósseis também atingiu novos níveis máximos, com o carvão e o gás natural em níveis recordes, e o petróleo bruto subindo para seu segundo maior total já registrado. (O Globo – com informações da Agência Bloomberg)
Demanda de carga segue indicando projeção de expansão em todas as regiões
O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) para a semana operativa, que vai de 18 a 24 de janeiro, traz cenários prospectivos de avanço na demanda de carga no Sistema Interligado Nacional (SIN) e em todos os subsistemas. A carga no SIN deve acelerar 2,6% (81.730 MWMed).
Entre os submercados, o maior crescimento é do Sul, 7,5% (14.876 MWmed), seguido pelo Norte, 5,2% (7.622 MWmed). O Nordeste e o Sudeste/Centro-Oeste devem registrar expansão de 3,1% (13.688 MWmed) e 0,6% (45.545 MWMed). Os percentuais indicam o avanço das projeções para janeiro de 2025 ante o verificado no mesmo período de 2024.
As estimativas para a Energia Natural Afluente (ENA) ao final de janeiro estão acima de 100% da Média de Longo Termo (MLT) em dois subsistemas: o Norte, com 111% da MLT; e o Nordeste, com 105% da MLT. O Sudeste/Centro-Oeste deve atingir ENA de 97% da MLT em 31 de janeiro. Por fim, a ENA da região Sul pode chegar a 76% da MLT.
Os níveis de Energia Armazenada (EAR) ao final do primeiro mês de 2025 refletem os dados da ENA: todos os subsistemas devem encerrar janeiro acima de 60%. A região Norte pode chegar a 78,3%, e depois vem o Nordeste, com 70,7%. O Sul e o Sudeste/Centro-Oeste também devem atingir 69% e 63,6%, respectivamente. O Custo Marginal de Operação (CMO) está equalizado em todas as regiões no valor de R$ 31,88. (Fonte: ONS)
Angra 1 é desligada do sistema elétrico pela segunda vez em três semanas
A usina nuclear Angra 1 foi desligada do Sistema Interligado Nacional (SIN) no sábado (18/1) à noite, de acordo com a Eletronuclear. É a segunda vez em três semanas que a usina é desconectada do sistema elétrico. Segundo a estatal, a desconexão se deu por causa de um problema no sistema de óleo de selagem do gerador elétrico principal.
Em comunicado, a Eletronuclear afirmou que a ocorrência não tem qualquer relação com a parte nuclear da usina e não apresenta riscos à população, trabalhadores ou ao meio ambiente. “A equipe trabalha para reestabelecer a operação da unidade o mais breve possível”, disse a empresa. (Valor Econômico)
Prio monta equipe para avaliar estreia em leilões de oferta permanente
O jornal O Estado de S. Paulo informa que a petrolífera Prio está montando uma equipe para avaliar a sua possível primeira participação no leilão de oferta permanente de áreas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Segundo o presidente da companhia, Roberto Monteiro, como a empresa ainda não tem experiência em exploração, está sendo necessário convocar geólogos especialistas na área para analisar os blocos em oferta. A ideia é adquirir áreas próximas aos ativos da companhia, aproveitando a sinergia entre os sistemas.
De acordo com Monteiro, o foco da Prio não será buscar grandes reservatórios, “não precisa ter 300 milhões de barris recuperáveis para fazer alguma coisa, 50 milhões de barris já está ótimo, é só ligar na nossa infraestrutura”, explicou. “Você começa a olhar coisas muito menores, 20 milhões, 30 milhões de barris, que dependendo da localização, funciona”, acrescentou.
Credores da Rio Alto deixam decisão sobre antecipação de dívidas para fevereiro
Os credores da empresa de energia renovável Rio Alto decidiram, em assembleia nesta semana, suspender a deliberação sobre a antecipação da dívida da companhia, que quebrou cláusulas do contrato da dívida, os chamados covenants, segundo documento que o Valor Econômico teve acesso. No mesmo encontro decidiram que esse mesmo tema será levado à nova assembleia, já agendada para o dia 10 de fevereiro.
Segundo uma fonte, a decisão ocorreu para não empurrar, neste momento, a Rio Alto para um pedido de recuperação judicial, visto que a empresa está sem caixa para honrar com esses pagamentos. Até lá, a expectativa, no melhor dos cenários, é de uma operação de fusão e aquisição (M&A), algo que poderia mitigar os prejuízos.
PANORAMA DA MÍDIA
A volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos é destaque nesta segunda-feira (20/1) nos principais jornais do país.
Donald John Trump inicia hoje, aos 78 anos, seu segundo e último mandato na Presidência dos Estados Unidos em uma cerimônia mais seleta do que a norma, dentro do Capitólio, sem os tradicionais discurso para a população no National Mall e parada pela Avenida Pensilvânia, abortados pelo frio de -12°C que castiga a capital do país. Após o juramento constitucional, no Salão Oval da Casa Branca ou, como defendem lideranças trumpistas, em uma mesa especialmente instalada no muito mais informal palco da Arena Capital One, no centro da cidade, com capacidade para 20 mil pessoas, o republicano assinará uma série de ordens executivas que darão forma à sua segunda temporada no comando da maior potência global. (O Globo)
As promessas feitas por ele na campanha tiveram tom radical. É hora de saber se vão virar realidade e a que preço. Com a derrota em 2020 para o presidente Joe Biden, que hoje se despede, Trump é um caso raro de presidente de dois mandatos não consecutivos. Os primeiros quatro anos de Trump na Casa Branca, de 2017 a 2021, também dão pistas do que esperar. (Valor Econômico)
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um discurso inflamado neste domingo (19/1), num evento na véspera de sua posse. Ele prometeu impor tarifas comerciais para levar indústrias de volta ao país, aumentar salários, acabar com a inflação e prometeu o fim do que chamou “invasão às fronteiras” americanas, numa referência aos imigrantes ilegais. Ele também afirmou que vai acabar com políticas de diversidade e igualdade e que vai privilegiar o “sistema de mérito”. (O Estado de S. Paulo)
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Folha de S. Paulo: As projeções para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 2025 vêm em trajetória de alta, com a mudança para um patamar mais distante do teto da meta de inflação (4,5%). O cenário, dizem economistas, sinaliza mais dificuldades para o BC (Banco Central) conseguir recolocar o índice dentro do intervalo de tolerância do alvo neste ano, após o estouro da medida de referência em 2024.