Reportagem da Folha de S. Paulo destaca que o governo Lula decidiu dar uma guinada na matriz elétrica nacional, com a realização do principal leilão de energia deste ano voltado exclusivamente à contratação de centenas de pequenas usinas hidrelétricas. No lugar das grandes barragens, entram as chamadas PCHs – pequenas centrais hidrelétricas.
Até o dia 7 de fevereiro, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) vai receber propostas de empresas interessadas em participar do leilão A-5, no qual são contratados projetos que devem entrar em operação daqui a cinco anos. A licitação está prevista para julho.
A reportagem explica que os leilões A-5 costumam ser realizados para contratar projetos de grandes hidrelétricas, mas, desta vez, o certame vai se limitar a projetos com capacidade máxima de 50 megawatts, potência suficiente para atender até 107 mil famílias brasileiras, considerando o consumo médio de energia residencial.
A complexidade do licenciamento ambiental é um dos principais fatores que explicam essa mudança no perfil de contratação dos projetos.
Governo vê 2025 sem risco de desabastecimento hidrelétrico nem uso de térmicas mais caras
O setor elétrico avalia que a atual situação dos reservatórios das principais usinas do país afasta um cenário de risco de desabastecimento de geração de energia pelas hidrelétricas, ao longo de 2025. Isso significa menor necessidade de acessar as usinas térmicas, que são mais caras e poluentes, conforme explica reportagem da Folha de S. Paulo.
Embora o plano de geração de energia seja revisado todos os meses, conforme a necessidade de cada região e o comportamento dos rios, a avaliação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e do Ministério de Minas e Energia (MME) é a de que o ano teve início com um bom estoque de água nas barragens que funcionam como as principais caixas d’água do país.
Os reservatórios estão com volume médio que supera 55% da capacidade plena, permitindo que o período seco — entre maio e novembro— seja ultrapassado sem maiores dificuldades.
Brasil terá bolha de calor nos próximos dias; saiba quais regiões serão afetadas
Uma bolha de calor deve ganhar força ao longo desta semana no centro e norte da Argentina, no Uruguai, Paraguai, região Sul do Brasil, Mato Grosso do Sul e oeste paulista. A informação é da empresa de meteorologia MetSul, que alerta para temperaturas de até 42ºC nessas regiões e tardes escaldantes.
Os termômetros devem escalar com o passar dos dias, atingindo o pico na segunda metade da semana, potencialmente amanhã (16/1). O oeste da região Sul e do Mato Grosso do Sul já vem sofrendo com altas temperaturas desde o último fim de semana. Mas agora, diz a Metsul, essa massa de ar quente deve se espalhar. (O Estado de S. Paulo)
Sanções elevam preço do óleo em cenário incerto, à espera de Trump
Os preços do barril de petróleo sentiram o impacto do anúncio de novas sanções à Rússia pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, informa a Agência EPBR. Na segunda-feira (13/1), o Brent voltou a ultrapassar a casa dos US$ 80 e fechou o dia nos maiores níveis desde agosto.
Analistas apontam que as restrições anunciadas por Biden impactam grandes produtores de óleo e gás, assim como navios, seguradoras e outros agentes envolvidos no comércio internacional dos produtos russos. Entretanto, há incertezas sobre a disposição do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, de manter a política de restrições à Rússia adotada por Biden.
Preços do petróleo devem sofrer com excesso de oferta em 2025 e 2026, diz AIE
Os preços do petróleo estarão sob pressão em 2025 e 2026, já que o crescimento da produção global supera a demanda, avaliou ontem (14/1) a Administração de Informações sobre Energia (AIE), do governo dos EUA.
Analistas esperam um mercado de petróleo com excesso de oferta este ano, depois que o crescimento da demanda diminuiu drasticamente em 2024 nos principais países consumidores: EUA e China.
A AIE afirmou em seu relatório Perspectivas Energéticas de Curto Prazo que espera que os preços do petróleo Brent caiam 8%, chegando a uma média de US$ 74 por barril em 2025, e depois caiam ainda mais, chegando a US$ 66 por barril em 2026. (Folha de S. Paulo – com informações da agência de notícias Reuters)
Weg ultrapassa Vale e torna-se terceira maior empresa da Bolsa
A Weg, empresa de equipamentos elétricos, superou na segunda-feira (13/1) o valor de mercado da mineradora Vale, e se tornou a terceira maior empresa em valor de mercado da Bolsa brasileira.
Com um valor de mercado de R$ 223,4 bilhões, o atual preço supera em pouco mais de R$ 3 bilhões o montante da mineradora, que possuía, ao final do primeiro pregão da semana, R$ 219,9 bilhões em valor de mercado. Os números são da consultoria Elos Ayta. (O Globo)
Ucrânia lança bombardeio massivo contra a Rússia e atinge alvos militares e do setor de energia
Em um ataque massivo com mais de 200 mísseis e drones, a Ucrânia atingiu uma série de instalações dentro da Rússia entre a noite de segunda-feira (13/1) e a madrugada desta terça (14/1), em uma ação descrita por fontes de Kiev como uma das mais eficazes desde que o território russo virou alvo de ações ofensivas ucranianas.
Autoridades afirmam que uma fábrica de armas e uma central de gás natural estão entre os locais atingidos, enquanto Moscou acusou o país inimigo de utilizar mísseis ocidentais de longo alcance. (O Globo)
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: O Brasil terá um dos maiores déficits nominais do mundo em 2024 e 2025, em um nível bem acima de outras economias emergentes. O déficit nominal considera o resultado primário (receitas menos despesas) mais os gastos com juros. Ele é importante porque é o que determina a trajetória da dívida pública, que está no foco dos investidores e por trás da forte piora nos preços dos ativos locais.
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Folha de S. Paulo: A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de vetar trechos do projeto de renegociação das dívidas dos estados frustrou expectativas de governadores e pode dificultar a adesão de parte dos entes mais endividados, segundo interlocutores dessas administrações ouvidos pela Folha.
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O Estado de S. Paulo: O governo brasileiro tem tido mais dificuldades para vender títulos da dívida pública nos últimos meses, em meio a uma disparada das taxas, que atingiram níveis recordes. A desconfiança dos investidores no País e uma cobrança por medidas efetivas de controle de despesas ajudam a explicar o cenário, segundo analistas financeiros. O Tesouro Nacional, por outro lado, afirma que não há crise de confiança e que a demanda tem sido consistente, apesar do estresse no mercado.
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O Globo: Sob uma onda de fake news e uma série de dúvidas nos brasileiros a respeito da tributação, o número de transações do Pix registrou nos primeiros dias de janeiro a maior queda em relação ao mês anterior desde o lançamento do sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central, em novembro de 2020.