O Ministério da Gestão e da Inovação se antecipou à rejeição do Sinagências (Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação) à proposta de reajuste salarial apresentada no dia 29 de julho e marcou uma nova rodada de negociação com o sindicato para 13 de agosto.
Já o Sinagências informou que se reunirá na hoje (7/8) para deliberar a proposta do governo, mas sinalizou que a oferta será rejeitada. O sindicato disse que a proposta “nem sequer cobre as perdas inflacionárias dos últimos anos”.
Essa será a segunda recusa de uma proposta do governo para aplacar os funcionários das agências reguladoras. A categoria já realizou uma paralisação nacional de 48 horas, de 31 de julho a 1º de agosto, e não estão descartadas novas ações caso a demanda pela reestruturação das carreiras não seja atendida.
Os funcionários das agências reguladoras pedem que as carreiras sejam equiparadas a outras do serviço público. Essa demanda busca tornar a carreira mais atraente para evitar a fuga de cérebros para diferentes cargos e preencher as vagas nas agências. (Poder 360)
Aneel prorroga por 36 meses o prazo para subsídio de projetos de energia renovável
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) publicou despacho prorrogando em 36 meses o prazo para que projetos de energia renovável iniciem a operação comercial de todas as suas unidades geradoras e tenham direito a descontos nas tarifas de transmissão e distribuição (respectivamente, TUST e TUSD), conforme estabelecido por medida provisória.
Para Elbia Gannoum, presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), a ordem da agência ajudará a indústria a superar uma “crise estrutural”.
Carlos Dornellas, diretor técnico e regulatório da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), acredita que haverá demanda suficiente para justificar os novos projetos. Foram contempladas com o benefício 601 usinas, com capacidade instalada de 25.521 MW.
O estado com maior número de usinas aprovadas foi a Bahia, com 232 usinas totalizando 9.250 MW, seguida pelo Rio Grande do Norte, com 69 e 3.163 MW, e Minas Gerais com 65 e 2.724 MW. As informações foram publicadas pelo portal BNamericas.
EUA investirão US$ 2,2 bilhões para reformar a rede elétrica nacional
A Agência CMA informa que o governo norte-americano anunciou um investimento de US$ 2,2 bilhões para modernizar a rede elétrica dos Estados Unidos, com o objetivo de protegê-la contra as crescentes ameaças de eventos climáticos extremos.
A reportagem explica que o governo dos Estados Unidos está trabalhando para atualizar o sistema de transmissão elétrica do país, que enfrenta pressão devido às condições meteorológicas extremas e ao aumento no número de data centers que consomem muita energia.
As melhorias na rede adicionarão quase 13 gigawatts (GW) de capacidade e permitirão um aumento na fabricação, na criação de novos data centers e na transmissão de energia renovável, informou o Departamento de Energia. O financiamento apoiará oito projetos em 18 estados.
A secretária de Energia dos Estados Unidos, Jennifer M. Granholm, destacou a urgência da medida, citando que a primeira metade de 2024 já quebrou recordes de dias mais quentes da história da Terra e que o clima extremo continua afetando todo o país.
Aneel autoriza operação comercial de 15 unidades do Conjunto Eólico Serra do Assuruá, da Engie
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a entrada em operação comercial de 15 unidades do Conjunto Eólico Serra do Assuruá, informou a Engie Brasil. O conjunto equivale a 8% da capacidade instalada total.
O Conjunto Serra do Assuruá está localizado em Gentio do Ouro, na Bahia, e será composto por 24 parques eólicos, com 188 aerogeradores e capacidade instalada total de 846 megawatts (MW). (Valor Econômico)
CCEE contabilizou R$ 3,3 bilhões em valores brutos no Mercado de Curto Prazo de junho de 2024
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), no âmbito da operação mensal do Mercado de Curto Prazo (MCP), divulgou que o mecanismo contabilizou o equivalente a R$ 3,3 bilhões em valores brutos em junho de 2024.
O cálculo considera toda a geração do país valorada ao Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) e demonstra o porte das negociações de compra e venda de energia geridas pela organização.
Deste total, descontados os efeitos combinados dos contratos bilaterais transacionados para o período, resulta o montante de R$ 1,1 bilhão referente à liquidação das diferenças. Somando os encargos, ajustes e demais operações relacionadas, chega-se a uma liquidação conjunta de R$ 1,73 bilhão.
Com seca severa, Rio Madeira chega a menor nível em quase 60 anos
Com registros alarmantes a cada dia e que indicam mínimas históricas no Rio Madeira, a prefeitura de Porto Velho divulgou ontem (6/8) uma recomendação para que os cidadãos façam “uso essencial” de água e evitem ao máximo o desperdício.
Em situação de seca crítica, a Região Norte enfrenta os reflexos de seguidas estiagens registradas nos últimos anos. Ontem, o Rio Madeira chegou a 2,07 metros em Porto Velho, o nível mais baixo já verificado para essa época do ano desde que os dados começaram a ser coletados, em 1967. No final do mês de julho, a situação era a mesma: 2,45 metros, a menor marca para o período.
Ao se aproximar da cota dos 2 metros, os dados indicam a gravidade do cenário. No dia 6 de outubro de 2023, segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), foi registrada a cota mais baixa da história: 1,10 m. (Agência Brasil)
Gás de estatal da Colômbia pode não chegar ao Brasil
A descoberta de gás natural na Colômbia confirmada pela Petrobras na segunda-feira (5/8) tem como principal beneficiado o país andino. Porém, pode ajudar a companhia a aumentar as reservas, num momento em que se discute o declínio do pré-sal a partir da próxima década, de acordo com analistas ouvidos pela reportagem do Valor Econômico.
A Petrobras confirmou a descoberta de gás natural na Bacia de Guajira, após a perfuração de mais um poço exploratório em um bloco chamado Tayrona, do qual é operadora. A companhia já havia descoberto gás em 2022, com a perfuração do poço Uchuva-1. Agora, com o Uchuva-2, a presença de gás foi confirmada e agrega informações para o desenvolvimento do bloco. A Petrobras disse em nota que segue com os estudos em relação às descobertas nos poços Uchuva-1 e Uchuva-2.
Segundo Eric Eyberg, chefe da área de gás e energia da S&P Global, ainda vai demorar para saber se será possível exportar o produto para outros países, como o Brasil, em forma de gás natural liquefeito (GNL). Eyberg afirmou que neste primeiro momento a Colômbia precisa aumentar a oferta doméstica de gás, e a descoberta da Petrobras irá favorecer o cenário para o país.
PANORAMA DA MÍDIA
O Banco Central (BC) avisa que não hesitará em subir juros contra a inflação. A notícia é destaque, hoje (7/8), na mídia.
A ata da mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) mostra que o Banco Central, apesar de ter mantido a taxa Selic em 10,50% ao ano, endureceu o discurso sobre a condução da política monetária. O BC avisou que “não hesitará” em elevar a taxa de juros para “assegurar a convergência da inflação à meta se julgar apropriado”. (O Estado de S. Paulo)
A afirmação foi feita de forma unânime por todos os diretores do colegiado, inclusive por aqueles indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem criticado recorrentemente o presidente do BC, Roberto Campos Neto, por conta do patamar de juros. (O Globo)
Por óbvio, a mera possibilidade de elevar a já escorchante Selic é, em si, má notícia, com riscos para a atividade econômica, o emprego e o endividamento público e privado. Dado o contexto, porém, é bem-vinda a mostra de compromisso da autoridade monetária com o controle da inflação. (editorial da Folha de S. Paulo)
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Valor Econômico: Empresas com graves problemas financeiros e que enfrentam processos de reestruturação têm sido vendidas por valores simbólicos, numa operação em que o comprador assume as dívidas. Esse foi o caso da varejista Dia, companhia em recuperação judicial, negociada por € 100. O controlador espanhol tentou primeiro vender a empresa no Brasil, antes de entrar na Justiça com pedido de proteção contra credores.