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Governo apoia técnicos para CCEE e ONS – Edição da Manhã

Em reportagem publicada na edição desta quarta-feira (01/04), o Valor Econômico destaca que nos próximos dois meses, autoridades do setor elétrico brasileiro serão substituídas em seus cargos.

Em abril, terminam os mandatos de três integrantes do conselho de administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). No mês seguinte, pode haver a troca em três diretorias do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Para as vagas da CCEE, as escolhas deverão ser feitas por agentes do setor. Já no ONS, a principal indicação, para a diretoria-geral, será definida pelo Ministério de Minas e Energia (MME). As outras duas vagas disponíveis devem ser indicadas pelos agentes. As três indicações, porém, precisam passar pelo crivo do conselho de administração do operador.

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Conforme apuração do Valor Econômico, até o momento, os nomes cogitados para a diretoria-geral são de perfil técnico, com experiência no setor elétrico. Com relação às demais indicações, o MME tem sinalizado a interlocutores que não vai interferir nas escolhas.

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Entre os mandatos que terminam em maio no ONS está o do diretor-geral do órgão, Luiz Eduardo Barata. Como ele está em seu primeiro mandato, porém, ainda cabe recondução, se for do interesse do governo.

Na CCEE, também há a possibilidade da recondução de Talita Porto, conselheira da instituição em primeiro mandato, que preenche vaga destinada ao setor de geração – essa hipótese é considerada como a mais provável, já que os agentes não têm falado em outros nomes para a posição. A reportagem informa que, além desses, outros postos serão abertos.

Covid-19 leva Petrobras a renegociar contratos de gás

Em meio à crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus e os seus efeitos sobre o consumo de gás natural no Brasil, a Petrobras, distribuidoras e transportadoras de gás iniciaram uma rodada de renegociação geral das condições de seus contratos, segundo fontes consultadas pelo Valor Econômico.

O desequilíbrio do mercado provocou a necessidade de um rearranjo geral das relações comerciais no setor, a ponto de a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) ter sido chamada para mediar os acordos. Todas as concessionárias estaduais recorreram às cláusulas de força maior e pedem a revisão das penalidades dos seus contratos de fornecimento com a petroleira, apurou a reportagem.

Ao mesmo tempo, a Petrobras alega o mesmo motivo para pedir a flexibilização de seus contratos com as transportadoras. Em meio a essa disputa, a estatal anunciou ontem a abertura do processo de desinvestimentos de seus 10% remanescentes na Nova Transportadora do Sudeste (NTS).

Coronavírus castiga ações da Petrobras na Bolsa de Nova York

O jornal O Estado de S. Paulo informa que a Petrobras é a petroleira que mais está sendo afetada pelo coronavírus entre as gigantes do setor. Com a cotação do barril em queda livre, o valor de mercado da petroleira na Bolsa de Nova York recuou 57% em um mês, até a última sexta-feira.

A distância é de cerca de 30 pontos porcentuais em relação à contração da Shell (de 25,8%) e da Exxon (que retraiu outros 25,8%). A chinesa Sinopec foi a menos afetada (-8%). Os dados são do Instituto Nacional de Estudos Estratégicos de Petróleo (Ineep).

Segundo Rodrigo Leão, diretor técnico do Ineep, a estratégia de se concentrar na exploração e produção de petróleo da Petrobrás — enquanto as concorrentes diversificam o investimento em outros segmentos, como no refino e petroquímico — ajudou a penalizar a estatal. Isso porque a empresa ficou mais suscetível às oscilações do preço do petróleo

Empresas levantam R$ 1,35 bi em debêntures, apesar da turbulência

A turbulência dos mercados, que limitou a oferta de crédito, não impediu que sete empresas captassem R$ 1,35 bilhão em debêntures semana passada, informa o Valor Econômico. As operações já tinham sido negociadas com bancos, que liberaram os recursos respeitando as condições pré-acordadas, apesar da mudança de cenário.

Além dessas sete empresas, outras companhias, de diferentes setores, captaram recursos por meio de debêntures. No setor elétrico, a reportagem destaca a Órigo Energia, que fez a sua primeira emissão, de R$ 50 milhões, coordenada pelo Itaú BBA. Os papéis têm prazo de sete anos e saíram a CDI mais 4,5%. A companhia, que tem entre seus acionistas a japonesa Mitsui e o TPG Alternative & Renewable Technologies, usará os recursos para financiar a construção de três novas fazendas solares em Minas Gerais, além de refinanciar uma já construída.

PANORAMA DA MÍDIA

Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo, com base em dados compilados pela plataforma colaborativa Brasil.io, que considera boletins divulgados diariamente pelas 27 Secretarias Estaduais de Saúde, mostra que pelo menos metade da população brasileira vive em cidades que já registraram casos confirmados de coronavírus.

O total de municípios com infecções reportadas cresceu dez vezes nos últimos 15 dias e já chega a 362. Embora esse número represente apenas 6,5% do total de cidades do País, o surto atinge parcela expressiva da população por estar concentrado nas áreas mais populosas do Brasil.

Abril é o mês decisivo no combate à pandemia de coronavírus, destaca o Correio Braziliense. É em abril que o Ministério da Saúde estima colocar em prática parte das preparações de enfrentamento à convid-19. Em um cenário de transmissão sustentada cada vez mais consolidado, os vazios assistenciais e a impossibilidade de isolamentos sociais em comunidades mais vulneráveis têm sido ponto preocupante e motivo de discussão do Gabinete de Crise contra a pandemia.

Após 34 dias da chegada da doença ao país, o Ministério da Saúde informou que, em apenas 24 horas, haviam sido confirmados 1.138 novos casos de contaminação, que já atingiu 5.717 pessoas. O número de mortos também cresceu de forma acelerada, chegando a 42 em um dia – já são 201 vítimas fatais desde o primeiro falecimento pela Covid-19 no país, há exatos 15 dias.

Segundo o jornal O Globo, o presidente Jair Bolsonaro ouviu o Supremo Tribunal Federal (STF) e ministros de seu governo para mudar a forma como vinha expressando suas convicções. O pronunciamento feito ontem (31/03) à noite em rede nacional de rádio e televisão refletiu a gravidade do momento.

A Folha de S. Paulo também destaca a mudança de tom no discurso do presidente Jair Bolsonaro. Em seu quarto pronunciamento sobre a crise do novo coronavírus, o presidente pediu um pacto nacional para o enfrentamento à pandemia.

O Valor Econômico traz um balanço sobre as perdas paras os investidores no mês de março. O mês chegou ao fim com perdas que os investidores jamais imaginaram no início do ano. Sob o impacto do avanço das infecções provocadas pelo novo coronavírus em todo o mundo, o Índice Bovespa, que reúne as principais ações negociadas na B3, teve queda de 29,9% em março. Foi o pior mês da Bolsa paulista em quase 22 anos. Desde o início do ano, a queda acumulada é de 36,86%.

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