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Governo coloca “jabuti” sobre conselho da CCEE em decreto das distribuidoras– Edição do Dia

O governo incluiu um “jabuti” sobre a governança da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) no Decreto 12.068/2024.

CCEE - sala/ Créditos: Divulgação
CCEE - sala/ Créditos: Divulgação

Reportagem da Agência Infra destaca que o governo incluiu um “jabuti” (emenda parlamentar alheia ao tema principal de um texto legal discutido no Legislativo) sobre a governança da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) no Decreto 12.068/2024, que regulamenta os contratos das concessões de distribuição de energia elétrica, publicado na última sexta-feira (21/6).

O artigo 21 do decreto diz que o conselho de administração da CCEE “será integrado por oito membros, eleitos em assembleia geral, com mandatos de dois anos, permitidas duas reconduções, e indicados, em conjunto com os respectivos suplentes”.

Segundo fontes da reportagem, há descontentamento do governo com a convenção da câmara aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Também houve insatisfação com a determinação, pela agência, de que algumas das vagas teriam apenas um ano de mandato. O “jabuti” retoma prazo de validade de dois anos para todos.

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Consumo de eletricidade do Brasil cresce 7,3% no primeiro trimestre em base anual

O Valor Econômico informa que o consumo de eletricidade do Brasil aumentou 7,3% no primeiro trimestre de 2024 na comparação com o mesmo período do ano passado. O maior índice de aumento, 12,3%, foi na classe residencial. As classes comercial e industrial também tiveram expansão relevante, de 8,4% e 3,8%, respectivamente.

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Os dados constam do Boletim Trimestral de Consumo de Eletricidade da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). De janeiro a março deste ano, o consumo de energia elétrica da classe comercial atingiu o maior valor trimestral desde o início da série histórica da EPE em 2004: 26.942 Gwh e superou o recorde registrado no último trimestre do ano passado. A taxa de consumo de eletricidade da classe cresceu 8,4% nos três primeiros meses do ano em comparação com o mesmo trimestre de 2023.

O novo presidente da Schneider Electric no Brasil

O jornal O Globo (coluna Capital) informa que a gigante francesa Schneider Electric, que vende produtos e serviços para o setor de distribuição elétrica, vai trocar seu presidente no Brasil. O argentino Roberto Rossi, que presidia a operação na Indonésia e no Timor Leste, vai substituir Marcos Matias a partir de segunda-feira, 1º de julho. O destino de Matias ainda não foi anunciado, mas o executivo deve continuar na companhia, segundo apurou a coluna.

Rossi, que ficava baseado em Jacarta, é formado em engenharia elétrica pela Universidad Tecnológica Nacional de Buenos Aires e está há mais de 25 anos no setor, sendo 15 na Schneider Electric. Antes, o executivo ocupou a vice-presidência da unidade de negócios de Power Systems na América do Sul e ocupado posição comercial que já incluía o mercado do Brasil.

Servidores ambientais iniciam greve em cinco estados com exceções para fogo e desastres como no RS

Os servidores ambientais de cinco estados iniciaram greve ontem (24/6) e reivindicam ao governo Lula (PT) melhores condições de trabalho, reestruturação da carreira e reajuste salarial.

A categoria manterá apenas algumas atividades, sob regime especial, voltadas sobretudo a emergências. Assim, mesmo que estados como Mato Grosso do Sul, Mato Grosso ou Rio Grande do Sul entrem na paralisação, o combate ao fogo – em razão da seca histórica do Pantanal – e o atendimento a desastres – como o caso das chuvas no Sul – seguem funcionando.

“As servidoras e os servidores ambientais federais de todo o país se unirão em uma paralisação nacional, em uma greve da área, com intensificação após a adesão dos demais estados no próximo dia 1º. Somente ações essenciais e emergenciais, e em números mínimos, terão atividades realizadas”, afirmou Cleberson Zavaski, presidente da Ascema, a associação nacional dos servidores ambientais.

A demanda pela valorização dos profissionais de Ministério do Meio Ambiente, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Serviço Florestal e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) vem desde o final de 2022, na transição para o terceiro governo de Lula. O argumento dos servidores é de que a carreira foi sucateada e assediada durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e, mesmo assim, resistiu ao desmonte da política ambiental, fato que deveria ser valorizado pelo petista. As informações foram publicadas pelo Valor Econômico.

ONS confirma retorno à operação da UHE 14 de julho

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Companhia Energética Rio das Antas (Ceran), responsável pelo ativo, retomaram na quinta-feira (20/6) a operação da UHE 14 de

Julho, localizada no Rio das Antas. A usina estava indisponível desde o dia 1º de maio, em virtude das fortes chuvas no Rio Grande do Sul, que causaram o rompimento parcial do trecho direito da barragem.

Dos ativos da rede impactados pelo evento já retornaram à operação 19 linhas de transmissão, oito transformadores e duas usinas. Além disso, seis linhas temporárias (uma de 525 kV e cinco de 230 kV) foram energizadas aproveitando trechos de linhas existentes, mas sem condição de operar em sua forma original. Seguem fora de operação 16 linhas de transmissão, seis transformadores e duas usinas. (Fonte: ONS)

Petrobras, Gerdau e Naturgy assinaram, na semana passada, primeiro contrato para fornecimento de gás natural no mercado livre do RJ

A Petrobras, a Gerdau e a Naturgy assinaram, no dia 21 de junho, os contratos para o fornecimento de gás natural no ambiente livre de comercialização para atendimento à Cosigua, unidade de produção de aços longos da Gerdau, localizada no Rio de Janeiro (RJ).

O acordo marca a primeira migração de um cliente do mercado industrial cativo para o mercado livre no estado fluminense, tornando a planta da companhia a primeira consumidora de gás a mudar para este modelo de comercialização no estado, cujas novas regras foram recentemente aprovadas pela agência reguladora do Rio de Janeiro. (Fonte: Agência Petrobras)

Geração de energia por biomassa teve crescimento de 4% no Brasil em 2023

O Brasil registrou um aumento na exportação de energia elétrica para o Sistema Interligado Nacional (SIN) proveniente de termelétricas movidas a biomassas, atingindo 53,854 TWh em 2023. O volume representa um aumento de 4% em relação à geração do ano anterior.

Os dados foram revelados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) durante a divulgação do Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2024, que apresenta informações detalhadas sobre a geração de energia por fontes.

A contribuição da biomassa, que inclui a geração de energia com resíduos como bagaço de cana, lenha e lixívia, foi a terceira maior entre as fontes listadas pela EPE, atrás apenas da Geração hidráulica (425,996 TWh) e Eólica (95.801 TWh), ficando à frente da Solar (50.633 TWh). O resultado da cogeração a biomassas é o segundo maior valor de geração da série histórica do Anuário Estatístico da EPE, atrás apenas do ano de 2020 que registrou a geração de 55,613 TWh. (portal Petronotícias)

Promessa de Biden, projeto de hidrogênio verde enfrenta oposição maior nos EUA

Uma das bandeiras do governo Joe Biden, o projeto de hidrogênio verde enfrenta dificuldades com o aumento da oposição da sociedade local, mostrando a complexidade para se implementar uma tecnologia que era considerada fundamental para a transição energética.

O hub ARCH2 (Appalachian Regional Clean Hydrogen Hub), que inclui uma bacia de xisto que ocupa três estados no país (Virgínia Ocidental, Ohio e Pensilvânia), foi projetado para produzir hidrogênio usando principalmente gás e captura de carbono até meados de 2030.

Mas o projeto de US$ 6 bilhões, que inclui empresas de combustíveis fósseis como EQT, CNX e Marathon Petroleum como desenvolvedores, enfrenta oposição de comunidades locais e grupos ambientais e ainda é questionado sobre sua viabilidade comercial. (Folha de S. Paulo – conteúdo do jornal Financial Times)

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: Os preços das commodities agrícolas influenciaram de formas distintas os resultados financeiros das empresas do setor no 1º trimestre. Se para os frigoríficos a queda dos preços de soja e milho baixou custos da ração animal e melhorou margens, para produtoras de grãos o efeito foi negativo. Chamou atenção de analistas a forte resiliência interna, que pode continuar. “A demanda no mercado doméstico não era esperada”, diz Leonardo Alencar, da XP.

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Folha de S. Paulo: O diretor Gabriel Galípolo (Política Monetária) manteve o favoritismo na disputa pela presidência do Banco Central, apesar de votar no Copom (Comitê de Política Monetária) pela interrupção da queda dos juros –diferentemente do que queria o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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O Estado de S. Paulo: O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) prevê realizar até 800 mil perícias presenciais do Benefício por Incapacidade Temporária, o antigo auxílio-doença, e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) até dezembro deste ano. Esse último é pago a idosos e pessoas de baixa renda com deficiência e preocupa o governo pela sua forte trajetória de expansão.

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O Globo: Sai o casacão e entra o corta vento. O calor atípico no inverno — mesmo com a chegada de chuva, a perspectiva é que o frio, se chegar, venha só em agosto — fará o varejo de vestuário e calçados amargar uma retração de 4,1% nas vendas este ano. Essa é a projeção da Confederação Nacional do Comércio (CNC), que reúne as empresas do setor, em estudo antecipado para o Globo.