A ausência de concorrência de empresas estrangeiras nos dois leilões realizados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta semana, reforçou o discurso do governo por mudanças nas regras de concessão de áreas do pré-sal. Os jornais Folha de S. Paulo, Correio Braziliense e O Estado de S. Paulo publicaram matérias a respeito.
A Folha informa que o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, admitiu que mudanças serão estudadas para melhorar a atratividade das próximas licitações. Além disso, o governo declarou apoio ao projeto de lei do senador José Serra (PSDB-SP) que acaba com o direito de preferência da Petrobras e flexibiliza o regime de partilha da produção.
A proposta dá ao governo direito de optar por oferecer áreas nesse regime – que prevê presença estatal nos consórcios – ou em contratos de concessão, modelo preferido das petroleiras internacionais.
O Correio Braziliense destacou informação do ministro Bento Albuquerque, de que há projetos de lei no Congresso para aperfeiçoar o marco legal. “Temos que aprender com os leilões realizados este ano. As áreas que não foram arrematadas vão voltar, num futuro próximo, em novo leilão.”
O Estado de S. Paulo lembra que a mudança regulatória para o pré-sal já era alvo de análise no Congresso Nacional antes mesmo da realização dos dois leilões desta semana. Com o resultado negativo, ganhou força a ideia de alterar as regras.
Petrobras quer antecipar acordo de coparticipação com chineses em área do pré-sal
Em matéria publicada na manhã de hoje (08/11), o portal do Valor Econômico informa que, segundo o diretor de exploração e produção da Petrobras, Carlos Alberto Oliveira, a intenção da empresa é antecipar o acordo de coparticipação com os sócios minoritários chineses (CNODC e CNOOC), na área do pré-sal de Búzios. Nesta sexta-feira, o executivo participou de teleconferência sobre desempenho da companhia nos leilões de petróleo realizados nesta semana.
A licitação dos excedentes da cessão onerosa menciona que o limite para a assinatura do acordo vai até outubro de 2021, mas o executivo afirmou que o objetivo é fechá-lo até dezembro de 2020. Oliveira disse, ainda, que a companhia quer dobrar o número de plataformas no campo de Búzios. Segundo ele, a expectativa é ter mais cinco plataformas na área, a partir de 2024. A ideia é que cada uma delas seja instalada ano a ano. Búzios possui quatro plataformas instaladas e mais uma prevista para 2022.
Petrobras prepara nova oferta de ações para reduzir mais sua participação na BR Distribuidora
O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou hoje (08/11) que a estatal prepara para 2020 nova oferta de ações da BR Distribuidora, com o objetivo de reduzir ainda mais sua fatia na empresa. Em duas ofertas desde 2017, a Petrobras deixou de ser a única acionista para uma participação de 41,25%. Com as operações, arrecadou R$ 13 bilhões, como parte de seu plano de venda de ativos para pagar dívidas.
“Vamos ficar mais minoritários ainda, porque temos em mente no próximo ano fazer outra operação de mercado de capitais e reduzir substancialmente a nossa participação”, disse Castello Branco. A BR é a maior distribuidora de combustíveis do país. (Fonte: Folha de S. Paulo)
Após compra da Liquigás, Copagaz será líder do setor
A compra da Liquigás, subsidiária distribuidora de botijões de gás da Petrobras, por um consórcio liderado pela Copagaz, que foi informado pela Petrobras ontem (07/11), deve ser confirmado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e não deve resultar em alta de preços (de gás de cozinha), avaliam especialistas ouvidos pela reportagem do Globo.
A soma das fatias de mercado da Liquigás e da Copagaz no país não ultrapassará 30% do mercado de botijões, de acordo com dados do sindicato do setor. A reportagem lembra que em 2018, o Cade impediu a compra da Liquigás pela Ultragaz porque, juntas, as duas empresas teriam uma fatia de 45,6% do mercado de botijões de gás no país.
Conferência sobre energia eólica vai ser realizada no RJ
A World Wind Energy Association (WWEA), associação que reúne cerca de 600 membros distribuídos por 106 países irá realizar a 18ª edição de sua conferência internacional entre os dias 25 e 27 de novembro, no Rio de Janeiro. O tema do encontro será “Integração em larga escala da energia eólica”. A programação será voltada para empresários, pesquisadores, agentes financeiros e de políticas públicas.
A WWEA foi fundada em 2001 e trabalha pela expansão das fontes renováveis no mundo. A associação publica estatísticas anuais sobre o setor e atua como plataforma de transferência de tecnologia entre entidades e países. (Fonte: Canal Energia)
PANORAMA DA MÍDIA
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu hoje (08/11) à Justiça que o petista deixe a prisão imediatamente. Os advogados se basearam na decisão de ontem do Supremo Tribunal Federal (STF), que passou a proibir prisão após condenação em segunda instância. A Justiça não tem prazo para decidir a respeito do pedido. A informação é do portal UOL.
“O plano Guedes” é a manchete da edição da revista IstoÉ Dinheiro que começa a circular hoje (08/11). A reportagem cita as propostas de emenda à Constituição (PECs) enviadas ao Congresso pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta semana. A matéria de capa inclui análises sobre o impacto positivo das PECs no crescimento da economia, atração de investidores e geração de empregos. O plano que foi entregue ao Congresso prevê profunda reestruturação da máquina pública brasileira.
A revista Época traz como destaque a redução da participação de generais da reserva no Palácio do Planalto, situação agravada pela saída do chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), general Maynard Santa Rosa, na segunda-feira (04/11). A revista apresenta, ainda, uma matéria sobre as possibilidades do Brasil no contexto mundial do petróleo.
A revista Veja preparou uma matéria sobre o porteiro do condomínio Vivendas da Barra, Alberto Jorge Mateus. Nesse condomínio, no Rio de Janeiro, o presidente Jair Bolsonaro residia até ser eleito, no ano passado. Mateus ficou conhecido por causa de reportagem do Jornal Nacional, apresentada recentemente, que cita depoimento dado por ele à polícia, no caso Marielle Franco.