O Valor Econômico informa que o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, chamou as gigantes internacionais do petróleo para reuniões nesta semana em Brasília, com o objetivo de discutir os resultados dos últimos leilões do pré-sal. O ministro quer entender o que levou as “majors” – como são conhecidas no mercado as grandes empresas da indústria petrolífera – a desistir em bloco do que era considerado pelo governo brasileiro um novo marco no desenvolvimento do setor.
De acordo com a reportagem, Albuquerque pretende chamar todas as companhias que se cadastraram para os leilões da última semana – 14 para disputar os excedentes da cessão onerosa e 17 para a 6ª Rodada de Partilha de Produção do pré-sal. “Vamos procurar uma a uma, fazer o “one-on-one”, como fizemos antes do leilão, para saber. Porque a gente tem que preparar os leilões do ano que vem”, disse Albuquerque.
MegaWhat chega ao mercado oferecendo dados e análises sobre óleo, gás e energia
O portal Petronotícias traz hoje (11/11) uma entrevista com Ana Carla Petti, presidente da MegaWhat Consultoria, e Larissa Araium, líder da plataforma de inteligência MegaWhat, que falam sobre os objetivos da empresa geradora de dados e análises para os mercados de energia, óleo e gás.
Inicialmente, a empresa está oferecendo seus dados e análises gratuitamente e, para o próximo ano, a ideia é ofertar cursos à distância, além de desenvolver novos tipos de conteúdos para seu público. “A partir da análise de métricas e do feedback que os usuários nos dão, poderemos desenvolver novos conteúdos e produtos, além de aprimorar a usabilidade da plataforma”, disse Ana Carla.
A executiva explicou que, no início, o objetivo da MegaWhat era fornecer conteúdo para os clientes da Comerc Energia, responsável pelo lançamento da nova plataforma, e para o público consumidor de energia, com interesse e dúvidas sobre o setor. Hoje, o projeto foi ampliado. O escopo de informações e análises engloba, também, o setor de óleo e gás. Além disso, o público-alvo é mais abrangente.
Cemig decide não comprar fatia da Light na Renova Energia
A Cemig decidiu não exercer seu direito de preferência na venda da participação da Light na Renova Energia, que está em recuperação judicial. Segundo informação do Valor Econômico, a decisão foi tomada em reunião do conselho de administração da companhia mineira realizada na sexta-feira (08/11), por maioria de votos.
Em 14 de outubro, a Light negociou a venda de sua participação na Renova – 21,72% das ações ordinárias (ONs) e 17,17% do capital total – para os sócios fundadores da empresa, Renato do Amaral e Ricardo Delneri, reunidos no fundo CG I FIP Multiestratégia, pelo valor simbólico de R$ 1. Por fazer parte do bloco de controle, a Cemig teria direito tanto a exercer preferência na compra da participação da Light como a acompanhar a elétrica fluminense na venda da totalidade de sua fatia. Ainda segundo o Valor, o prazo para a Cemig exercer a preferência termina esta semana.
PANORAMA DA MÍDIA
A renúncia de Evo Morales à presidência da Bolívia, no fim da tarde de ontem (10/11), após 13 anos no poder, é o destaque da edição desta segunda-feira dos principais jornais do país. Com ele renunciaram também, o vice-presidente e dirigentes da Câmara e do Senado. A renúncia é anunciada após três semanas de protestos da oposição que culminaram com motins policiais e a perda de apoio das Forças Armadas. Em pronunciamento à TV, Morales fala em “golpe cívico-policial” e nega rumores de que fugiria do país.
A renúncia foi o desfecho dramático de um domingo que começou com outro pronunciamento de Morales, feito do hangar presidencial na base da Força Aérea em El Alto, cidade vizinha a La Paz, no qual ele propôs a convocação de novas eleições, depois que o resultado preliminar de uma auditoria feita pela Organização dos Estados Americanos (OEA) apontou irregularidades no pleito de 20 de outubro. Nesta votação, que motivou denúncias de fraude e os protestos opositores, Morales concorria a um quarto mandato que havia sido rejeitado em referendo em 2016 e foi declarado vencedor em primeiro turno pelo Tribunal Supremo Eleitoral (TSE). (O Globo)
“Eu me demiti do cargo de presidente para que não continuem perseguindo os líderes sociais. Não queremos confrontos”, afirmou Evo, ao dizer que pretendia, com seu ato, a “pacificação” e a “volta da paz social” ao país. Antes da renúncia, as casas do presidente da Câmara, Víctor Borda, do ministro de Minas, Cesar Navarro, e da irmã de Evo, Esther Morales, foram incendiadas. (O Estado de S. Paulo)
A Folha de S. Paulo informa, em seu site, que o governo da Colômbia pediu a realização de uma reunião de emergência do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos devido à situação de caos institucional na Bolívia. O objetivo da reunião seria o restabelecimento imediato de condições para a realização de eleições limpas e transparentes, com monitoramento da OEA. A iniciativa teve o apoio do governo brasileiro.
No Valor Econômico, a crise política na Bolívia divide o espaço da primeira página com outro destaque: apenas 7% das cidades brasileiras cumprem metas de saneamento básico. Das 5.570 cidades, apenas 343 já têm um índice de cobertura acima de 90% para o abastecimento de água e de 60% para a coleta e o tratamento de esgoto, segundo dados do governo federal, que encara esses números como uma evidência de que os serviços hoje são muito ruins e justificam maior abertura à concorrência. De acordo com a reportagem, o projeto de lei que reforma o marco legal do saneamento básico deve ser votado no plenário da Câmara até o fim deste mês.