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Governo quer dividir custos de empréstimos a setor elétrico entre consumidores e empresas – Edição da Manhã

O governo quer separar os custos envolvidos na operação de socorro ao setor elétrico, em meio à crise trazida pelo covid-19, para evitar que a conta fique toda com os consumidores, informa o jornal O Estado de S. Paulo.

A ideia, de acordo com a reportagem, é dividir o que seria pago pelas distribuidoras e o repasse nas contas de luz. A inadimplência é um dos itens que entra nessa conta. A avaliação do governo é de que se trata de um risco do negócio e, portanto, deverá ter o custo bancado pelas próprias concessionárias.

Com isso, o valor dos itens que seriam arcados pelo consumidor seria reduzido para algo entre R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões. Já as distribuidoras ficariam com uma conta de R$ 6 bilhões a R$ 8 bilhões. Somados, os valores são menores do que os que circularam inicialmente no mercado, entre R$ 15 bilhões e R$ 17 bilhões.

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Pandemia do coronavírus eleva inadimplência na conta de luz para 12%

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O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou ontem (05/05) que a inadimplência dos consumidores de energia elétrica chegou a 12% nos últimos 30 dias, como reflexo da pandemia do coronavírus. Historicamente, a taxa gira em torno dos 3%.

“Já temos contabilizada, para as distribuidoras, uma perda de R$ 1,8 bilhão. Os números realmente são impressionantes”, declarou. (O Estado de S. Paulo)

Com pandemia, consumo de energia em abril é o menor para o mês desde 2012, diz ONS

O consumo de energia elétrica no Brasil em abril foi o menor para o mês em oito anos, de acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A queda no consumo ocorre em meio à adoção de medidas de restrição e isolamento social para frear a disseminação do novo coronavírus.

De acordo com o ONS, o Brasil consumiu no mês passado 60.085 MW médios de energia. Em 2012, a demanda no país foi de 59.354 MW médios. Os números refletem a suspensão das atividades de boa parte do comércio e da indústria no país.

Por outro lado, a redução do consumo de energia elétrica levou à diminuição da necessidade de uso de termelétricas, que geram energia mais cara porque são movidas a combustíveis como óleo e gás natural. De acordo com o ONS, do total de energia consumida pelo país em abril, cerca de 5,5 mil MW médios foram gerados por termelétricas. Esse volume é o menor para o mês desde 2011 e equivale a 1/3 do registrado em 2015 (16.097 MW médios), maior valor da série do operador do sistema. As informações foram publicadas pelo portal de notícias G1.

Termelétricas a óleo podem ter fim do contrato antecipado

O governo estuda antecipar o encerramento de contratos de usinas termelétricas movidas a óleo, com elevado custo de geração, como forma de aliviar pressões tarifárias aos consumidores, informa o Valor Econômico.

O jornal ressalta que a proposta não é nova e vem sendo discutida junto a geradores desde o ano passado no contexto da agenda de desoneração tarifária da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), mas ganhou força diante da crise atual, que exigiu esforços adicionais para evitar um eventual tarifaço.

Os estudos envolvem usinas a óleo cujos contratos vencem em 2023 e que têm custo variável unitário (CVU) próximo de R$ 1.000 por megawatt-hora (MWh), segundo Xisto Vieira Filho, presidente da Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas (Abraget). Num primeiro momento, a medida atingiria um conjunto de usinas que somam 4,2 mil MW.

Ainda não há uma solução definida, mas algumas hipóteses estão sobre a mesa. Uma delas seria o pagamento aos geradores pelo término antecipado do contrato, com uma taxa de desconto a ser calculada pela Aneel. Outra possibilidade é converter parte das usinas para que funcionem a gás natural, permitindo que elas participem de leilões de energia nova.

Preço do petróleo não voltará a US$ 60 o barril, diz Castello Branco

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse ontem (05/05) que espera que a recuperação econômica global ocorra lentamente após a pandemia do novo coronavírus. Diante disso, ele não acredita que os preços do petróleo voltarão ao patamar de US$ 60 ou de US$ 70 o barril.

“O mecanismo de ajuste (da indústria à crise) deve ser lento, depende da recuperação da economia global, que deve ser lenta. Haverá cortes na produção de produtores com custos mais altos. No shale (gás não convencional) americano, são muitas empresas pequenas e que estão alavancadas e serão obrigadas a sair fora do mercado”, disse Castello Branco. “Haverá um equilíbrio, mas acreditamos que o preço não voltará aos níveis de US$ 60 a US$ 70 o barril, como vimos no ano passado.” (Valor Econômico)

PANORAMA DA MÍDIA

A produção industrial caiu 9,1% em março na comparação com fevereiro, a terceira maior queda da série histórica na pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2002, informa o Valor Econômico.

Segundo a reportagem, a magnitude da queda surpreendeu os analistas, que previam recuo de 3,7%, porque as medidas de isolamento social só foram adotadas a partir da segunda metade do mês. Por isso, acreditam que o pior está por vir em abril, integralmente atingido pela quarentena. As projeções de consultorias variam. A MCM Consultores, por exemplo, espera retração de 20,7%; a LCA, de 19,1%; e o Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), de 9,8%.

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O ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, afirmou em depoimento que recebeu uma mensagem do presidente Jair Bolsonaro na qual ele teria afirmado expressamente que “queria” a Superintendência da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro sob sua influência.

No depoimento prestado por Moro no sábado (02/05) aos investigadores em Curitiba e divulgado ontem, foram detalhadas as pressões feitas pelo presidente para trocar cargos da PF desde agosto do ano passado, que incluíam escolher o superintendente do Rio e demitir o então diretor-geral Maurício Valeixo. Esse é o destaque nas edições de hoje dos jornais O Globo, O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo.

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Dados do Ministério da Saúde divulgados ontem (05/05) mostram que o Brasil registrou 600 novas mortes em pouco mais de 24 horas, um número recorde. Também houve 6.935 novos casos confirmados no período. O recorde anterior era de 474 mortes registradas em um dia, em 28 de abril. Desde o início da pandemia do novo coronavírus, foram registrados, oficialmente, ao todo 114.715 casos confirmados da doença e 7.921 mortes. (Folha de S. Paulo)

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