A decisão do governo federal de romper com a importação de energia da Venezuela para abastecer o estado de Roraima pôs fim a um serviço precário prestado pelo país vizinho, mas deu início a uma crise financeira ainda sem solução, com risco de deixar o estado da região Norte no escuro, segundo análise do jornal O Estado de S. Paulo.
Desde março do ano passado, Roraima depende completamente da energia gerada por usinas térmicas movidas a óleo diesel, devido ao fim do contrato que o governo brasileiro mantinha com a estatal venezuelana Corpoelec. Isso fez com que, de um dia para o outro, o volume de combustível queimado para levar luz à população saltasse de 103 mil litros por dia para 1,067 milhão de litros diários, mais de dez vezes a quantidade anterior.
De acordo com a reportagem, esse aumento exponencial de gastos levou a uma conta que a concessionária de energia de Roraima não consegue pagar, o que já fez com que fornecedores cortassem em 50% o volume de óleo entregue, causando uma redução extrema no estoque do insumo. Neste mês, a crise atingiu seu momento mais agudo.
Entre os dias 4 e 15 de setembro, a empresa Atem Distribuidora, que fornece diariamente 1 milhão de litros de óleo diesel para a Roraima Energia, simplesmente cortou o abastecimento pela metade, depois de passar meses sem receber nada pela entrega de seu combustível, com uma dívida acumulada em mais de R$ 70 milhões. A decisão de cortar o fornecimento foi comunicada à concessionária por meio de uma notificação extrajudicial.
Petrobras assina com White Martins venda da participação de 40% na Gás Local
A Petrobras assinou contrato com a White Martins para venda de sua participação de 40% na GNL Gemini Comercialização e Logística de Gás (Gás Local), empresa de distribuição e transporte de gás natural liquefeito (GNL) via caminhão. O valor do negócio não foi informado.
A estatal brasileira informou que o acordo encerra as pendências societárias, de arbitragem e temas em discussão judicial referentes às operações da Gás Local. As partes também fecharam acordo para ajustar as condições comerciais para o fornecimento de gás, pela Petrobras, na qualidade de consorciada do Consórcio Gemini – formado entre Petrobras, White Martins e a Gás Local – até o fim de 2023. (Agência Petrobras / Valor Econômico)
Total vai usar refinaria para produzir combustível renovável na França
A gigante francesa de energia Total planeja suspender o refino de petróleo na região de Paris e gastar mais de 500 milhões de euros (US$ 582 milhões) até 2024 para substituir as instalações com usinas de combustível renovável e bioplásticos.
A decisão reflete a crescente demanda por energia e produtos mais verdes, bem como o compromisso da Total em reduzir sua exposição a hidrocarbonetos como também emissões de carbono. A Total, como seus pares europeus Royal Dutch Shell e BP, está sob pressão crescente de governos, consumidores e investidores para intensificar medidas de combate à mudança climática.
O refino de petróleo bruto em Grandpuits será suspenso em março de 2021, e a empresa planeja encerrar o armazenamento de hidrocarbonetos no fim de 2023, segundo comunicado divulgado ontem (24/09) pela Total. A unidade de Grandpuits é responsável por 8% da capacidade total de refino da França. As informações foram publicadas pelo portal Nova Cana (com conteúdo da agência Bloomberg).
PANORAMA DA MÍDIA
A nova edição da revista Veja, que chegou hoje às bancas, traz como destaque uma entrevista com Tristan Harris, ex-executivo da Google, que também deu um depoimento para o documentário The Social Dilemma (O Dilema da Redes, no título em português), da Netflix.
Harris revela a decepção pessoal com os rumos do setor digital e afirma que os gigantes de tecnologia ameaçam desde a saúde mental dos jovens, por riscos viciantes de uso da internet, até mesmo a democracia dos países.
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A revista IstoÉ Dinheiro traz como reportagem de capa, a decisão de Frederico e Luiza Trajano, do Magazine Luiza – Magalu –, de anunciar que seu programa de trainee em 2021 será exclusivo para negros. A decisão virou polêmica e gerou ataques nas redes sociais. A companhia reafirma que não haverá recuo em sua política de atuar contra o racismo estrutural e a desigualdade social no Brasil.