O vice-presidente Geraldo Alckmin disse ontem (3/10) que o governo vai consultar o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sobre a possibilidade de reativar usinas termelétricas para geração de energia elétrica no Norte do país. A região sofre a seca mais severa desde 2010.
“Isso vai ser conversado melhor com o Operador Nacional do Sistema para ter uma segurança maior de reativação térmica na região por precaução e segurança. Mas, embora tenhamos a paralisação da usina de Santo Antônio, que suspendeu a operação por falta d’água, não há problema (de fornecimento de energia) neste momento”, disse Alckmin.
A usina hidrelétrica Santo Antônio, a quarta maior do país, teve suas operações interrompidas em função dos baixos níveis de vazão no rio Madeira.
Alckmin comandou reunião interministerial para tratar de medidas emergências aos efeitos da seca na região Norte do país. Nesta quarta-feira (4/10), Alckmin e ministros do governo vão a Manaus para reuniões de trabalho com comunidades atingidas. (O Globo)
Abertura do mercado livre de energia coloca PMEs como novo cliente
Reportagem do Valor Econômico indica que o choque de energia barata pode finalmente chegar às pequenas e médias empresas. Com a Portaria 50/2022, do Ministério de Minas e Energia, que permite aos consumidores de alta tensão (grupo A) comprar energia elétrica de qualquer supridor a partir de janeiro de 2024, as comercializadoras já colocam em prática as estratégias para dar um salto em suas carteiras de clientes.
De acordo com a reportagem, a abertura de agora é uma espécie de “atacarejo” em que os clientes demandam produtos personalizados de acordo com sua necessidade. O presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), Rodrigo Ferreira, visualiza no futuro a massificação desse mercado com estratégias de digitalização.
As comercializadoras de energia já se antecipam ao movimento com investimentos em publicidade e marketing para atrair consumidores menores com a expansão da oferta de serviços.
Zema promete fiscalizar obstáculos impostos pela Cemig à energia solar
O Canal Solar informa que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), se comprometeu a apurar supostos casos de concorrência desleal e eventuais obstáculos impostos pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) a projetos de microgeração de energia.
A promessa foi feita durante um encontro do executivo com representantes do Instituto Nacional de Energia Limpa (Inel) e do Movimento Solar Livre (MSL). As duas associações entregaram ao governador três documentos técnicos que apontam a necessidade de fiscalização de atos administrativos em processos de geração distribuída (GD) na Cemig.
De acordo com a reportagem, os documentos solicitam ajustes urgentes e na conduta da distribuidora de energia em relação aos “abusos regulatórios” em projetos de GD. Além disso, destacam supostos obstáculos impostos pela Cemig na análise de processos de conexão para instalação de projetos de energia solar no estado de Minas Gerais.
ANP divulga dados consolidados da produção de petróleo e gás em agosto
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou ontem (3/10) o boletim mensal da produção de petróleo e gás natural de agosto, que traz os dados consolidados da produção nacional. A produção total (petróleo + gás natural) foi de 4,392 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboe/d).
Com relação ao petróleo, foram extraídos 3,462 milhões de barris por dia (MMbbl/d), uma redução de 1,4% na comparação com o mês anterior e aumento de 12,2% em relação a agosto de 2022. A produção de gás natural foi de 147,86 milhões de metros cúbicos por dia (MMm³/d). Houve retração de 4,0% frente a julho de 2023 e elevação de 5,6% na comparação com agosto de 2022.
Já a produção total (petróleo + gás natural) no pré-sal, em agosto, foi de 3,282 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d) e correspondeu a 74,7% da produção brasileira. Esse número representa uma redução de 2,3% em relação ao mês anterior e aumento de 10,6% na comparação com o mesmo mês de 2022. Foram produzidos 2,591 milhões de barris diários (bbl/d) de petróleo e 109,73 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) de gás natural por meio de 141 poços.
Petróleo e combustíveis intensificam articulação por reforma tributária
Reportagem da Agência EPBR destaca que a tramitação da reforma tributária no Senado, sob relatoria de Eduardo Braga (MDB/AM), tem sido permeada por articulações de vários agentes da economia, entre os quais petroleiras e representantes do mercado de combustíveis e de biocombustíveis.
Com o primeiro relatório aguardado para esta semana, entidades tentam consolidar reformas ainda em curso e avançar na delimitação do imposto eletivo, por exemplo, nova cobrança destinada a estados e municípios com viés ambiental. Na outra ponta, entre os princípios da proposta enviada ao Senado Federal está a manutenção da arrecadação de estados e municípios. Até o momento, foram realizadas várias audiências públicas e algumas demandas acabaram atendidas por meio de emendas.
CPFL e CPQD instalarão até 53 eletropostos conectados em São Paulo
Uma parceria entre o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (CPQD) e a CPFL deve trazer entre 43 e 53 eletropostos conectados para carros elétricos no estado de São Paulo. A informação foi compartilhada na segunda-feira (2/10), por Aristides Ferreira, gerente de soluções em sistema de energia do CPQD, durante o lançamento do seu laboratório de inovação em conectividade e energias renováveis.
“Nesse projeto com a CPFL em São Paulo, as principais rodovias terão uma matriz de eletropostos instalados”, explicou o executivo, ao dizer que essa iniciativa faz parte do ‘corredor verde’, um projeto da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) com as concessionárias para criar linhas de mobilidade elétrica que possam ligar as cidades brasileiras e evitar que motoristas fiquem sem abastecimento no caminho. Além de São Paulo, a CPFL deve criar um corredor no Rio Grande do Sul.
Atualmente, os eletropostos do CPQD para a CPFL são conectados via cabo, mas também podem receber conectividade 3G e 4G que ajudam a gerenciar a rede elétrica e avançar em novos modelos de negócios. As informações são do blog Canal Executivo.
Petrobras avalia reajuste de preços de combustíveis até fim do ano, diz Prates
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou ontem (3/10) que a companhia avalia a possibilidade de fazer um novo reajuste nos preços dos combustíveis até o final deste ano, em meio ao cenário de pressão das cotações do petróleo no mercado internacional. Ele, porém, disse que ainda não há uma decisão tomada sobre o momento e a magnitude da eventual mudança dos preços nas refinarias. A Petrobras anunciou em meados de agosto o reajuste mais recente da gasolina e do óleo diesel.
“Estamos analisando justamente a possibilidade ou não de outro reajuste antes do final do ano, mas a gente ainda não tem isso como dado. Não tem isso como concreto”, afirmou Prates em entrevista a jornalistas no Rio de Janeiro. (Folha de S. Paulo)
PANORAMA DA MÍDIA
A greve de trabalhadores do metrô, CPTM e Sabesp, ontem (3/10), em São Paulo, é destaque, na edição desta quarta-feira dos principais jornais do país.
Apesar de proibição judicial, trabalhadores do sistema de transporte sobre trilhos de São Paulo paralisaram quatro linhas do Metrô e cinco da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) nesta terça-feira (3) em protesto contra o plano de concessão à iniciativa privada das empresas pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos). A greve, organizada em conjunto com servidores da Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo), foi acusada pelo governo de ter motivação política, e não trabalhista. (Folha de S. Paulo)
Convocada pelos sindicatos das respectivas categorias, a greve conjunta contra a privatização do Metrô, da CPTM e da Sabesp afetou mais de 3 milhões de pessoas, ontem, na Grande São Paulo (O Estado de S. Paulo)
Diante da pressão, o governador de São Paulo dobrou a aposta na defesa da concessão das estatais à iniciativa privada. (O Globo)
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Valor Econômico: As taxas dos títulos do Tesouro americano voltaram a subir com força ontem, reforçando a onda de aversão global ao risco. No Brasil, isso se traduziu em mais uma rodada de desvalorização do câmbio, com o dólar fechando acima dos R$ 5,15, maior nível desde 28 de março. O Ibovespa recuou 1,42% e os juros futuros avançaram.
