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Grandes empresas mudam rotinas para continuar a produção na pandemia – Edição da Manhã

Reportagem publicada hoje (12/04) pela Folha de S. Paulo mostra como empresas alteraram seus processos e adotaram novos protocolos de segurança para manter o abastecimento do país.

Barreiras de acrílico na linha de produção, medição de temperatura do corpo por câmera térmica e uso de produtos especiais para desinfetar fábricas e centros de distribuição são alguns procedimentos que a reportagem acompanhou em grandes empresas de setores como alimentação, higiene, farmacêutico e energia, que não podem parar.

Na área de energia, por exemplo, a BPBunge, que produz etanol e bioenergia a partir da cana, além de fazer açúcar, mudou a rotina em suas 11 usinas nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins. Dos 9.500 funcionários, 200 foram para home office, e os que são de grupos de risco foram colocados em licença remunerada.

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Na pandemia, a empresa passou a produzir álcool em gel para doar a funcionários e seus familiares e ao sistema público de saúde. No campo, tratores e colheitadeiras passaram a ter higienização a cada mudança de turno. A empresa diz que a pandemia não afetou seus contratos e que aumentou estoques.

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“Existe uma probabilidade de precisar substituir matérias-primas, a depender da duração da pandemia, mas monitoramos isso ao máximo em tempo real e temos resguardo”, afirma o diretor industrial, Wilson Lucena.

PANORAMA DA MÍDIA

A pandemia de covid-19 gerou no Brasil uma reação de solidariedade que não espera por ações governamentais, mostra o jornal O Globo. Iniciativas da sociedade civil se espalharam por vários estados, levando aos mais necessitados comida, produtos de higiene, máscaras, recursos econômicos e informação numa linguagem familiar, que enfatiza a necessidade de distanciamento social e de prevenção contra a doença.

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A Folha de S. Paulo traz como principal destaque um estudo de pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), segundo o qual a crise do coronavírus deixará até 12,6 milhões desempregados e provocará contração recorde de quase 15% na renda dos trabalhadores, caso o governo não amplie os instrumentos de transferência de renda à população e de ajuda a empresas para que mantenham empregos.

De acordo com o estudo, mesmo com as medidas já anunciadas para garantir renda extra a trabalhadores formais e informais, que somam R$ 170 bilhões, a massa salarial deve cair 5,2%, retração recorde da série iniciada em 2003. Sem essas medidas, a queda seria de 10,3%.

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Levantamento do Instituto Locomotiva mostra que 51% dos entrevistados tiveram seus ganhos afetados pelos efeitos da pandemia e estão contingenciando seus gastos de alguma maneira.


Segundo a pesquisa, divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo, o impacto da crise é praticamente o mesmo entre homens e mulheres. Por faixa etária, contudo, afeta mais os trabalhadores com 50 anos ou mais (52%), com ensino superior completo (48%) e que residem nos estados do Sudeste (38%).

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