O portal Brasil Energia informa que um estudo realizado pela empresa de tecnologia e gestão de soluções em energia GreenAnt, com base em dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), revelou um processo avançado de concentração de mercado no ambiente de contratação livre (ACL) varejista, após a abertura ocorrida em janeiro deste ano.
De acordo com o levantamento, as comercializadoras varejistas ligadas a grandes distribuidoras estão dominando o mercado nas áreas de concessão das distribuidoras. Em alguns casos, como no estado do Amapá, a comercializadora varejista ligada à distribuidora detém 100% dos contratos do mercado livre varejista de energia.
O estudo mostra, também, que 61% do mercado livre varejista na área de concessão da EDP SP é dominado pela própria EDP e que, em todas as áreas de concessão da EDP, a sua varejista possui maior número de unidades consumidoras (UCs) do que as concorrentes.
ONS cria uma seção em seu site sobre operação para atendimento ao RS
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) criou uma seção específica em seu site com foco em sua atuação na operação para atendimento ao estado do Rio Grande do Sul. O ONS vem realizando reuniões com os agentes locais desde as previsões iniciais para monitorar os níveis dos reservatórios e coordenar a operação hidráulica visando o controle de cheia.
Com a confirmação desse evento extremo e suas consequências no sistema elétrico do estado, as equipes têm realizado reuniões diárias para monitoramento da situação do Sistema Interligado Nacional (SIN) no Rio Grande do Sul e tomada de decisões operativas.
No caso do setor elétrico, os danos atingiram diretamente as usinas hidrelétricas, linhas de transmissão, principalmente por danos às suas torres, e subestações completas que tiveram que ser desligadas por alagamento.
Nessa nova seção, estão publicadas todas as informações públicas a respeito do papel do Operador nesse processo, como textos, apresentações e dados sobre as condições de operação dos ativos que foram atingidos. A seção pode ser acessada aqui.
A criação desse espaço no site tem o objetivo de ampliar a divulgação sobre o tema. A página vai conter notícias e atualizações sobre os ativos da rede de operação no Rio Grande do Sul que voltaram à operação e aqueles que permanecem inativos em funções dos danos causados pelas chuvas. (Fonte: ONS)
TCU pauta recurso de associações à recusa que suspendeu descontos a renováveis
A Agência Infra informa que o Tribunal de Contas da União (TCU) pode voltar a discutir a suspensão dos descontos concedidos às TUST e TUSD – tarifas de uso dos sistemas de transmissão e distribuição – para as fontes renováveis de empreendimentos com potência entre 30 e 300 MW (megawatts), em um pedido de reexame feito pela Abeeólica (Associação Brasileira de Energia Eólica) e pela Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar), cujo relator é o ministro Jhonatan de Jesus.
O recurso está na pauta da próxima sessão da Corte e se dá no âmbito do processo 017.027/2022-5, uma representação sobre possíveis irregularidades na concessão dos subsídios para as fontes incentivadas. Ao analisar a representação, a Corte de contas decidiu pela suspensão dos descontos até que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprimore a regulamentação sobre o tema. A sessão plenária do TCU será realizada na quarta-feira (15/5), às 14h30.
Petrobras tem lucro de R$ 23,7 bilhões no 1º tri, queda de 37,9%
A Petrobras terminou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 23,7 bilhões, queda de 37,9% em comparação com o lucro de R$ 38,16 bilhões apurado no mesmo intervalo do ano anterior. A receita de vendas da estatal somou R$ 117,72 bilhões no primeiro trimestre, queda de 15,4%, ante a receita de R$ 139,07 bilhões do mesmo intervalo de 2023. Na comparação com o quarto trimestre, a receita encolheu 12,3%.
A companhia explica que o balanço foi afetado pela menor receita com vendas de diesel no mercado interno e com exportações na comparação com o quarto trimestre. (Valor Econômico)
2W é vendida para Matrix
O Valor Econômico informa que depois de passar o último ano procurando um investidor para ajustar seu balanço, a 2W fechou um contrato de exclusividade para a venda do negócio para a Matrix, que tem como controladores o fundo de investimentos Prisma e o grupo Duferco. Pela proposta, o acordo terá validade de 30 dias.
A reportagem destaca que nos últimos meses, a companhia bateu na porta de diversos fundos especializados em empresas problemáticas, buscando cerca de R$ 350 milhões de injeção de capital no negócio, disseram pessoas próximas da empresa.
Pelo que está acertado até aqui, o desenho final é que a Matrix fique com 60% da 2W, com aporte de R$ 300 milhões. Em um segundo momento, a expectativa é abrir uma negociação com debenturistas, em uma emissão feita via Credit Suisse. Os papéis estão distribuídos no mercado. Para uma eventual conversão, que ainda precisará ser negociada com debenturistas será necessário ser chamada uma assembleia, para se aprovar a operação, disseram fontes do Valor.
O CEO da empresa, Claudio Ribeiro, disse ao Valor que a empresa estava alavancada e precisava de capital para manter sua atuação no mercado varejista de energia. “Os acionistas atuais estão ficando minoritários para permitir que a companhia fique menos alavancada e mais competitiva para este novo ciclo de investimentos”, explica Ribeiro.
Comissão debate com o governo estratégias para implementar plano de transformação ecológica
A comissão especial sobre transição energética e produção de hidrogênio verde ouve, nesta terça-feira (14/5), o secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Ramalho Dubeux, sobre instrumentos e estratégias para implementar o plano de transformação ecológica do executivo federal.
O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), que pediu o debate, explica que o plano de transformação ecológica, lançado em 2023, reúne políticas em quase toda a estrutura do Executivo para acelerar a migração do Brasil para uma economia mais sustentável. São mais de 100 ações, concentradas nos eixos de finanças sustentáveis, transformações tecnológicas, bioeconomia, transição energética, economia circular, infraestrutura verde e de adaptação às mudanças climáticas. (Câmara dos Deputados)
Abeeólica tem diretor de Novos Negócios
A Associação Brasileira de Energia Elétrica (Abeeólica) conta com Marcello Cabral como novo diretor para fomentar o desenvolvimento da indústria de energia eólica no Brasil. Ele se junta ao diretor Técnico Regulatório Francisco Silva, baseado em São Paulo, e ficará em Brasília (DF), com a Diretoria de Novos Negócios.
A Abeeólica informa que Cabral tem 22 anos de experiência no setor elétrico, fez carreira na Eletronorte e também atuou no Ministério de Minas e Energia (MME) como secretário adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Energético, onde liderou a elaboração do decreto de geração offshore. Nos últimos dois anos exerceu a função de CFO na Eletronuclear. (Canal Energia)
Estudo da Greener revela que a geração fotovoltaica no Brasil chegou a 42 GW em abril, mas fabricantes amargaram queda de 24% nas vendas
O portal Petronotícias informa que um estudo da consultoria Greener, especializada no setor fotovoltaico, revela que o Brasil atingiu em abril a marca de 42 GW de capacidade instalada solar fotovoltaica, dos quais 11,GW correspondem à geração centralizada (GC), uma elevação de 48% em comparação com o ano anterior, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Nos três primeiros meses deste ano, as importações de módulos fotovoltaicos totalizaram 5,6 GWp, maior índice registrado na avaliação trimestral, como mostra este novo estudo estratégico de geração centralizada, conduzido pela Greener. Em 2023, de acordo com o levantamento, foram 17,5 GW de módulos nacionalizados, uma leve redução de 1,7% em comparação com o ano anterior.
No entanto, os fabricantes de módulos enfrentaram uma desaceleração de 24% nos contratos firmados, totalizando 5,5 GWp entre março de 2023 e fevereiro de 2024, o que sugere um pipeline reduzido de usinas a serem implementadas no decorrer de 2025 e 2026.
Aneel aprova candidatos à lista tríplice para substituição de Hélvio Guerra
A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem (13/5) os candidatos à lista tríplice de servidores que poderão ocupar vaga de diretor substituto. O primeiro escolhido vai ocupar por até 180 dias a vaga do diretor Hélvio Guerra, cujo mandato termina no próximo dia 24 de maio.
A relação com os nomes e a vaga correspondente vai ser submetida ao presidente da República, conforme previsto na lei geral das agências. São três nomes para cada vaga a ser aberta, sendo que dos três, um será escolhido. (Canal Energia)
Biomassa tem expansão em 2024, mas continuidade preocupa
O portal Brasil Energia traz um artigo assinado por Zilmar de Souza, gerente de Bioeletricidade da Única (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia), no qual aborda o cenário do setor.
O artigo explica que em 2023, a biomassa em geral, que inclui as diversas biomassas, instalou nove unidades geradoras novas (UTEs) totalizando 214 MW, representando 2,1% do total de acréscimo de potência instalada na matriz elétrica por todas as fontes de geração no país (10.315 MW) naquele ano. Número bem abaixo da média dos últimos 10 anos (2014-2023), quando a biomassa teve um acréscimo médio de 569 MW novos a cada ano.
Nos últimos 10 anos (2014 a 2023), a fonte biomassa em geral instalou 5.691 MW novos na matriz elétrica brasileira, equivalente a 51% da potência instalada pela Usina Belo Monte ou 41% de uma Itaipu.
Em 2024, a previsão é que a fonte biomassa em geral acrescente 1.125 MW à matriz, o maior valor desde 2013, com a instalação de 22 usinas geradoras (UTEs), sendo que oito entraram em operação até abril deste ano (266 MW) e as 16 UTEs restantes (859 MW) têm viabilidade alta de entrada em operação comercial ainda neste ano, conforme estudo da Única, na base de dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Contudo, para 2025, a previsão da Aneel é que a biomassa acrescente apenas 259 MW novos dos 11.918 MW previstos para serem instalados no país (2,2% do total), ficando à frente apenas das hídricas, que instalarão 226 MW (1,9% do total).
CEB busca meio bi para usina solar que abastecerá 75% dos prédios públicos do DF
A Companhia Energética de Brasília (CEB) busca um empréstimo de mais de meio bilhão para construir uma usina solar no Distrito Federal. A meta é abastecer 75% dos prédios públicos do DF com energia sustentável até 2028. Edificações da Presidência da República, a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) e outras estruturas da administração pública sediadas na capital terão como prioridade o uso da fonte limpa e renovável.
A futura usina fotovoltaica de geração de energia elétrica terá ordem de 100 megawatts (MW), e faz parte do projeto Brasília – Capital da Iluminação Solar. Para custear 80% do valor total da proposta, a CEB solicitou à Câmara Legislativa do DF (CLDF) autorização para captar 94 milhões de euros em um empréstimo internacional junto ao New Development Bank (NDB), o equivalente a mais de R$ 522 milhões. A previsão é que o projeto seja aprovado nos próximos dias. (portal Metrópoles)
PANORAMA DA MÍDIA
O governo federal anunciou ontem (13/5) a proposta de suspensão da dívida do Rio Grande do Sul com a União por três anos. Nesse período, a taxa de juros cobrada sobre o estoque cairá a zero. A medida deve dar alívio de R$ 11 bilhões ao governo gaúcho para ajudar na reconstrução do estado após a tragédia das enchentes. Municípios em situação de calamidade e que têm dívida com o governo serão alcançados pelo benefício. A medida foi enviada ao Congresso por meio de um projeto de lei complementar.
A notícia é o principal destaque de hoje dos jornais Folha de S. Paulo, Valor Econômico e O Globo.
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O Estado de S. Paulo: Levantamento feito pelo Estadão com base em projeções do Ministério do Planejamento e Orçamento e no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PDLO) mostra que os gastos mínimos com Saúde e Educação exigidos pela Constituição podem tornar inexequível o Orçamento da União até 2028. As projeções indicam que os pisos de Saúde e Educação vão consumir todas as despesas não obrigatórias até 2028, comprometendo o dinheiro destinado ao custeio e ao investimento em outras áreas. Se as regras atuais forem mantidas, faltará dinheiro para programas como o Minha Casa, Minha Vida, a recuperação de rodovias federais, o pagamento do Auxílio Gás a famílias carentes, obras de saneamento básico, ações da Defesa Civil para prevenção de desastres e a manutenção dos órgãos federais.