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Grupo de 10 países da UE declara “emergência inicial” por falta de gás natural – Edição da Tarde

O Valor Econômico informa que dez países da União Europeia (UE) declararam emergência inicial de gás natural após o corte no fluxo de fornecimento de combustível pela Rússia, segundo o chefe da Política Climática da UE, Frans Timmermans.

De acordo com a reportagem, o aviso de emergência inicial é o primeiro de três estágios do protocolo de crise do bloco europeu. Timmermans não detalhou todos os países que já acionaram o aviso, mas disse que Alemanha, Itália e Suécia estão na lista.

Desde a semana passada a Rússia vem diminuindo o fornecimento de gás para países europeus, alegando falta de peças de manutenção para o gasoduto Nord Stream 1, cujo fluxo de envio está em 40% atualmente. O país já interrompeu o fornecimento para Polônia, Bulgária, Dinamarca, Finlândia e Holanda por terem se recusado a aceitar o novo método de pagamento imposto por Moscou. “O risco da interrupção total de gás é mais real do que nunca”, disse Timmermans, que voltou a acusar Putin de usar a energia como arma.

No programa de emergência da UE, a fase de “emergência inicial” foca em monitorar a oferta. Já a fase “alarmante” permite que as concessionárias repassem preços altos aos consumidores e ajudem a diminuir a demanda. O nível de “emergência” permite que os governos forcem a indústria a reduzir a atividade para economizar gás.

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Alemanha anuncia plano de economia de gás e não descarta racionamento

Em uma segunda reportagem acerca da questão do gás em países europeus, o Valor Econômico informa que o ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, afirmou esperar que o país não precise racionar o uso de gás natural, mas que diante da situação atual não descarta o cenário. A declaração foi feita nesta quinta-feira (23/06), quando o governo alemão anunciou detalhes de seu plano para incentivar a economia de energia no país após cortes no fornecimento de gás pela Rússia.

A Alemanha planeja incentivar a indústria e os fornecedores de energia a economizar gás natural, oferecendo incentivos para disponibilizarem gás excedente ao mercado enquanto o país se prepara para armazenar energia para o inverno. Pelo sistema, que começará no verão do hemisfério norte, os principais consumidores e fornecedores podem oferecer seu gás não utilizado em um leilão, com os licitantes vencedores recebendo pelo combustível que fornecem, anunciou o Ministério da Economia em comunicado na quinta-feira.

Aquisições reforçam fôlego e disposição da Eneva no mercado

Reportagem do Canal Energia ressalta que as recentes aquisições da Celse, que opera a UTE Porto de Sergipe (SE – 1.593 MW), e da UTE TermoFortaleza (CE – 327 MW) mostram disposição e apetite da Eneva, a maior geradora térmica privada do país em avançar no mercado de gás e energia brasileiro.

O presidente da Associação Brasileira de Geração Termelétrica, Xisto Vieira, observa fôlego na Eneva para amadurecimento e expansão dos seus projetos. “Ela tem tudo para se consolidar como um grande agente gerador”, afirma. No ano passado, a Eneva já havia adquirido a Focus Energia, marcando a sua entrada na área de renováveis.

No fim de maio, a Eneva também acertou um contrato de dez anos para suprimento industrial de GNL rodoviário de pequena escala para a fábrica de bioprodutos da Suzano em Imperatriz (MA). O acordo é considerado inédito no país, com o fornecimento comercial começando no primeiro semestre de 2024. O GNL será regaseificado para queima em fornos de cal, substituindo o uso do óleo combustível, o que representará uma redução de 13% nas emissões de gases do efeito estufa.

Shell mira equilíbrio entre petróleo, gás e renováveis no Brasil

Com aportes recentes em energia solar, mobilidade elétrica e tendo a eólica offshore e o hidrogênio verde no radar, a Shell segue imbuída em sua estratégia de transição energética, mas admite um cenário de uso do petróleo e seus derivados por pelo menos dez anos, informa o Canal Energia.

“Vai haver uma redução dos investimentos, mas vamos precisar dos combustíveis fosseis pela demanda de alguns setores como aviação, carga pesada, siderurgia, entre outros”, disse nessa quinta-feira (23/06), a gerente sênior de Relações Corporativas/Regulatório da companhia, Monique Gonçalves, durante um workshop do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e da consultoria PSR sobre a adaptação do setor energético às mudanças climáticas.

A executiva referiu que a exploração nesse período não se dará por “qualquer petróleo ou gás”, mas a um menor custo e menor intensidade de carbono, de olho nas metas estabelecidas no Acordo de Paris, eficiência energética e novas tecnologias. Hoje a empresa trabalha com foco estratégico em nove países, sendo o Brasil um deles.

PANORAMA DA MÍDIA

O desembargador federal Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), aceitou nesta quinta-feira (23/06) um habeas corpus apresentado pela defesa do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e mandou libertá-lo. Ele e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, suspeitos de terem atuado como lobistas no ministério, foram presos ontem, pela Polícia Federal. (O Globo)

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O Banco Central (BC) revisou para cima a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, que passou de 1%, em março, para 1,7%. Ao mesmo tempo, sinalizou que a inflação deve permanecer elevada, com alta acumulada de 11,3% no IPCA em 12 meses até agosto. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (23/06) em apresentação preliminar ao Relatório Trimestral de Inflação (RTI), que será divulgado na próxima quinta (30/06). A melhora na percepção para a atividade reflete uma onda de revisões do PIB já feitas por consultorias e bancos nos últimos meses, mas o bom desempenho tem prazo de validade. (Valor Econômico)