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Grupos reforçam instalações para evitar paradas imprevistas e multas – Edição do Dia

Empresas têm investido em modernização de instalação, uso de tecnologias e gestão e ativos em hidrelétricas para evitar paradas imprevistas, que causam perda de receita e penalidades

Indústria eletrointensiva - imagem: Pixabay
Indústria eletrointensiva / Crédito da imagem: Pixabay

O Valor Econômico informa que empresas que atuam na geração de energia elétrica têm investido em modernização de instalação, uso de tecnologias e gestão e ativos em hidrelétricas para evitar paradas imprevistas, que causam perda de receita e penalidades.

A reportagem explica que as geradoras buscam otimizar a operação no momento em que as hidrelétricas são consideradas uma das soluções para o horário de pico, quando o consumo de energia cresce exponencialmente.

Geradoras de energia são exemplos da chamada infraestrutura crítica – são sistemas cujo funcionamento é essencial para a sociedade; quando eles falham, geram impactos negativos no dia a dia. No setor elétrico, as hidrelétricas ainda são a principal fonte de energia, com cerca de 65% do sistema, mesmo com o avanço de renováveis como eólicas e solares, e da geração térmica a gás.

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Brasil e Bolívia assinam acordo para elevar geração da hidrelétrica de Jirau

Brasil e Bolívia assinaram ontem (9/7), um acordo que permite a ampliação da produção de energia pela Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (em Rondônia), de 750 megawatts. A expansão pode ser comparada ao consumo de uma cidade de dois milhões de habitantes, segundo técnicos.

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Jirau é a quarta maior geradora de energia do Brasil em capacidade instalada. Formada por 50 unidades geradoras, a usina se conecta ao sistema interligado nacional pela subestação Coletora Porto Velho.

A ideia é elevar o nível do rio até a cota 90 metros, um pleito antigo da hidrelétrica. Isso permite aumentar o rendimento das unidades geradoras e o volume de energia que a usina pode entregar ao sistema. (O Globo)

Indústria negocia gás com descontos de 30% na Bolívia

A Agência EPBR informa que agentes industriais brasileiros avançaram nas negociações na Bolívia para importar diretamente, sem participação da Petrobras, grandes volumes de gás natural, além de pavimentar o caminho para acessar as futuras exportações da Argentina.

A expectativa é que os acordos possam representar, além do aumento da oferta, uma redução no custo do gás para indústria da ordem de 30%.

A reportagem explica que a Petrobras é a principal importadora e compra o gás natural boliviano, até a fronteira, por pouco mais de US$ 6 por milhão de Btu (MMBtu). Com a tarifa de transporte da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia Brasil (TBG), para importação pelo Gasbol, são adicionados cerca de outros US$ 2.

Até o início deste ano, a companhia vendia o gás para o mercado cativo brasileiro a cerca de US$ 12 por MMBtu – compõe sua oferta com a produção nacional, além das cargas complementares de GNL. É nessa diferença, de US$ 12 para U$ 8, que a indústria trabalha para ter acesso a um gás mais competitivo nos próximos anos.

Cargos na ANP e Aneel provocam disputa acirrada em Brasília

Há uma forte discussão no Senado sobre vagas nas diretorias de agências reguladoras. Diante da aproximação do término do mandato de Rodolfo Saboia à frente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), grupos no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e no Congresso se articulam nos bastidores para emplacar o próximo diretor-geral da agência.

Na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a indicação para a vaga deixada por Hélvio Guerra em maio deste ano também tem sido cobiçada. O indicado terá o importante poder de desequilibrar a balança e ser um voto de desempate no colegiado da Aneel. As informações são do portal Poder 360.

Emissões globais de energia avançam, mesmo com recordes de renováveis

O ano de 2023 foi de “recordes num mundo faminto por energia”, resume o Energy Institute na divulgação do seu mais recente Statistical Review. O consumo total de energia primária chegou a 620 exajoules (EJ), 2% acima do nível de 2022, 0,6% acima de sua média de dez anos e mais de 5% acima do nível pré-Covid de 2019.

Cresceram também as emissões de gases de efeito estufa provenientes do uso de energia, processos industriais e queima de metano, a 2,1%, superando o recorde estabelecido em 2022. As informações foram publicadas pela Agência EPBR.

Governo prepara projeto de lei com o objetivo de criar fundo de aportes para investir em concessões e PPPs

A Agência Infra informa que o governo federal prepara um projeto de lei (PL) para criar um fundo de aporte destinado a financiar projetos federais de parceria com a iniciativa privada em todos os setores. A ideia é receber recursos de contratos de concessão, de doações internacionais e até do orçamento federal para que sejam destinados especificamente a cada projeto, sem sofrer contingenciamentos orçamentários.

A proposta foi apresentada pelo secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Casa Civil da Presidência da República, Marcus Cavalcanti, em entrevista à Infra. A ideia é criar um mecanismo para ser usado por qualquer órgão do governo, que dê mais segurança para os projetos que não alcançam viabilidade econômica somente com as receitas arrecadadas e precisam de algum tipo de aporte para se tornarem realidade.

Juiz proíbe corte de energia da Casa do Pão de Queijo, mas mantém cobrança de dívidas

O juiz Leonardo Manso Vicentin, da comarca de Campinas (SP), acolheu liminarmente um pedido da Casa do Pão de Queijo para manter os serviços de energia elétrica apesar das dívidas que a empresa tem com a CPFL Energia e a EDP Smart Energia Ltda. A suspensão das demais cobranças em virtude do pedido de recuperação judicial, entretanto, não foi concedida.

O juiz também indeferiu o pedido de manutenção dos contratos de locação comercial, que envolvem aeroportos, e determinou que fosse realizada constatação prévia da situação da empresa para avaliar o pedido de reestruturação. (O Estado de S. Paulo)

Cade aprova compra da Esfera Energia pela Auren

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) aprovou a compra da Esfera Energia pela Auren, empresa de energia que nasceu da reorganização societária dos ativos do grupo Votorantim e do fundo canadense CPP Investiments. A Esfera Energia atua na área de gestão de energia no mercado nacional. Se em 15 dias não houver questionamento, a operação fica definitivamente aprovada.

A Auren é a maior comercializadora de energia do país. A nova aquisição da companhia se deve à recente abertura do mercado livre para a média e alta tensão após a Portaria 50/2022, do Ministério de Minas e Energia, divulgada no fim de 2022. (Valor Econômico)

AES Corp aquece a corrida do hidrogênio verde na América Latina

Reportagem do portal BNAmericas destaca as iniciativas da empresa global de energia AES Corp como uma das pioneiras no desenvolvimento do hidrogênio verde nas Américas. Seu principal projeto até agora é um complexo de US$ 4 bilhões no condado de Wilbarger, Texas, que deve entrar em operação em 2027 com 1,4 GW de capacidade de eletrólise com energia eólica e solar.

A empresa também pretende expandir sua presença no setor de hidrogênio verde em toda a América Latina. A reportagem detalha três projetos em desenvolvimento pelas subsidiárias da AES no Brasil, na Colômbia e no Chile.

A AES é uma das seis empresas que contam com pré-contrato para produção e venda de hidrogênio e amônia verdes no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no estado do Ceará, região Nordeste do Brasil.

Na Colômbia,  a empresa tem planos de produzir 800.000 t/ano de amônia através da eletrólise de 1,1 GW de capacidade eólica no departamento de La Guajira, no norte do país. Enquanto isso, a instalação proposta pela AES Andes em Adelaida, no Chile, ainda aguarda uma decisão final de investimento. Destinado a Mejillones, na região de Antofagasta, no norte do país, o projeto incluiria um eletrolisador de 2,5 MW com capacidade para produzir até 1.000 kg/d de hidrogênio verde.

Regulação de energia limpa com hidrogênio verde avança no Congresso

O Senado aprovou a política que vai possibilitar, no Brasil, a produção de energia limpa a partir de hidrogênio, com baixa emissão de carbono. O jornal O Globo explica que o texto ainda precisa passar por nova rodada de votação na Câmara antes de virar lei.

No fim da votação, na última quarta-feira (3/7), os senadores decidiram aumentar a quantidade de carbono que poderá ser lançado na atmosfera no processo de fabricação do hidrogênio. Não houve debate no plenário sobre a mudança. O CO2 é poluente, é um dos gases que provocam o efeito estufa.

Serão 7 kg de gás carbônico para cada 1 kg de hidrogênio gerado. Esse patamar vai configurar um produto com “baixa emissão de carbono” e as empresas que o produzirem serão beneficiadas pela lei com incentivos fiscais. A sugestão, do senador Fernando Farias (MDB-AL), foi aceita pelo relator, Otto Alencar (PSD-BA), para contemplar o etanol, ou seja, a conversão desse álcool em hidrogênio.

Ontem (9/7), uma outra proposta sobre o tema, apresentada por Farias, foi aprovada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa. Ainda terá de passar pelo plenário. O texto diz que os governos devem priorizar a compra e a locação de veículos movidos a biocombustíveis, como etanol, ou a hidrogênio. Isso valerá para licitações para troca da frota pública de veículos, como ônibus escolares.

PANORAMA DA MÍDIA

O Estado de S. Paulo: Antes da edição da medida provisória que beneficiou um negócio da Âmbar, executivos da companhia da área de energia elétrica do grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, foram recebidos 17 vezes no Ministério de Minas e Energia fora da agenda oficial. As reuniões ocorreram entre junho de 2023 e maio deste ano. Os executivos tiveram encontros com o ministro Alexandre Silveira e três assessores, entre eles o secretário executivo, Arthur Cerqueira. Nove dias depois, o texto da MP ficou pronto. A medida provisória socorre o caixa da Amazonas Energia e cobre pagamentos que a distribuidora deve fazer para termoelétricas compradas pela Âmbar da Eletrobras. Os recursos virão da conta de luz dos consumidores brasileiros por até 15 anos. A Amazonas tem uma dívida estimada com a Eletrobras em R$ 10 bilhões. Governo e empresa negam favorecimento.

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Valor Econômico: O projeto de lei complementar com novas regras para o pagamento da dívida dos Estados com a União foi apresentado ontem pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A iniciativa troca o indexador e prevê que o valor principal, na casa de R$ 700 bilhões, deverá ser congelado e parcelado em 30 anos. A maior parte dos débitos é de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

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O Globo: O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentou ontem (9/7) um projeto de lei de renegociação da dívida dos estados com a União, que reverte parte dos juros em investimentos nas próprias unidades da federação.

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Folha de S. Paulo: O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), acelerou a tramitação da regulamentação da reforma tributária na Casa às vésperas do recesso parlamentar. Numa tentativa de realizar uma força-tarefa para analisar os projetos de lei, Lira suspendeu as reuniões das comissões temáticas da Casa até quinta-feira (11) e pautou para esta terça (9) a votação em plenário do requerimento de urgência do primeiro texto enviado pelo Executivo.

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