
O leilão do GSF (sigla para risco hidrológico) realizado na sexta-feira (1º/8) deve transferir cerca de R$ 540 milhões para abatimento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), segundo cálculos do governo. O montante equivale ao ágio do certame, informa a Agência Infra.
A reportagem explica que a CDE banca os subsídios do setor elétrico e é paga principalmente pelos consumidores na conta de luz. Neste ano, o orçamento da conta é de R$ 49,2 bilhões.
A Câmara de Comercialização de Energia (CCEE) informou, em nota, que o efeito financeiro do mecanismo concorrencial e as informações definitivas sobre a renúncia das ações judiciais serão divulgadas após a liquidação financeira extraordinária do MCP (Mercado de Curto Prazo), que ocorrerá no dia 13 de agosto, na qual os compradores serão convocados para pagar os valores correspondentes aos títulos adquiridos.
As extensões de outorga serão formalizadas junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no dia 20 de agosto. Os efeitos positivos da operação serão refletidos nas liquidações do mercado a partir de setembro.
Congresso começa a discutir MP da reforma do setor elétrico
A Agência Eixos informa que a Comissão Mista do Congresso que vai analisar a medida provisória 1300/2025, da reforma do setor elétrico, vai ser instalada nesta terça-feira (5/8). O texto prevê a abertura total do mercado livre de energia a partir de dezembro de 2027 e institui uma nova tarifa social de energia elétrica.
De acordo com a reportagem, a expectativa nessa etapa é pela designação do presidente da comissão e do relator, que vai analisar as emendas propostas. Ao todo, o texto recebeu 600 sugestões de emendas — o que assustou o mercado, dado o histórico recente de definições no Congresso que afetaram os rumos do setor elétrico no país.
Presidente da Petrobras diz que debate sobre exploração da Margem Equatorial “está beirando o consenso”
Prestes a participar de reunião com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no próximo dia 12, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou, em entrevista ao jornal O Globo, que o governo está à beira de um consenso sobre a licença ambiental para perfurar na Margem Equatorial.
Como ela resumiu, com o preço do barril em queda, alguns projetos vão voltar para a prancheta. Magda citou ainda o desconforto com o uso da marca BR Distribuidora pela Vibra — incomoda a companhia ter a imagem associada a preços considerados elevados.
Sobre o setor petroquímico, ela afirmou que, antes de selar o casamento com um novo sócio, quer conhecê-lo bem, e que uma Braskem completamente independente não é o melhor.
Tarifaço: Haddad diz ver chance de acordos com EUA envolvendo minerais críticos e terras raras
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem (4/8), que vê possibilidade de que sejam firmados acordos de cooperação com os Estados Unidos envolvendo os chamados minerais críticos e terras raras do Brasil.
O segmento é alvo de interesse dos Estados Unidos, em meio às negociações do tarifaço imposto do Brasil pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
“Nós temos minerais críticos e terras raras. Os Estados Unidos não são ricos nesses minerais. Nós podemos fazer acordos de cooperação para produzir baterias mais eficientes na área tecnológica”, disse o ministro em entrevista à BandNew. (O Estado de S. Paulo)
Exportação de terras raras é recorde, mas segue pequena
Reportagem do Valor Econômico destaca que as exportações brasileiras de terras raras bateram recorde em 2025, conforme mostra painel da Agência Nacional de Mineração (ANM), a partir de dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). A China foi praticamente o único destino das exportações.
O painel mostra que embarques de produtos básicos de terras raras, parte do grupo de minerais considerados estratégicos para a transição energética, somaram US$ 7,5 milhões entre 1º de janeiro e 30 de junho deste ano. O valor é dez vezes maior que os US$ 705,9 mil do mesmo período de 2024, mais que o dobro dos US$ 3,6 milhões daquele ano todo e, ainda, superior ao de qualquer outro ano cheio da série histórica, iniciada em 1997.
O total exportado é pequeno, mas o crescimento mostra a importância estratégica do produto, ressalta a reportagem. Terras raras consistem em grupo de elementos químicos aplicados na indústria de alta tecnologia para produção de turbinas eólicas e baterias, principalmente de carros híbridos e elétricos.
Nas negociações entre China e Estados Unidos, depois da guerra tarifária iniciada por Donald Trump, o produto é um dos pontos centrais. A China chegou a restringir a exportação de minerais críticos para o mercado americano como retaliação.
Raízen começa a receber propostas por ativos na Argentina e tenta atrair tradings
O jornal O Estado de S. Paulo informa que a Raízen, empresa de energia renovável do Grupo Cosan, começou a receber propostas não vinculantes pelos ativos que têm na Argentina. Comercializadoras de commodities – as chamadas tradings – com atuação no país estão sendo incentivadas a apresentar propostas, conforme apurou a reportagem.
O negócio é estimado em torno de US$ 1,5 bilhão. Antes de abrir o processo competitivo, a Raízen chegou a ter conversas bilaterais com a petrolífera estatal da Arábia Saudita, Saudi Aramco, mas as negociações não prosperaram.
(…) Além da refinaria Dock Sud, a segunda maior da Argentina, com capacidade de processamento de 100.000 barris diários, a Raízen opera no país uma rede de mais de mil postos de combustíveis, uma fábrica de lubrificantes, três terminais terrestres, duas bases de abastecimento em aeroportos e ativos de gás liquefeito de petróleo (GLP).
Google aceita reduzir energia gasta em data centers nos EUA para aliviar rede elétrica
O Google assinou acordos com duas concessionárias de energia elétrica dos EUA para reduzir o consumo de energia de seus data centers de inteligência artificial durante períodos de pico de demanda na rede, informou ontem (4/8) a empresa, já que o uso intensivo de energia da inteligência artificial (IA) está superando o fornecimento de energia.
As concessionárias do país foram inundadas com pedidos de eletricidade para os data centers de IA da big tech, com a demanda ultrapassando o total de fontes de energia disponíveis em algumas áreas.
Essa crise de energia gerou preocupações com o aumento das contas para residências e empresas, além de apagões. Isso também complicou a expansão da IA no setor de tecnologia, que requer grandes quantidades de eletricidade. (Folha de S. Paulo – conteúdo da agência de notícias Reuters)
PANORAMA DA MÍDIA
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou ontem (4/8) a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. A notícia é o principal destaque desta terça-feira (5/8) na mídia.
Na decisão, o magistrado afirmou que Bolsonaro descumpriu a medida cautelar de proibição do uso de redes sociais ao enviar mensagem dirigida a manifestantes reunidos em Copacabana, no Rio, no domingo (3/8). (Valor Econômico)
Em decisão de 24 de julho, Moraes já havia avaliado que Bolsonaro tinha desobedecido a proibição da divulgação —mesmo que por outras pessoas— de entrevistas em redes sociais. A defesa do ex-presidente disse ao STF naquele momento que jamais cogitou que ele estivesse proibido de conceder entrevistas e que ele não poderia ser punido por atos de terceiros. O ministro disse na ocasião que o uso de entrevistas para a divulgação de suas declarações nas redes sociais seria um meio de burlar a decisão judicial e que, se a regra fosse novamente desrespeitada, haveria imediata decretação da prisão. (Folha de S. Paulo)
Um dos motivos apontados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, para a prisão domiciliar do ex-presidente foi um discurso de Bolsonaro postado nas redes sociais do parlamentar (senador Flávio Bolsonaro). (O Estado de S. Paulo)
A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro não deve mexer com a previsão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de iniciar o julgamento da ação que trata da trama golpista em setembro. O processo está na fase das alegações finais, última etapa antes de ser levado ao plenário da Primeira Turma da Corte, responsável pela análise do caso. (O Globo)